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edição de 1º de julho de 2019

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MArcAs Asus mostra sua

MArcAs Asus mostra sua linha de notebooks sob o conceito Descubra o incrível Produzido pela Conspiração, filme de lançamento criado para o digital traz narrativa policial; detetives têm a missão de resgatar um ZenBook Asus apresentou ao mercado brasileiro A na semana passada, em São Paulo, a sua nova linha de notebooks. E para marcar o lançamento, a empresa de tecnologia apresentou sua nova campanha sob o conceito Descubra o incrível. O evento de lançamento na capital paulista foi criado em parceria com a Bullet. Produzido pela Conspiração Filmes, o vídeo traz uma narrativa policial em que dois espiões têm como missão resgatar um ZenBook em uma operação repleta de mistérios. A peça será exibida no digital, com desdobramentos em mídia exterior. Para o lançamento, a marca também trabalhou com influenciadores, que receberam a mesma maleta “misteriosa” do filme. “Este é um momento importante para a Asus, pois enxergamos uma oportunidade para mostrar a qualidade que a empresa tem nesse segmento, com o melhor que a tecnologia pode oferecer. A campanha foi pensada e produzida para mostrar ao consumidor os principais atributos da linha ZenBook”, afirma Fábio Faria, gerente de marketing da Asus Brasil. Fotos: Reprodução Na campanha produzida pela Conspiração, espiões têm como missão resgatar ZenBook em uma operação misteriosa Havaianas se inspira em Stranger Things 3 para surpreender público AlmapBBDO assina filme para o digital que remete aos anos 1980; campanha mostra que Brasil era ainda mais "estranho" que cidade fictícia A Divulgação terceira temporada de StrangerThings inspirou Havaianas a criar dois modelos com as estampas da série. Para divulgar a novidade, a AlmapBBDO assina o filme digital homônimo, que se propõe a provar que o Brasil dos anos 1980 era mais estranho que a cidade fictícia de Hawkins. É bom lembrar que nem sempre a marca de sandálias teve essa gama de variedade de cores como hoje. Até o ano de 1985, Havaianas era apresentada no modelo tradicional, conhecido por sua palmilha branca, sola e tira azul. Só que o consumidor decidiu usá-la em uma cor única, supondo que ficava mais bonito. Cena de Stranger Things, que no filme de Havaianas, mostrou consumidor dos anos 1980 Arrancou as tiras, inverteu as solas e inventou uma “nova” versão, numa cor só. A empresa percebeu a mudança de comportamento e lançou mais opções de cores. De lá para cá, a marca tenta surpreender o consumidor com ampla variedade de cores e estampas para atender aos diversos gostos e estilos. Afinal, ser estranho não é para qualquer ou para qualquer marca. Assina a direção executiva de criação Bruno Prosperi, Keka Morelle e Marcelo Nogueira. A criação é de Fernando Duarte e Henrique Del Lama, com produção de imagem da Cine Cinematográfica, dirigido por Clóvis Mello. 20 de julho de 2019 - jornal propmark

MarkeTing & negócios hugy/iStock Toda fórmula cansa. Mas o talento salva Podemos fazer um paralelo com as artes mais requintadas, como a literatura, o teatro, a pintura, o cinema e a música Rafael Sampaio Um balanço pós-Festival de Cannes resgata ao top of mind uma verdade eterna, aplicada em qualquer campo da comunicação humana, da literatura ao cinema, passando pelas artes plásticas, o teatro, o vaudeville, a TV, a música erudita e popular, o circo, todas elas. Um fato especialmente evidente no caso da publicidade, na qual a vanguarda sempre é derivada de outras inovações, e onde o que mais se vê é a rotina tediosa do desfilar de fórmulas vencedoras, algumas desgastadas depois de muito tempo de uso, como o comercial de TV, outras precocemente atacadas pela “fadiga de material”, como os banners digitais. Mesmo comprometidas pelo excesso de uso, na maioria das vezes, a publicidade termina lançando mão dessas fórmulas que dão alguma certeza de que trarão resultado, ainda que pequeno. Profissionais com um nível mínimo de formação e experiência sabem que a repetição quase que infinita dessas fórmulas é certeza de resultados decrescentes. Mas as vicissitudes do dia a dia empurram a maioria de nosso trabalho diário para esse pântano da inércia da repetição. A outra opção, a do experimentalismo, pode resvalar para o hermético confuso, gerando mais polêmica, aplausos e vaias do que resultados comerciais. E a publicidade, como uma ferramenta de marketing, existe essencialmente para produzir resultados, trazer algum tipo de ROI, seja em destaque, em fama, em sedimentação de percepção preexistente, em renovação de imagem, em estímulo à ação imediata - este último um objetivo excessivamente presente, o que acaba sendo antiprodutivo (mas este é tema para outro artigo). Analisando os principais resultados do Cannes Lions, como se pode fazer, aliás, com qualquer premiação do setor com um nível aceitável de seriedade, pode-se concluir que, apesar do natural estímulo dos jurados em destacar as inovações, a coragem da ousadia e outras formas bem-sucedidas de experimentação, por um lado, e de minimizar as soluções tradicionais, ainda que bem estruturadas e impactantes, o que mais causa admiração é mesmo as fórmulas tradicionais feitas com doses superiores de talento. Antes de voltar à publicidade, podemos fazer um paralelo com as artes mais requintadas, como a literatura, o teatro, a pintura, o cinema e a música. Miguel de Cervantes fez uma paródia dos romances de cavalaria, que resultou no clássico Dom Quixote; William Shakespeare misturou tragédias gregas, a tradição oral e a commedia dell-arte em obras-primas como Hamlet, Romeu e Julieta, Macbeth; Da Vinci transformou um retrato encomendado na Mona Lisa (ou A Gioconda, como queiram); Francis Ford Coppola, com o suporte de talentos como Mario Puzzo e Marlon Brando, fez do gênero “filmes sobre a máfia” o monumental The Godfather; Tom Jobim usou melodias e versos dos mais simples para compor a imortal Águas de Março. Na publicidade, podemos lembrar de peças inesquecíveis como os anúncios da DDB para promover o Fusca nos Estados Unidos; o jingle de Chiquita Banana; o comercial que lançou o Macintosh, da Apple. A campanha The Truth is Worth It, da Droga 5 para o New York Times, que conquistou o GP de Film e de Film Crat este ano em Cannes, é um exemplo perfeito dessa verdade: a fórmula é clássica, sem nenhuma invencionice, mas o talento aplicado em sua concepção estratégica, tanto como mensagem institucional de marca como de venda de assinaturas físicas ou digitais, a seleção das histórias que foram contadas e a “carpintaria” de sua execução cinematográfica transformaram esse trabalho numa inspiração para todos que têm o desafio diário de fazer com que soluções convencionais surpreendam como se fossem absolutamente inovadoras. Rafael Sampaio é consultor em propaganda rafaelsampaio103@gmail.com jornal propmark - de julho de 2019 21

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