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edição de 10 de outubro de 2016

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agênCIas

agênCIas Característica multicultural do Brasil atrai a Billion Dollar Boy Empresa global voltada para o marketing de influência tem operações em Londres, Nova York, Istambul e, agora, também em São Paulo Divulgação Edward East: “é possível identificar aproximadamente dez milhões de influenciadores” rada, sendo notória, por exemplo, a recorrência dos mesmos nomes figurando campanhas, além da evidente ausência de microinfluenciadores e advogados de marca nos line-ups”. Colaneri fala que este é um mercado “vivo” e, por isso, é essencial fundamentar o processo em identificar, por meio de tecnologias proprietárias de influencer matching e social listening, os influenciadores que estão performando melhor dentro de determinado target ou segmento, por níveis de influência, naquele dado momento, seja ele quem for. Dentro do time da empresa também há colaboradores que são influenciadores, exercendo a função denominada “Social Glue”, ou seja, pessoas que convivem de fato no meio dos principais creators, sabem de inside informations, oportunidades e fazem o deep dive nos Claudia Penteado estratégia de valer-se de A pessoas influentes online para compartilhar mensagens de marcas na forma de conteúdo patrocinado tornou-se uma poderosa ferramenta de engajamento e o Brasil, um dos maiores mercados mobile do mundo e com recordes de uso e envolvimento nas redes sociais, vem atraindo empresas especializadas no chamado marketing de influência. A Billion Dollar Boy é um exemplo. Agência global de marketing de influência com operações em Londres, Nova York e Istambul e, agora, também em São Paulo. Felipe Colaneri, diretor-executivo da agência, que tocará a operação brasileira, afirma que a característica multicultural do Brasil deu origem a uma gama bastante heterogênea de influenciadores, com discursos particulares, tribos distintas, apresentações e audiências bastante diversas. “É preciso integrar as marcas organicamente no contexto das narrativas de cada profissional, preservando sua autenticidade de conteúdo. Para isso, são necessárias metodologias e tecnologias específicas para o marketing de influência. Aí reside a verdadeira mágica de geração de negócios”, diz. Entre os clientes da Billion Dollar Boy estão McDonald’s, Bentley, Ford, Danone, Lionsgate, Canon, Amazon, Warner Brothers, BBC e Clinique for Men. Edward East, sócio-fundador da agência, afirma que o Brasil é o país em que a empresa enxerga maior potencial, após consolidar operações em três países. “De acordo com o BDB Match Maker, plataforma proprietária de Influencer Matching, é possível identificar cerca de 10 milhões de influenciadores no território, porém apenas 5% dessa base é exploperfis pré-selecionados pela ferramenta para validá-los para compor o lineup das campanhas. “Além desta identificação, participamos do processo de ponta a ponta, desde a co- -criação de conteúdo, gerenciamento de campanha, distribuição, frequência até os relatórios de performance e entrega dos KPIs (fundamentados em dados de social listening)”. Ele conta que a empresa já finaliza sua primeira campanha no país para o Tinder. InfoHuB Desenvolvida no Brasil, a plataforma InfoHub promete revolucionar a mídia digital, pois marcas cadastram campanhas na plataforma, definem um briefing e incluem o máximo de informações sobre seus produtos e serviços. Definem o volume de audiência que desejam conquistar em um determinado intervalo de tempo e a afinidade dessa audiência em relação ao seu produto ou serviço. A partir daí, a tecnologia atua: os algoritmos do InfluHub distribuem as campanhas para os influenciadores, previamente homologados, mais relevantes para cada ação. “Criamos uma forma de monitorar em tempo real o desempenho de cada influenciador, além de mecanismos que estimulam a competição entre eles, produzindo resultados expressivos em relação a custo, alcance e engajamento”, explica Gustavo Mills, fundador da InfluHub. A identificação e a seleção dos influenciadores para uma campanha é feita internamente por um sistema que atribui uma nota para cada perfil monitorado, que considera uma relação entre a quantidade de fãs e o poder de engajamento de cada um. Podem ser bloggers e youtubers conhecidos, como também clientes do próprio anunciante, artistas de rua, tatuadores, donas de casa, celebridades ou qualquer combinação de pessoas que exerçam influência de forma positiva sobre o target do anunciante. A plataforma calcula um CPC de acordo com a vertical, o alcance e o nível de influência da rede de influenciadores envolvidos. O anunciante paga apenas pela real audiência conquistada. “Testamos o InfluHub em cinco países e percebemos que os influenciadores mais famosos, já definidos como celebridades, não garantiam o melhor resultado. Proporcionalmente, as pessoas com menos audiência, porém com um conteúdo extremamente especializado, respondiam por uma performance mais efetiva”, disse Mills, que afirmou ainda que já usam a plataforma Yahoo Brasil, Argentina, México, Colômbia e USH. 22 10 de outubro de 2016 - jornal propmark

we mkt Dispepsia crônica de informações "O amor morre mais de indigestão do que de fome". Provérbio Francisco alberto Madia de souza Se não é exatamente isso, é mais ou menos por aí. Nilinho comia absurdamente. Aí ouvi uma história contada pelo Ronald Golias, fiz uma adaptação e disse que aconteceu com ele, mas não aconteceu. Eu disse que, depois de ele ter comido seis Big Mac, quatro tortas de maçãs e mais um milk-shake, perguntei a ele se não era a hora de enfiar o dedo na garganta e colocar tudo pra fora. E ele teria respondido: “se coubesse um dedo, comeria uma banana...”. Quando eu comecei a trabalhar com marketing, convivíamos com uma escassez crônica de dados. Tipo Regulador Xavier nº 2. Comandando o marketing do Itaú, e integrante da Comissão de Marketing Bancário da Febraban, propúnhamos, e todos concordavam, com a salutar troca de dados e informações entre os bancos. Mas, quando chegava à diretoria dos mesmos para conseguirmos a aprovação... Não! Conclusão. Todos tinham acesso a todos os dados de todos os concorrentes. Como? Todos eram obrigados a enviar regularmente esses dados ao Banco Central. E todos recorriam aos préstimos de um simpático funcionário da instituição que vivia de xerocar e compartilhar os dados mediante simpáticos presentes mensais e de fim de ano. E todos faziam cara de bisnaga... Conto essa história para meus queridos amigos e jovens profissionais de marketing das empresas e fazem cara de inveja. Estão, literalmente, empanturrados de dados. Não sabem o que fazer com tantos dados e informações. Todos os dias batem as suas portas startups com novas métricas e registros querendo vender seus serviços e eles ainda não conseguiram dar sentido ao que compraram nos meses anteriores. Tipo Regulador Xavier nº 1. Desculpe-me, querido leitor. Neste exato momento ia recorrer a Smokey Robinson e seu clássico The Tracks Of My Tears. Entrei num portal e lá estava a música. Primeiro verso: “People say I’m the life of the party cause I tell a joke or two”. Sentado? Tradução do portal: “As pessoas dizem que eu sou a vida do partido porque eu contar uma piada ou duas”. Segue: “Although I might be laughing loud and hearty deep inside I´m blue”. Tradução: “Embora eu possa estar rindo e entusiasta no fundo eu sou azul...”. Voltando a Smokey Robinson e sua maravilhosa canção: “if you look closer, it’s easy to trace the tracks of my tears...”. Hoje é possível fazer-se isso 24 X 24 X 7 de todas as pessoas que estão deixando os tracks of their tears, e movimentações, e consultas, e comparações, e compras sem se precisar olhar de perto. Mesmo a milhares de quilômetros de distância é possível monitorarmos as movimentações de suspects, prospects e clients. Movimentações, objetivamente, e até mesmo registros de sintomas conclusivos. Através de satélites de baixo custo, os grandes varejistas monitoram o movimento de carros nos estacionamentos de seus concorrentes. Prognósticos sobre faturamento provável antes do fechamento de balanços são estabelecidos pela movimentação de caminhões nos pátios das fábricas. Semanas atrás, em matéria no The Economist, a informação de que a Orbital Insight de Palo Alto, Califórnia, monitorando via satélite as áreas de cultivo agrícolas, vinha fazendo projeções mais acertadas sobre as safras que o departamento de agricultura. E que, através de fotos de satélites, empresas especializadas medindo o comprimento das sombras projetadas pelos tanques de armazenamento conseguiam determinar com precisão máxima o nível dos estoques de petróleo... É só o começo. Você não vê porque os dados trafegam no digital e não formam fila na porta da fábrica, mas, neste exato momento em que você me lê, existem toneladas de dados tentando despertar a atenção, interesse e compras de todas as áreas das empresas, muito especialmente do marketing. Socorro! Dispepsia crônica de informações causando perplexidade patogênica e paralisadora. Objetivamente, informação bruta abunda, sobra, derrama, vaza. Virou commodity. Agora chegou a hora dessa gente bronzeada e inteligente mostrar seu valor. O segredo não é dispor dos dados. É que decisões tomar a partir dos dados; e, de quais dados. Todo o mais é cascalho, detrito, entulho. Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing famadia@madiamm.com.br jornal propmark - 10 de outubro de 2016 23

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