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edição de 11 de maio de 2020

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coronavírus agências

coronavírus agências “Passamos por um processo de inclusão digital que não tem volta” Miriam Shirley, CEO da Sapient AG2, avalia os impactos da pandemia sobre o negócio e reflete sobre os hábitos que devem ficar após a crise KELLY DORES Definindo a Sapient AG2 (do Publicis Groupe) como uma plataforma de transformação digital, a CEO Miriam Shirley afirma que essa cultura que hoje mais do que nunca rege o modus operandi do mercado já estava muito incorporada ao dia a dia da agência. “É claro que, se nos perguntassem três meses atrás se poderíamos trabalhar com toda a agência à distância, provavelmente diríamos que não. Mas já estamos há quase dois meses atuando assim e colhendo bons resultados. Percebemos que criatividade e agilidade precisam andar cada vez mais juntas para oferecermos novas saídas para os enormes desafios que o mundo neste momento impõe às marcas e para o futuro pós- -crise”, destaca Miriam. Entre as medidas que a CEO tomou para melhorar a comunicação com os colaboradores, está uma live semanal com a equipe. “Durante esse encontro virtual, eles podem me fazer qualquer pergunta, de forma anônima ou não. Além dessa live, programamos reuniões com grupos menores, divididos por áreas, que variam entre 15 e 25 pessoas cada um. Nestes casos a interação é maior, com todos com suas câmeras e microfones abertos. A ideia é que eu possa saber como todos e cada um vem se sentindo, e que eles possam interagir mais comigo também”, detalha a executiva. Segundo ela, a agência distribui comunicados frequentes compartilhando as medidas que estão sendo tomadas para a segurança de todos, além de administrar pesquisas para entender como os times vêm se sentindo diante da situação. “Também tenho reuniões diárias com as lideranças para rever ações e melhorar o nosso atendimento aos clientes. Com os grupos de WhatsApp e de Miriam Shirley: “Cortamos despesas de ações internas e seguramos contratações” videoconferências nos mantemos em contato constante”. Miriam conta que, de maneira geral, o ritmo segue intenso. “Mas é claro que essa frequência varia de marca para marca. Quando a pandemia chegou ao Brasil, todas as empresas tiveram de rever estratégias e adotar uma comunicação condizente com o momento do país. Isso, claro, exigiu um trabalho de replanejamento e mudança de rota muito cuidadoso considerando tanto o ineditismo quanto a sensibilidade da situação”, reforça a executiva. Divulgação “precisamos estar preparados para a retomada e nos posicionar ao lado dos nossos clientes” gumas marcas optaram por sair de cena e outras correram para entrar na conversa que mobilizava todos nós. Algumas acabaram se precipitando nesse processo. Hoje, tenho a sensação de que de a grande maioria já acertou o tom”, avalia a executiva. A CEO da Sapient AG2 garante que a empresa está fazendo de tudo para proteger o time tanto em relação às questões de saúde quanto ao emprego. “As primeiras medidas que tomamos foi cortar despesas de ações internas e segurar contratações para as vagas que tínhamos em aberto. Em paralelo, o grupo lançou o programa Publicis Bench, que promove o intercâmbio entre profissionais de DemanDas A maior demanda dos clientes, continua ela, é para reforçar os valores de cada marca por meio de ações que realmente contribuam com a sociedade neste momento. “Ações de apoio social ou à saúde, à educação e ao entretenimento estão sendo estudadas e levadas para a população diariamente por boa parte das marcas. Na minha visão, num primeiro momento alnossas agências, evitando uma eventual ociosidade em contas que tenham diminuído seus investimentos, preservando empregos e garantindo a qualidade de entrega aos clientes. Já temos colaboradores de outras agências trabalhando para a Sapient AG2 à distância e vice- -versa”, conta. Projeções para a retomada? “Difícil fazer projeções quando ainda não sabemos por quanto tempo a pandemia vai durar nem os efeitos da flexibilização do isolamento social. Além da questão, claro, de vivermos em um mundo globalizado em que todos foram impactados pela crise. O que dá para dizer é que os segundos semestres costumam ser mais fortes para o nosso mercado e, juntando isso com uma adequação ao novo normal, é provável que algumas marcas que, no primeiro momento, preferiram recolher investimentos voltem a se comunicar. Como prestadores de serviços que somos, precisamos estar preparados para essa retomada e nos posicionar ao lado dos nossos clientes com o foco em contribuir para o crescimento dos seus negócios”, analisa. Para Miriam, alguns hábitos que adquirimos não voltarão atrás e ajudarão a definir esse ‘novo normal’. “Com as pessoas confinadas em casa, a cultura do ‘faça você mesmo’ – que inclui desde pequenos reparos até preparar a própria comida – é algo que está entrando de maneira muito profunda no ambiente familiar. Um olhar mais atento para a própria alimentação, para aquilo que é consumido, tudo isso vai modificar definitivamente o comportamento da sociedade. O trabalho à distância, as compras pela internet, o acesso virtual aos bancos... Se pararmos para refletir, passamos por um processo de inclusão digital e florescimento da cultura digital fortíssimo que não tem volta”, finaliza ela. 22 11 de maio de 2020 - jornal propmark

CoroNAvíruS agências Fotos: Divulgação Antonio Fadiga, da Artplan, agregou ao portfólio o Submarino; Eduardo Simon, da DPZ&T, vai atender Beats e a linha Nescafé; e Juliana Nascimento, da F.biz, anuncia a Shared Living DPZ&T, F.biz, Artplan, Publicis, FCB e NBS ganham contas na quarentena Nescafé, Skol Beats, Shared Living, Submarino, Pharmaton, Disney e Light são negócios que chegam para dar consistência às operações Paulo Macedo concentração das agências A é na nova necessidade de comunicação das marcas, que certamente mudou. Mas elas estão ativas na busca de novos negócios. Nesse período de quarentena algumas consolidaram conquistas. A DPZ&T conquistou na semana passada as contas da família Nescafé (Nescafé Dolce Gusto, Starbucks at Home e Nescafé) e Beats (Skol). A F.biz foi eleita para atender à divisão Shared Living (Grupo Mitre), a Artplan assegurou a plataforma Submarino, a Publicis ganhou Pharmaton e a NBS a Light. A Binder foi escolhida pela rede de colégios e cursos Pensi. No caso da F.biz, a agência conquistou Continental Pneus e Youse antes do home office, mas foram comunicadas durante a quarentena. A conta do cartão Visa já está garantida no WPP. Estão na final a F.biz e a Y&R. A FCB iniciou atendimento à área de não alcoólicos da Heineken. Boas notícias, não é mesmo? “A Shared Living chegou por concorrência”, disse Juliana Nascimento, COO da F.biz. “Conquistamos o Submarino nessa transição, com novos desafios de comunicação. A área de comércio eletrônico é uma das que encontram grande progresso neste momento de confinamento e temos infinitas possibilidades de criarmos ações que contribuam positivamente aos consumidores e à sociedade como um todo”, ponderou Antonio Fadiga, CEO da Artplan, lembrando que a agência desenvolveu plataforma de conteúdo para o Submarino e a ação de incentivo #JuntoComSub. Responsável pela comunicação de marcas da gigante Sanofi (Targifor, Mobility, OScal, Depura, Dorflex, Novalgina e Dermacyd), a Publicis ampliou a presença com Pharmaton. Além do acerto com a Disney. “Estamos realizando trabalhos de acordo com o perfil de cada cliente em relação ao momento. A indústria farmacêutica está muito ativa neste período. Afinal, tudo o que o consumidor mais busca neste momento “A indústriA fArmAcêuticA está muito AtivA neste período” é saúde”, destacou Eduardo Lorenzi, CEO da Publicis. A Light, empresa de de energia elétrica do Rio de Janeiro, chegou à NBS, como explica o co-CEO e CCO André Lima, sem concorrência. “Ganhamos no ano passado o projeto de Natal por meio de pitch, mas nesse segundo momento foi escolha direta do cliente. Foram três filmes para a campanha Light e Rio em uma só energia, reforçando o posicionamento do cliente e a importância crucial do fornecimento de energia num momento como o que estamos vivendo.” A DPZ&T, de acordo com o CEO Eduardo Simon, ampliou a relação com Nescafé após os resultados obtidos em 2019 com o lançamento das linhas Gold e Origens do Brasil. “Durante a quarentena, comunicamos as conquistas de Nescafé, Nescafé Dolce Gusto e Starbucks at Home. Além das contas de cafés, ganhamos novos projetos dentro da Nestlé — ainda sigilosos. Isso tudo não deixa de refletir o momento sólido dos nossos negócios, culminado com a chegada das marcas do Grupo BIG no fim de 2019 e, de lá para cá, viemos muito bem, com conquistas como Ambev (institucional), Skol Beats e também Electrolux, com que atuamos em toda a América Latina.” Ricardo John, CEO & CCO da FCB, destaca que já está na ativa com Heineken, negócio confirmado antes da quarentena, mas com trabalho iniciado no período. “Levando em conta essa nova realidade. Ganhamos também outra conta importante, mas que só pode ser anunciada em duas semanas. Estamos desenvolvendo também um projeto especial para empresa não cliente que vamos veicular nacionalmente no fim do mês”, ele finaliza. jornal propmark - 11 de maio de 2020 23

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