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edição de 12 de dezembro de 2016

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we mkt Marina Cota O Pitting-Jolie-point “Ideias, produtos, mensagens e comportamentos se espalham como vírus”. Malcolm Gladwell Francisco alberto Madia de souza Começo mal. Com uma tentativa de trocadilho precária. Misturando o Tipping Point, anunciado anos atrás por Malcolm Gladwell, e os recém-separados Angelina Jolie e Brad Pitt. Foi assim. Depois de juntos por oito anos, Angelina e Brad decidiram comprar uma “pequena” propriedade. Onde viriam a se casar, formalmente, em 2014. Após sobrevoarem diversas casas no entorno da pequena vila de Brignol no Var, próxima de Aix-En-Provence, a escolha recaiu sobre o Castelo Miraval, uma propriedade na França, com 35 quartos, lago, piscina, campo com pôneis, uma pequena floresta, por 35 milhões de dólares. E com um vinhedo particular. O ano era 2012. Decidiram incrementar a produção, recorreram a uma consultoria, e, meses depois, uma primeira safra. No ano seguinte, 2013, a renomada, para muitos, e no mínimo questionável, para outros tantos, revista Wine Spectator disse ter o celebrado casal produzido “o melhor rosé do mundo”. Assim que o burburinho começou a correr, um barril do vinho foi leiloado por 10 mil euros, e uma garrafa da safra anterior, antes da intervenção do casal, viu seu preço subir de 10 para 21 euros. Imediatamente a produção do vinho rosé dos demais produtores da região dobrou de preço, e o parceiro do casal, o consultor Marc Perrin, declarou: “Essa distinção, que recompensa o trabalho no longo prazo de Brad e Angelina, prova que um vinho rosé da Provence, elegante e refinado, pode integrar a lista dos melhores do mundo...”. Como é do conhecimento de todos, o casal acaba de se separar. A propriedade será colocada à venda, agora megavalorizada não só por ter sido o lar das celebridades, mas porque, em seus 600 hectares, segundo a Wine Spectator, supostamente, “se produz o melhor rosé do mundo”. Era o que faltava para o rosé, finalmente, entrar na moda e ocupar um lugar no pódio. Um novo exemplo do tal de Tipping Point detalhado por Malcom Gladwell em seu livro The Tipping Point – how little things can make a big difference. Em português, editora sextante, O ponto da virada. A presença e a assinatura do casal no vinho; a matéria, os comentários e a avaliação da Wine Spectator era tudo o que faltava para, finalmente, o rosé decolar. Nos dois últimos anos mais que dobrou seu consumo no Canadá, Reino Unido e Suécia. Dois anos depois, nos Estados Unidos, bateu na casa dos 73 milhões de litros; e 80 milhões em 2016, ano da separação do casal. Mais ainda, os millennials migram de armas e bagagens para o rosé em detrimento dos tintos e brancos. O que garante longevidade e consistência ao crescimento. Teria a “renomada” revista, que acompanha tão bem o negócio do vinho, se interessado pelo Miraval Rosé Côtes de Provence não fosse a presença do casal de artistas? Se você acredita que sim, até aceito ou porque você é apaixonado pela Angelina, ou fixado no Brad. Mas, seguramente, não! E ao somar os dois e a avaliação, mais que soprar o vento do sucesso, o furacão do êxito levou o vinho para o topo, assim como todos os demais rosés da região. O tal do Tipping Point, a pequena coisa que fez toda a diferença. E agora. E após a separação, então, muitos vão querer degustar o vinho de momentos felizes e românticos de um casal que se supunha perfeito e cuja separação entristeceu a todos. “Mais uma garrafa, por favor”. Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing famadia@madiamm.com.br 18 12 de dezembro de 2016 - jornal propmark

ideias Crystal oferece água filtrada em abrigo de ônibus da Clear Channel Projeto da WMcCann-Rio é instalado em Curitiba e aponta tendência de parceria entre poder público e privado que beneficia a população Divulgação Abrigo de ônibus na capital paranaense com bebedouro que disponibiliza água da chuva limpa e tratada à população Claudia Penteado se no futuro abrigos de ônibus e equipamentos urba- E nos em geral fossem funcionais e auxiliassem a população de maneiras diversas, oferecendo serviços para além de suas utilidades mais básicas – de simples informações de trânsito a carregamento de celular, wi-fi e até mesmo beber água potável? Lizandra Freitas, diretora-geral da Clear Channel Brasil, acredita que essa é uma perspectiva real, considerando que as prefeituras das cidades no mundo inteiro vêm dedicando atenção para ampliar os serviços à população, procurando viabilizar algumas ações através de parcerias público/privadas. Um exemplo interessante foi o recente caso de um abrigo de ônibus da Clear Channel em Foi o primeiro grande projeto da empresa realizado em parceria com o poder público Curitiba (PR) que ofereceu, durante duas semanas, água mineral às pessoas via um coletor de chuva instalado no equipamento pela marca Crystal, da Coca- -Cola, ideia que nasceu dentro da WMcCann-Rio, que atende o anunciante. Lizandra conta que o diretor de criação da agência, Nicolas Romanó, trabalhou no Peru e lá havia desenvolvido para uma faculdade de engenharia um outdoor que coletava a umidade do ar e a transformava em água reutilizável. No Brasil, Nico sugeriu à Crystal algo mais ousado: que a água da chuva fosse filtrada e pudesse ser tomada em um bebedouro instalado no abrigo de ônibus. Fazê-lo em uma cidade como Curitiba, reconhecida pela adoção de soluções sustentáveis, reforçava a associação da marca Crystal ao consumo responsável de recursos naturais. Para a Clear Channel, acostumada a novidades e inovações em seus equipamentos, foi a estreia e um projeto com alma sustentável. E deu certo. Depois da aprovação da Coca-Cola e o primeiro contato de Nico, o time da Clear Channel entrou em ação para viabilizar e, em cerca de dois meses, tinha tudo pronto para a construção, que foi realizada em apenas dois dias. Lizandra conta que a escolha de Curitiba também teve a ver com o clima mais chuvoso na cidade. O coletor de água com bebedouro foi instalado em frente ao portão de entrada da PUC, um dos pontos de maior movimento na capital paranaense. Ofereceu água limpa e tratada, duplamente filtrada, captada das chuvas para quem circulou pela região, entre os dias 22 novembro e 5 de dezembro. Lizandra afirma que a viabilização contou com o apoio da Prefeitura de Curitiba, e foi o primeiro grande projeto da empresa realizado em parceria com o poder público dessa maneira, com foco em um benefício social para a população. É uma tendência, garante a executiva da Clear Channel. jornal propmark - 12 de dezembro de 2016 19

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