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edição de 12 de dezembro de 2016

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eyond the line

eyond the line pinstock/iStock Quem quer prêmio? Não dá para relaxar sobre os louros das conquistas Alexis Thuller PAgliArini Escrevo este artigo ainda impactado pela conquista de importantes prêmios. Acostumado a fazer parte do júri de premiações, este ano foi a minha vez de subir ao palco para receber premiações. Representando a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda), tive a enorme satisfação de, junto com o presidente Glaucio Binder, receber os prestigiosos troféus Marketing Contemporâneo, da ABMN, e o Marketing Best, da Editora Referência e Madia. São premiações que nos enchem de orgulho, cujos troféus serão exibidos com destaque na sede da instituição. Mas o mais importante é o reconhecimento de um trabalho sério e duro que estamos fazendo em prol da categoria das Agências de Propaganda. mentários daqueles que não dão o devido valor às premiações. Como diz o velho ditado, quem desdenha, quer comprar. De tempos em tempos aparecem críticos de premiações. Pela sua importância, o Cannes Lions é um dos mais comentados e também criticados. Os críticos dizem que alguns trabalhos premiados em Cannes são feitos apenas com o objetivo de ganhar um Leão. Sabemos que isso realmente ocorre, mas, ainda assim, no meu entender, tais trabalhos são superválidos como exercícios de criatividade. Os organizadores são cada vez mais rigorosos, contratando até auditorias independentes para garantir a lisura ao processo. Não é à toa que, só neste ano, o Cannes Lions recebeu mais de 43 mil inscrições, vindas de 90 países. Reconhecimento que é combustível para continuar essa jornada, que deve ser contínua. Não dá para relaxar sobre os louros das conquistas. O mercado continua exigindo uma dedicação extrema de todos aqueles que podem fazer a diferença e essa é nossa missão. Muito bem, agora que dividi com você essa minha satisfação, parto para uma reflexão a respeito do valor das premiações. Tenho sido convidado para compor juris de diversas premiações. Só no Prêmio Colunistas, já são mais de dez anos participando do julgamento de peças e cases de diversas categorias. É uma função que cumpro com muito prazer e entendo a responsabilidade de destacar o trabalho de alguém, em detrimento de outros. Sei o quão importante pode ser a conquista de um prêmio para um profissional ou uma empresa. Algumas premiações podem mudar a vida de alguém. Que o digam os ganhadores de um Leão em Cannes, por exemplo. Muitos veem suas carreiras catapultadas depois de uma conquista dessas. As agências vencedoras exibem seus prêmios como a cereja do bolo ao se apresentarem para prospects e clientes. Por isso reajo com desdém perante co- Mais um recorde do festival, que não para de crescer. Será que todos esses concorrentes estão enganados? Uma premiação do nível do Cannes Lions Festival não continuaria atraindo tantas inscrições e tantos participantes (só neste ano forma mais de 13 mil delegates) se não tivesse valor. Graças a essas premiações, o Brasil conquistou a percepção de país criativo. Estando consistentemente entre os três países mais premiados em Cannes, nosso país se destaca no cenário da propaganda mundial. O resultado disso é a atração de interesse internacional pelos nossos serviços e pelos nossos talentos. Algumas marcas fazem das premiações atalhos para conquistar repercussão internacional e turbinar suas vendas. Foi no Cannes Lions que vi marcas como Diesel e Uniqlo pela primeira vez. Ambas conquistaram Grand Prix que ganharam repercussão mundial, facilitando sua entrada em mercados importantes. E não é só as premiações internacionais que têm esse poder. As premiações sérias brasileiras, como é o caso das que conquistamos este ano, têm, sim, enorme valor na construção e manutenção de imagem de empresas, profissionais e instituições. Longa vida às premiações! Alexis Thuller Pagliarini é superintendente da Fenapro (Federação Nacional de Agências de Propaganda) alexis@fenapro.org.br 34 12 de dezembro de 2016 - jornal propmark

PERSPECTIVaS 2017 ForCom reúne mercado e debate tendências para o próximo ano Dalton Pastore, que preside o grupo e vai assumir também o comando da ESPM, disse que ideia é retomar os encontros e manter o setor unido BÁRBARA BARBOSA Depois de um intervalo sem reuniões do ForCom (Fórum Permanente da Indústria da Comunicação), a ESPM recebeu, na semana passada, representantes de diversas entidades relacionadas à comunicação para retomar as atividades do grupo. No encontro, aspectos políticos e econômicos que impactaram o mercado brasileiro foram debatidos, mas, sobretudo, as perspectivas para 2017. Dalton Pastore, presidente do ForCom e novo presidente da ESPM, abriu a série de palestras e reforçou que o encontro é uma forma de “manter o mercado unido”. Na sequência, o diretor da área de macroeconomia da LCA - Strategic Solution in Economics, Fernando Sampaio, alertou sobre as previsões econômicas para o próximo ano. “Não tem muito o que inventar: a recuperação da crise é provável, mas deve ser lenta. Principalmente porque a estabilidade política ainda não existe. E, do lado econômico, porque o consumidor se machucou muito nessa crise. A volta do consumo não vai ser como se espera, melhor nem raciocinar com essa possibilidade, pois ela é altamente improvável”, alerta. Do ponto de vista da comunicação, as tendências para 2017 foram apresentadas por Luís Bonilauri, managing director da Accenture, que desenvolveu estudo sobre a indústria midiática na era digital. “Quando a gente olha a indústria global de radiodifusão, ela cresce anualmente 6%. Quando a gente olha para as empresas digitais, elas têm expectativa de crescimento muito maior”, comenta. O executivo apresentou, Dalton Pastore propôs que o ForCom seja realizado duas vezes ao ano a partir de 2017 “Nós vivíamos um momeNto em que a publicidade tiNha perdido um pouco de sua relevâNcia” ainda, dados que mostram que em 2019 a participação do digital na receita publicitária deve ser de 47% no cenário global, o que impulsionará o crescimento do mercado como um todo. Na América Latina, por exemplo, a Accenture prevê 15% de crescimento do mercado até 2019, aumento que também será alavancado pelos players digitais. Para acompanhar esse movimento migratório e complementar entre as mídias, a Accenture destaca três tendências a serem observadas: o consumidor como ditador do conteúdo; a experiência digital mais completa, seja em razão de novos formatos ou aumento no tempo de exposição do público ao ambiente online; e a disrupção como nova norma. Ainda segundo o levantamento do Accenture, o uso de dados será ainda mais importante, sendo que 70% das pessoas ouvidas estão dispostas a trocarem suas informações pessoais por vantagens na hora de adquirir produtos ou serviços. Outro ponto levantado pelo estudo é o consumo multitela, que não para de crescer, assim como a busca pelo imediatismo, que impulsionará a geração de conteúdo ao vivo. ImPaCTo O encontro teve ainda apresentação do estudo O Impacto da Publicidade na Economia, desenvolvido pela Abap (Associação Brasileira de Agências Alê Oliveira de Publicidade) em parceria com a Deloitte, que analisa o valor da publicidade para a economia brasileira. O resultado aponta que, para cada R$ 1 investido em mídia, o retorno do anunciante chega a R$ 10,69. Como são investidos no país R$ 33,5 bilhões em publicidade, dados de 2014, o estudo constata que o impacto no PIB (Produto Interno Bruto) é de R$ 358 bilhões. “Nós vivíamos um momento em que a publicidade tinha perdido um pouco de sua relevância, de seu poder, e este trabalho traz de volta um pouco daquilo que a publicidade sempre representou para nós”, comenta Armando Strozenberg, presidente da Abap. No encerramento, Dalton Pastore propôs que o ForCom seja realizado duas vezes ao ano a partir de 2017 e colocou a ESPM à disposição para sediar os encontros. jornal propmark - 12 de dezembro de 2016 35

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