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edição de 12 de setembro de 2016

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mundo digital

mundo digital Tijana87/iStockphoto os raros sucessos do setor (ii) Serviços de mensagens viveram, estão vivendo e devem continuar vivendo constante processo de autofagia Rafael Sampaio Na primeira parte desta análise sobre a raridade e a efemeridade do sucesso digital, apontei que o mundo virtual tem sido estruturalmente autofágico. Nesta segunda parte, analiso o histórico das chamadas mídias sociais e dos serviços de mensagens, que viveram, estão vivendo e devem continuar vivendo esse constante processo de autofagia, com raros sucessos (em relação à quantidade de empreendimentos) e alta efemeridade – com exceção de uma organização pré-internet, a Microsoft, criada em 1975; do Google, que se aproxima dos 20 anos de existência; e do Facebook, que parece ter encontrado o caminho das pedras da sobrevivência. O que se convencionou chamar de mídia social, teve início ainda antes da explosão da internet, com o serviço da CompuServe, em 1969; do BBS - BulletinBoard System, em 1971; e com a Prodigy, em 1984. Mas foi com a AOL (America Online), lançada em 1985, que a onda ganhou massa crítica, começou a mudar o mundo em muitos de seus aspectos e gerou a primeira bolha especulativa do setor, que explodiu no fim dos anos 1990 (10 de março de 2000 foi a data da “virada” de expectativas). Mas foi nessa década que surgiram algumas iniciativas importantes, como a GeoCities, em 1994, que acabou sendo comprado em 1999 pelo Yahoo! por 4 bilhões de dólares, mas foi extinto uma década depois. O próprio Yahoo!, lançado em 1994, foi uma das locomotivas desse período pré- -bolha e viveu a trajetória de imenso sucesso e perda gradativa de espaço, como destaquei na primeira parte desta análise. Ironicamente, foi na antevéspera da explosão da bolha que surgiu, em 1997, o Google, o mais bem-sucedido empreendimento digital da história e hoje a maior organização de mídia do mundo, com receita de US$ 60 bilhões, valor 166% maior em comparação à Disney, que está em segundo lugar no ranking de 2015 da Zenith Optimedia. No setor das mídias sociais, vale o registro da criação do Fotolog e do Friendster, ambos em 2002; do LinkedIn e do MySpace, em 2003; do Flickr, do Orkut (pelo Google) e do Facebook, em 2004; do Diaspora*, em 2010; e do Google+, em 2011. Esta é uma lista reduzida das inúmeras iniciativas de estabelecer redes sociais, pois a maioria nem apareceu ou sumiu sem deixar rastros mais evidentes. Alguns dos citados desapareceram, foram incorporados por outros ou estão vivendo no limbo da inexpressividade. Até mesmo importantes sucessos esvaneceram e perderam sua relevância, como os citados MySpace e Orkut – além daqueles já analisados na primeira parte desta análise, como a AOL e o Yahoo! No campo dos serviços de mensagens, hoje basicamente na categoria de apps e de forma esmagadora no ambiente mobile, vale o registro de alguns que se destacaram pela amplitude de uso e “valor de mercado” – pois como geradores de caixa nenhum se destacou até agora. O MSN Messenger é de 1999, mas já era sucessor do ICQ e vários sistemas da própria Microsoft e passou por diversas versões até ser desativado em 2013, sendo “substituído” pelo Skype, que havia sido criado em 2003, fora adquirido pela eBayem 2005 e revendido para a Microsoft em 2011. Microsoft que criou o Bing em 2009 para competir com o serviço de searching do Google, mas, apesar de ser outro gigante do setor, continua a ter apenas um terço do volume de tráfego do líder. No caso dos apps de mensagens, vale destacar que o WhatsApp, de 2010, foi comprado pelo Facebook, e que o Google, por sua vez, tem dificuldade de se estabelecer com força nesse campo e lançou o Hangoutem 2013 e o Allo agora em 2016 – que todos estão enfrentando um perigoso inimigo, o Telegram, no ar desde 2013. E ainda não entraram para valer no campo da competição global as empresas digitais chinesas e indianas – países que somam 2,6 bilhões dos 7 bilhões de habitantes do planeta, onde está o maior potencial de crescimento de mercado nas próximas décadas. Rafael Sampaio é consultor em propaganda rafael.sampaio@uol.com.br 50 12 de setembro de 2016 - jornal propmark

curtas Fotos: Divulgação A rede internacional IVE (Imagens e Vozes de Esperança), que foi fundada em Nova York, em 1999, realizou nos dias 8, 9, 10 e 11 dois encontros, em São Paulo, na ESPM, e em Belo Horizonte, no Hotel Fazenda Igarapés, para debater soluções para uma mídia mais construtiva. O Encontro IVE Brasil teve como propósito promover um diálogo internacional sobre a comunicação e o papel de transformação da mídia. O evento contou com a participação de nomes como a publicitária Christina Carvalho Pinto, presidente do Grupo Full Jazz; a norte-americana Judy Rodgers (foto), especialista em comunicação, ex-CBS/Fox e fundadora do Imagens e Vozes de Esperança; e o jornalista Herodoto Barbeiro, da Record News. Sob o tema Criando confiança na comunicação, os profissionais compartilharam as suas experiências em suas áreas de atuação e também os seus desafios no fortalecimento do papel da mídia como agente transformador. Uma exposição fotográfica na estação do Metrô Sé, em São Paulo, celebra os 400 anos da morte do escritor Wilian Shakespeare. O projeto une o British Council e Metrô paulistano para a realização de Shakespeare 400 anos, que teve início no último dia 10. As fotos da exposição têm curadoria do British Council em Londres e incluem cenas de produções teatrais e imagens vencedoras de um concurso de fotografia. Os textos estão em português e foram selecionados com a ajuda do professor Ronaldo Marin, diretor do Instituto Shakespeare Brasil. Nesta segunda-feira (12), e nos dias 19 (Dia Nacional do Teatro), 20 e 27, os usuários do Metrô Sé terão a oportunidade de ver pequenos trechos das peças de Shakespeare interpretados por atores da Companhia de Teatro Cena IV. A Justiça acatou no último dia 7 o pedido de liminar do Posto Ipiranga e determinou a suspensão da campanha do candidato a prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que utilizou o conceito da marca Pergunta lá, criado pela Talent Marcel. A Ipiranga ingressou com uma representação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) pedindo a suspensão da campanha pelo uso indevido do conceito. De acordo com a nota da companhia, “com a ação na Justiça, a empresa buscou proteger seus direitos sobre o conceito de sua célebre campanha”. A Ipiranga ressalta que não foi consultada previamente e não cedeu seus ativos publicitários para uso em qualquer campanha eleitoral. “A companhia respeita a pluralidade democrática e faz questão de se manter neutra em pleitos eleitorais”. jornal propmark - 12 de setembro de 2016 51

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