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edição de 13 de março de 2017

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we mkT FBIlustra Tarde demais para empreender? “Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem”. Marcel Proust Francisco alberto Madia de souza Bobagem. Sempre é tempo para renascer, amar e empreender. Março de 2017. Ainda em meio à ressaca dos últimos dois anos, curtindo o porre de nossa bebedeira, omissão, preguiça e comodismo, que nos levaram a essa situação patética e sem o menor sentido em que se encontra o Brasil. Confiamos, o que Deus ou a natureza nos deu, à gestão precária e criminosa de incompetentes e corruptos. E deu no que deu. A maior crise de nossa história. Ingressamos no novo ano batendo recordes de desemprego. Perspectivas próximas de zero de solução no curto prazo. Mas, mesmo assim, com esperanças sobreviventes. E aí vem a pesquisa do empreendedor individual do Sebrae e nos anima. Mais ainda, nos estimula e nos faz refletir sobre permanecermos parados ou começarmos a nos mexer. Mais que pesquisa, o Sebrae apenas tabulou os dados e revelou a fotografia. Mergulhou no universo dos MEIs (Microempreendedores Individuais) e aferiu o que aconteceu de 2011 para cá nos diferentes extratos da população. Por necessidade ou precisão, a energia empreendedora adormecida, mas não morta e inerente na quase totalidade dos seres humanos, desperta e revela-se. Muito especialmente dentre os que têm maiores compromissos, menos tempo de vida em perspectiva e vontade natural de ainda construir o que quer que seja no tempo que resta. Assim, revelada a fotografia, o único entre os extratos de microempreendedores em que se registra crescimento desde 2011 é no de pessoas com 50 anos ou mais. Antes de partir, olhando para trás, chegando aos 90, Cora Coralina disse que a juventude começava nos 70... Que passou parte da vida fazendo e vendendo doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja. Que aprendeu datilografia aos 70 para escrever seu primeiro livro, publicado aos 75 anos. Empreender a partir dos 50 talvez seja a tal da melhor idade. Mas não importa. O que importa é que, por precisão ou energia adormecida, percebe-se no horizonte da economia milhões de novas empresas brotando e tendo em sua frente cinquentões ou mais. A participação dos microempreendedores de 50 anos ou mais em 2011 era de 14,6%. Saltou para 15,5% em 2012, 17,3% em 2013, 17,9% em 2015 e bateria nos 20% no fim deste ano, não fosse semelhante movimento que começa a se manifestar nos demais estratos da população. Tendo como base a fotografia do Sebrae, o Estadão foi conferir. E colheu depoimentos como os de Celso Guimarães, 65 anos, desempregado depois de 40 anos que abriu uma franquia de corretora de seguros: “queria uma atividade na minha residência e onde fosse mais usado intelectualmente do que fisicamente”. Ou de Rita Junck, 51 anos, dispensada de um banco em maio de 2015. Começou a comprar e vender produtos, criou uma lojinha em um market place na internet e explicou: “Foram 30 anos trabalhando para o sonho dos outros. Agora, tenho o próprio negócio e posso ficar mais tempo com a minha filha, de 12 anos”. Enfim, pelas circunstâncias, crise, caminhos inadequados, extemporâneos e tortuosos – não importa – o empreendedorismo brota, cresce e viceja. E a partir dos mais velhos ou, se preferirem, menos jovens. De 50 anos ou mais. Finalmente o que Assis Valente compôs para Carmem Miranda gravar nos anos 1940, e dela recebeu como resposta “Assis, isso não presta. Você ficou borocoxô”, é aquela da tal ideia que Victor Hugo disse e Tom Peters multiplicou: “Nada mais forte do que uma ideia cujo tempo chegou”. A música reabilitada anos depois pelos Novos Baianos é uma espécie de novo Hino Nacional do Brasil. Do Brasil Pandeiro: “Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor”. Brasil, de mais ou menos de 50 anos, esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros, que nós queremos sambar! Empreender! Prosperar! Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing famadia@madiamm.com.br 32 13 de março de 2017 - jornal propmark

proDutoras Dogs Can Fly contrata duas diretoras e segue com projeto de renovação Jimmy Palma e Ivy Abujamra passam a integrar time da empresa, que tem se dedicado a trabalhos de entretenimento e de brand solutions Jimmy Palma e Ivy Abujamra são as novas contratações da Dogs Can Fly Content Co.. As profissionais vão assumir as funções de diretora-executiva em brand solutions e entretenimento e de diretora de cena associada, respectivamente. Em 2015, a produtora de filmes publicitários e branded content iniciou um processo de mudança de operação e se posicionou como uma Content Co., criando, desenvolvendo, produzindo, distribuindo e licenciando conteúdos audiovisuais. Com 30 anos no mercado internacional e brasileiro, Jimmy já passou por produtoras como BossaNovaFilms e Zola, em ambas como sócia-fundadora. A operação da Zola foi extinta. “Há algum tempo venho olhando o mercado e buscando uma operação na qual possa colaborar com minha experiência, espírito empreendedor, gestão de negócios e com minha vocação de produtora. A Dogs é esta casa”, resume Jimmy. Ivy também foi uma das fundadoras da Zola e chega com o objetivo de unir marcas, canais e agências em torno de projetos de branded content e filmes publicitários. “Entro na Dogs com a felicidade e a certeza de que, além de dirigir publicidade, poderei contribuir com minha experiência e visão, criando, desenvolvendo e dirigindo projetos”, conta Ivy. No ano passado, Alexandre Grynberg entrou como sócio da produtora ao lado de José Henrique Caldas e Ricardo Whately, como parte do reposicionamento da empresa. “O mercado recebeu bem o nosso reposicionamento, tanto que no ano passado crescemos 30%, atraímos novos talentos e realizamos uma série de novos projetos”, relembra Whately. Com as mudanças, Alexandre Grynberg vai se dedicar ao conselho da empresa. “Com a che- Ivy Abujamra, Ricardo Whately e Jimmy Palma reúnem experiências para consolidar novos projetos liderados pela produtora “A MAshA nos Abriu MuitAs portAs, e quereMos AproveitAr pArA colocAr As própriAs propriedAdes eM uM cAMinho vencedor coMo o delA” gada da Jimmy, eu me libero das minhas funções executivas, e poderei me dedicar aos projetos da área de entretenimento e outras iniciativas do mercado”, explica Grynberg. A produtora se diz atenta às oportunidades de negócios e estar em busca de talentos, além se manter focada em iniciativas de médio prazo, como a formação de uma identidade de produção sólida. “Estamos com muitos projetos em andamento, tanto no entretenimento junto aos canais quanto em brand solutions, junto a agências e marcas. Estamos negociando séries com TV paga, em formatos factuais e ficcionais, e desenvolvendo também algumas propriedades infantis”, revela Whately. “Tivemos também projetos interessantes para web, como o Ceia Secreta, do GNT, que teve ótima repercursão. Estamos Divulgação também produzindo o GNT Fashion em um novo formato, buscando trazer o conteúdo quente em diferentes plataformas”, completa. Em parceria com a agência VML, a produtora vai fazer a nova temporada de Marias, para Íntimos. O projeto, que já está em fase de roteiro e pré- -produção, terá a direção de Vitor Mafra. “No licenciamento, seguimos como master agent do fenômeno Masha e o Urso, que além de crescer muito em canais de mídia - fomos responsáveis pelo contrato global com o Netflix e o SBT, por exemplo - consolidou-se também como uma potência em consumer products em toda a América Latina. A Masha nos abriu muitas portas. Queremos aproveitar para colocar as próprias propriedades em um caminho vencedor como o dela”, conta Whately. jornal propmark - 13 de março de 2017 33

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