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edição de 13 de novembro de 2017

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prêmIOS Africa é a Agência do Ano e Sergio Gordilho o Criativo do El Ojo 2017 Confirmando seu protagonismo no festival, Brasil ganhou 151 troféus, sendo sete Grand Prix; DDB é eleita pela primeira vez a Rede do Ano DANÚBIA PARAIZO – de Buenos Aires Um furacão quando chega, se prepara muito antes para se formar. Essa foi a analogia utilizada por Sergio Gordilho, copresidente e CCO da Africa, para justificar o desempenho histórico da agência no Festival Internacional El Ojo de Iberoamerica neste ano. No evento, que marcou os 20 anos da premiação, a Africa foi reconhecida pela primeira vez como Agência do Ano, e Gordilho, como Criativo do Ano. “Até chegarmos a essa conquista, passamos por um processo que se fortaleceu nos últimos três anos. A revolução humana que vivemos hoje, na qual as pessoas se relacionam com as marcas de forma mais próxima, se não agregarmos valor para os consumidores, perderemos relevância para os clientes”, destacou Gordilho. Realizado na semana passada, em Buenos Aires, o El Ojo reconheceu as melhores ideias da Iberoamérica, além de promover discussões sobre tendências e desafios do mercado publicitário. Nesta edição, a DDB foi eleita Rede do Ano, a Netflix o Anunciante do Ano, a We Believers como Agência Independente do Ano, Nico Perez Veiga como Diretor de Cena do Ano e a Primo/PBA Cinema como Produtora do Ano. Em um ano que confirmou o protagonismo do Brasil na premiação, o país encerrou sua participação com 151 troféus acumulados, sendo sete Gran Ojos (ou Grand Prix), 36 troféus de Ouro, 55 de Prata e 53 de Bronze. Segundo Santiago Keller Sarmiento, presidente do El Ojo, o Brasil e demais países da Iberoamérica têm passado por crises profundas, o que não influenciou negativamente o valor dos trabalhos apresentados. Nesse contexto, a própria permanência e evolução do Sergio Gordilho, copresidente e CCO da Africa, foi eleito o Criativo do Ano no festival festival ao longo de duas décadas reforça a importância de funcionar como propagador da cultura latina no mundo. “Não se completam 20 anos todos os dias. O El Ojo tem crescido e se consolidado junto com toda a indústria criativa da Iberoamérica. Através dele, temos evidenciado o potencial e a realidade dos nossos talentos locais”, disse o executivo. “Celebramos 20 anos em um mundo de crises. No Brasil, financeira e política, e desastres naturais no México, Porto Rico e República Dominicana. Mas ainda assim vemos produções que revelam nosso talento e habilidade”. Fotos: Divulgação IdEntIdAdE lAtInA Com forte presença em categorias que demandam novas tecnologias, inovação e uso criativo de dados, o Brasil obteve reconhecimento máximo com projetos como o Next, banco do Bradesco pensado para a era digital. Com conceito Um Novo Banco Conectado pelo Design, o projeto da agência R/GA São Paulo envolveu o desenvolvimento de uma instituição financeira digital bem como todo o branding e arquitetura de dados. Pelo case, a R/GA levou para casa dois Grand Prix nas categorias Design e Produção Digital. Segundo Fabiano Coura, SVP managing director da agência, o reconhecimento coroa a crença de que um bom trabalho leva tempo. “De fato, foi um projeto que exigiu não “Ganhar um festival com o peso do el ojo é muito importante para qualquer aGência” só muito talento, mas paciência. Você fica ansioso demais por dois anos sem poder mostrar para ninguém o trabalho que você está fazendo. Numa época em que a indústria é absolutamente instantânea, o prêmio coroa a resiliência do time do Next de ter se empenhado tanto, acreditado por dois anos sem poder contar para ninguém”. Ainda no ambiente de novas tecnologias, a Grey também levou a melhor em Creative Data com a campanha A cor da corrupção para o Reclame Aqui. Primeiro Grand Prix da história da agência, o projeto é baseado em um plug-in que instalado no computador, grifa em roxo o nome de políticos envolvidos em crimes ou com pendências judiciais, além de sua ficha com o histórico na Justiça. “Todo mundo fala de big data, isso é importante, mas o que você faz a partir dele é fundamental. Conseguir o primeiro Grand Prix da história com um projeto que fala tanto sobre como enxergamos a comunicação e como devemos contribuir como criativos para um país melhor nos dá muito orgulho”, disse Rodrigo Jatene, copresidente da Grey. Esta edição do festival também foi marcada pelo reconhecimento da inovação como ferramenta para engajar e multiplicar o alcance das mensagens dos anunciantes. É o caso da DM9, vencedora do Grand Prix em Promo & Ativação 40 13 de novembro de 2017 - jornal propmark

Leandro Castilho e Mariana Sá, da TV Globo, recebem GP de Andrea Siqueira Adriano Matos e Rodrigo Jatene, da Grey Brasil, e Eduardo Maruri, da Grey Latam com a campanha Price on the Jersey, para o Walmart Brasil. Na ativação, ofertas foram estampadas nas camisas do clube baiano Fluminense de Feira de Santana, aproveitando o espaço do número e nome dos jogadores no uniforme. Como resultado, os narradores esportivos acabaram “anunciando” as promoções da rede varejista em emissoras de rádio e TV. “A premiação é o reconhecimento de uma marca forte atuando numa campanha regional que, acima de tudo, fez aumentar as vendas em 40%, o que é o mais importante, principalmente quando o seu cliente é o maior varejista do mundo. É propaganda gerando resultado”, celebrou Paulo Coelho, executive creative director da DM9. A Africa, ganhadora do Grand Prix na categoria Sustentável com a campanha Inequality courts para o canal ESPN, também trabalhou a proposta de usar um elemento viral para propagar uma ideia. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, neste ano, a plataforma espnW evidenciou a desigualdade de oportunidades, salários e exposição das mulheres que atuam no esporte. A ação veiculada nas principais partidas do canal ESPN usou os próprios campos e quadras esportivas como gráficos para mostrar a desproporção de oportunidades entre homens e mulheres. “O esporte é muito mais do que o resultado. Ele vai além do entretenimento, é uma ferramenta de transformação. As atitudes que ocorrem em campo refletem a sociedade. Ver essa campanha, que traz um assunto que merece tanta atenção, ganhar um dos prêmios mais importante da região Ibero-Americana é motivo de muito orgulho. É saber que, pelo menos nesse campo aqui, na nossa indústria, esse assunto marcou um golaço. Estamos muito felizes”, disse Gordilho. Outras premiações inéditas foram reconhecidas no festival. Na categoria Inovação, a TV Globo levou GP com a campanha Movido a respeito. O vídeo mostrou como Rodrigo Mendes, fundador do instituto que leva seu sobrenome, é capaz de pilotar um carro de F-1 por meio de comandos da mente. Mendes é mestre em gestão da diversidade humana e ficou paraplégico aos 19 anos após um acidente de carro. Já na categoria Melhor Ideia Latina, a agência Ogilvy Nova York, em cocriação com a produtora brasileira Asteroide Filmes, conquistou o Grand Prix com The refugee nation, para a Anistia Internacional. A campanha levou dez atletas refugiados para disputar os Jogos Olímpicos na Rio 2016, e recrutou profissionais refugiados de diversos países para criarem juntos bandeira, delegação e hino próprios que representassem a nação dos atletas na competição. SObE E dESCE dO mErCAdO A 20ª edição do El Ojo foi marcada por mudanças importantes entre os principais líderes do mercado publicitário ibero-americano. Na oitava posição em 2016, a Africa conquistou o primeiro lugar do Equipe da R/GA, liderada por Fabiano Coura (à esq.), e time do Bradesco/Next recebem do júri o Grand Prix em Design “todo mundo fala de biG data, isso é importante, mas o que você faz a partir dele é fundamental” ranking neste ano, desbancando a AlmapBBDO, vencedora do ano passado. Na vice-liderança ficou a Alma DDB, seguida por DM9, Mercado McCann Almap e McCann Lima, respectivamente. Entre as redes, a DDB ocupou o posto mais alto, seguida por McCann, BBDO, Ogilvy&Mather, Grey, Young&Rubicam, R/GA, MullenLowe e Wunderman. Dessas, apenas a R/GA não integrava o ranking no ano passado. JWT, Leo Burnett e TBWA, que estavam na lista em 2016, neste ano, não tiveram a pontuação suficiente para a lista das melhores. Segundo Gordilho, o festival é parâmetro importante para fomentar a competição saudável entre agências, independentemente de pertencerem ou não à mesma rede. Reconhecendo a força das “irmãs” Alma e DM9, por exemplo, o criativo ressalta que a premiação eleva os esforços das agências, gerando um ambiente fértil para grandes ideias. “Ganhar um festival com o peso do El Ojo é muito importante para qualquer agência. Um mercado que não tem concorrência não tem inovação. A gente precisa dessa concorrência saudável com grandes agências para crescer. Isso estimula umas às outras a fazerem um trabalho cada vez melhor”. jornal propmark - 13 de novembro de 2017 41

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