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edição de 13 de novembro de 2017

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MEMÓRIA Neil Ferreira

MEMÓRIA Neil Ferreira deixa legado de criatividade e inquietação Um dos grandes nomes da propaganda brasileira, com carreira marcante na DPZ, criou o Baixinho da Kaiser e o Leão do IR, morreu no último dia 7 publicitário brasileiro Neil O Ferreira morreu no último dia 7, em São Paulo, aos 74 anos. O criativo foi uma das revelações da DPZ – atual DPZ&T –, onde trabalhou ao lado dos fundadores Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza. Redator, Neil é considerado a grande revelação da propaganda brasileira nos anos 1960 e um dos mais brilhantes criativos da década dos anos 1970. Ele também teve passagem pela Norton, atual Publicis. Todo mundo queria contratar o redator que inspirou diversos profissionais e fez dupla com Zaragoza (que faleceu em maio deste ano), a quem considerava um irmão. Ficou famoso um anúncio após sua primeira saída da DPZ, que dizia: “Neil, queridinho, volte pra casa. Tudo está perdoado. Z”. Entre seus grandes trabalhos na publicidade, estão a criação do Baixinho da Kaiser, algo que antecedeu a era do storytelling, e o Leão do Imposto de Renda (1978). Neil foi homenageado no 24º Anuário do Clube de Criação, em 1999, e passou a integrar o Hall da Fama da entidade. Aos 69 anos, em 2012, ganhou, no Rio de Janeiro, o Prêmio Jeca Tatu, na Academia Brasileira de Letras, durante o 7º Encontro de Redação Publicitária, em uma iniciativa da Alap (Associação Latino-Americana de Agências de Publicidade), com apoio do Conselho Nacional de Propa- Neil Ferreira exerceu influência em toda uma geração da propaganda brasileira ganda e do Clube de Criação do Rio de Janeiro. Neil estava afastado da rotina das agências de publicidade há quase 20 anos, depois de passar por duas crises em que ficou alguns anos ensaiando outros modelos de vida, como escrever crônicas sobre filhotes de gambá e seus cães Chicão e Fedegoso. “A Rodovia Raposo Tavares começou a me cobrar uma hora e meia na ida e uma hora e meia na volta para ter um trabalho fixo numa agência no bairro dos Jardins. Resolvi tomar uma decisão existencial que salvou a minha vida: fiz um home office e virei freelancer há uns bons dez anos. Moro numa casa deliciosa, com um jardim que é a menina dos meus olhos”, disse ele em entrevista ao PROPMARK. Sobre Neil, Zaragoza falou certa vez que ambos não apenas criaram campanhas juntos, mas também “se entregaram para as marcas que usavam e abusavam do entrosamento da dupla”. “Os criativos sabem como a relação de um diretor de arte com um redator tem tudo para ser difícil. Respirar e oxigenar ideias juntos pode ser algo extremamente simples ou um tanto quanto complicado, mas, com o Neil, tudo parecia muito fácil e simples. No futebol, um jogador que conhece bem o outro nem precisa olhar onde o companheiro está no campo para dar o passe, sinto isso quando falo do Neil, ele me encontrava nos traços e eu o achava nas palavras. Um toque Fotos: Divulgação e Arquivo da DPZ&T A campanha da Kaiser teve sua marca leve, refinado e criativo”. Mario D’Andrea, presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), emitiu nota de pesar em nome do mercado publicitário: “A publicidade brasileira perde um Leão, com letra maiúscula. Neil Ferreira foi um dos profissionais mais importantes da nossa história e ícone para muitas gerações. Formou uma dupla extraordinária com José Zaragoza na DPZ, onde entre outras memoráveis campanhas criou o símbolo da Receita Federal. Foi de sua mente brilhante que também saíram o Baixinho da Kaiser e o Menino de olhos vendados da Sadia. Seu talento contribuiu muito para colocar a publicidade brasileira no patamar em que está hoje”. Campanha para chamar a atenção contra o vandalismo nos orelhões de São Paulo O Fisco nunca é bem visto, mas Neil Ferreira conseguiu humanizar o Imposto de Renda 44 13 de novembro de 2017 - jornal propmark

agênCias OFERECiMEnTO WMcCann passa por reestruturação com saída de vários profissionais Mudanças fazem parte da nova fase da empresa de comunicação, que apresenta Hugo Rodrigues como CEO e chairman nesta quinta-feira (16) JÉSSICA OLIVEIRA apresentação oficial de Hugo Rodrigues como CEO e A chairman da WMcCann está marcada para esta quinta-feira (16). O evento, em São Paulo, terá a presença de profissionais do McCann Worldgroup: o presidente Luca Lindner, o global creative chairman Rob Reilly e o presidente para América Latina e Caribe Fernando Fascioli. Ex-presidente e CEO da Publicis Brasil, Rodrigues foi confirmado na WMcCann no fim de outubro para o lugar de Washington Olivetto, que deixou o posto para ser consultor da Mc- Cann Worldgroup, em Londres. Mas a chegada dele à agência não é a única mudança na casa. Em outubro, os VPs de atendimento Larissa Zucatelli, que atuava com L’Oréal, e Rafael Carmineti, que cuidava de Seara e Bradesco (cuja conta passou da WMcCann para a Publicis este ano), deixaram a agência. Antes de trabalhar na WMcCann, Larissa atuou na Ogilvy e na Y&R, enquanto Carmineti prestou serviços para Lew’Lara\TBWA e Loducca. E neste mês, também saíram a VP de mídia Yara Apparicio, o VP de criação Guime Davidson o diretor de arte Mauro Villas- -Bôas e o diretor de criação Sergio Franco, que dividia a função com Eiji Kozaka e Marcelo Con- de que seguem na WMcCann. Franco cuidava de contas como Ri Happy e Lupo. Villas-Bôas tinha 25 anos de casa. Na agência há 14 anos, Yara começou como supervisora de pesquisa, trabalhou com Nestlé e Pfizer e, em 2011, foi promovida a VP, no lugar de Paulo Gregoraci, atual COO e vice-chairman da agência. Davidson, que começou a trabalhar com Olivetto em 2004, seguiu com ele na WMcCann após a fusão, em 2010. Diretor de criação desde 2011, Guime era muito próximo de seu ídolo e imaginava que sairia quando ele saísse. “Fui dedicado a Washington, que sempre acreditou em fazer boa publicidade e colocar trabalho na rua. Espero que o Hugo traga esse espírito também. Ele é um cara bom, importante e está em evidência”, diz. Para ele, que passou inclusive pela Publicis, o novo líder encontrará um excelente time. “Espero que ele tenha paciência, bom senso e iluminação de olhar para cada um porque tem gente muito boa. Torço para dar certo, essa turma merece”, conta. Martín Montoya segue como presidente e se reportará a Rodrigues. Os VPs Debora Nitta (planejamento), Ricardo Andrez (atendimento), Marcelo Hack (produção) e Jaqueline Travaglin (projetos) também permanecem na WMcCann. Divulgação Guime Davidson trabalhou 14 anos com Olivetto, a quem considera o Pelé da atividade INFORMAÇÃO NÃO VIVE SÓ DE NOTÍCIA S Á B A D O S 2 0 H • D O M I N G O S 2 1 H INFORMAÇÃO PARA VOCE CRESCER MKT NEWS jornal propmark - 13 de novembro de 2017 45

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