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edição de 14 de dezembro de 2015

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PersPectivas 2016

PersPectivas 2016 Oportunidades surgem em momentos complicados Brasil não é simples, e o mundo vive momento igualmente complexo Daniel Chalfon - especial para o PRoPMaRK Escrever uma previsão numérica para o ano de 2016 é praticamente certeza de que ela estará errada no fim do ano. Se analisarmos os dados publicados no início dos anos anteriores por inúmeras instituições renomadas, feitas por profissionais com muito mais competência do que eu para isso, veremos que invariavelmente elas furaram. O Brasil não é um país simples, e o mundo está em um momento igualmente complexo. Por outro lado, é justamente em um momento complicado e de grandes desafios que as oportunidades surgem. Quem investe neste momento se fortalece e, quando a crise passa (acreditem ela passa), cria uma barreira ao concorrente que pode perenizar uma marca ou produto no mercado. O Brasil tem um mercado de mais de 200 milhões de pessoas, que, apesar da retração econômica atual, experimentou O ditado “Quem planta, colhe” serve para expressar como deve se comportar o setor nos últimos tempos uma evolução no consumo que pode até ser mais magro em 2016, mas definitivamente está em outro patamar de desenvolvimento se comparado ao que tínhamos anos atrás. O mercado de propaganda no país, com mais de R$ 30 bilhões Divulgação de investimento anual, apesar de enorme, ainda é pequeno se analisarmos o investimento per capita em comunicação do Brasil versus outros países com economias de tamanho similar. Mais do que isso, temos um mercado com canais de comunicação fortes, capazes de transformar a história de uma marca em qualquer segmento. Portanto, a minha previsão não é para 2016, e sim para 2017, 2018... Quem planta, colhe. Daniel Chalfon é sócio e VP de mídia da Loducca e presidente do Grupo de Mídia de Sâo Paulo O ano será melhor para quem não abandona o marketing No início de 2015, sabíamos da dificuldade que passaríamos Ênio VeRgeiRo - especial para o PRoPMaRK Estamos num momento em que tudo está sendo repensado. E isso se agrava no Brasil em função do momento em que estamos passando. Ao começar o ano de 2015, sabíamos da dificuldade que passaríamos, mas não prevíamos as questões políticas que agravaram a crise econômica no país. Até agora, a notícia boa deste ano é que os resultados, de um modo geral, serão melhores do que os do próximo ano. Que dureza! No mundo também há questionamentos, porém numa fase de recuperação, muito auxiliada por algo que está meio esquecido no Brasil, o marketing e suas ações. Hoje o marketing vive uma crise de identidade, confundido e até ofuscado pelo ainda incompreendido, ao menos por muitos, mundo digital. Afinal, onde está o marketing na indústria digital? Que participação tem o marketing nas empresas de tecnologia que insistem em se posicionarem como “a serviço da comunicação”? O marketing perdeu espaço no Brasil para o varejo, grandes cadeias de lojas nascidas de fusões e aquisições se tornaram poderosas compradoras de mídia, assegurando vendas à indústria e assim suas marcas tiveram visibilidade e as marcas da indústria foram perdendo força e reconhecimento. Hoje não se compra pela marca e pelos seus atributos, mas sim pelo preço e a forma de oferta daquele momento. Esse movimento fez com que as marcas perdessem investimento e daí a perda significativa de clientes em agências. Cadê a Brastemp? A Consul? A Philips?... Se algo de bom pode nos acontecer em 2016, e eu espero e acredito que vá acontecer, é que, como as vendas caíram significativamente devido à recessão, a indústria não repassará sua verba de propaganda para as cadeias de varejo, que por sua vez não assegurará vendas e não terá suas “excelentes condições de compra “por volume que não era atingido pela indústria e assim com as suas marcas deverão recuperar o posicionamento e o tempo perdido através de campanhas que não serão só veiculadas em grandes veículos, mas também através das conexões que os novos meios nos permitem e com isso haverá o movimento de uma lei que nos faz viver e trabalhar neste ofício, a lei da oferta e procura e se sairá melhor quem tiver o reconhecimento do consumidor. Melhor para quem nunca abandonou o marketing. Que assim seja! Feliz 2016 a todos! Ênio Vergeiro é presidente da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) 18 14 de dezembro de 2015 - jornal propmark

PersPectivas 2016 Previsão conservadora já seria considerada muito otimista “Custo é como unha, tem de se cortar toda semana”. Este é o sentimento Divulgação 2015 foi equivocadamente todo baseado em 2014, um ano de Copa do Mundo no Brasil, com investimentos enormes em marketing e consumo anabolizado Marcio oliveira - especial para o ProPMarK ano de 2016 será duro, O mas há uma grande diferença para 2015. E a diferença é o próprio ano de 2015. Explico: todo ano, as empresas fazem suas previsões e projeções financeiras baseadas em um histórico. Esse histórico pode ser os últimos anos ou o ano anterior. 2015 foi, equivocadamente, todo baseado em 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, com investimentos enormes em marketing e consumo anabolizado por um país ainda em festa e na calda longa de um desenvolvimento estimulado pelo crédito+consumo. “Todo PanejamenTo de 2016 esTá baseado na Tragédia de 2015” O que, sem crise econômica e política alguma, já seria uma diferença grande de desempenho entre o esperado e o realizado, foi, na verdade, um desastre. O chão de 2015 não parou de abrir, nem os mais experientes e pessimistas economistas, marqueteiros e administradores conseguiram prever o tamanho do buraco e o reflexo dele em todos os setores. Bom, mas e 2016? Todo e qualquer planejamento de 2016 está baseado na tragédia de 2015, ou seja, uma previsão conservadora já seria considerada muito otimista. Isso significa que todas as empresas já estarão mais preparadas só por esperarem o pior na largada. “Custo é como unha, tem de se cortar toda semana”. Este é o sentimento da entrada do ano novo. Receita nova é a lei e o mantra de todos. A única esperança que precisa ser observada é que este país volte a ter a economia, o crescimento econômico, os investimentos, as contas e a estrutura como pauta principal e não que mantém ou quem toma o poder. Essa falta de pauta é o imponderável que pode arrastar um mau cenário e o ano surpreender de novo os mais pessimistas. Marcio Oliveira é CCO da Lew’Lara\TBWA e presidente do Grupo de Atendimento jornal propmark - 14 de dezembro de 2015 19

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