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edição de 14 de janeiro de 2019

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Renato Rogenski Se hoje

Renato Rogenski Se hoje o smartphone é praticamente uma extensão do corpo das pessoas e a atividade digital tem uma penetração cada vez mais intensa no dia a dia da população brasileira, difícil não apostar no crescimento de investimentos no meio. Hoje o segmento já movimenta R$ 14,8 bilhões no país, de acordo com o IAB, mas o sarrafo das expectativas de crescimento continua alto para os profissionais do mercado. Entre os fatores, além do próprio desempenho do setor, estão as perspectivas sobre a retomada econômica. “Acredito que a economia terá um melhor desempenho em 2019, conforme as previsões, que apontam um crescimento do PIB entre 2% e 2,5%. Os sinais de melhora já foram visíveis em 2018, mas ainda há muitos desafios, como a realização das reformas estruturais e a necessidade de adesão do Congresso às propostas do novo governo. O importante é que há mais otimismo, e esse fator já contribui bastante para a definição dos investimentos das empresas e das marcas para este ano”, avalia Ana Moisés, presidente do IAB Brasil e diretora de soluções de marketing do Linkedln para a América Latina. Entre as tendências aguardadas, os executivos seguem a cultura de multiplicidade de alternativas do meio e apontam um arsenal de possibilidades. Na visão de Marco Bebiano, diretor de desenvolvimento de negócios com agências do Google Brasil, o ano será de buscar uma melhor experiência do consumidor por meio de personalização, automação e inteligência artificial. “Assim, para ficar à frente, tanto para construir sua marca, quanto para aumentar as vendas, é preciso estar atento às seguintes tenperspectivas 2019 Meio digital enxerga múltiplos caminhos para crescer ainda mais Novas tecnologias, retomada econômica e os avanços recentes geram otimismo; desafio é a adaptação para a Lei Geral de Proteção de Dados Ano será de preparação para as novas regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que entrará em vigor em fevereiro de 2020 dências: prever as intenções, abraçar a automação, melhorar a experiência mobile e personalizar ainda mais as ações”, enumera. Já Renata d’Ávila, CSO da F.biz, cita também o crescimento do uso de voz para interagir com devices. Para ela, a era da assistência traz desafios para as interações entre marcas e pessoas, principalmente porque o mercado ainda não tem benchmarks poderosos neste aspecto. “Como construir conversas de marca nessa nova era ainda é um desafio. Porém, mais do que a tecnologia, é preciso entender o comportamento das pessoas e abrir novas possibilidades. Outro ponto é gerar experiências mais imersivas com VR ou AR”, acrescenta. Ana lembra outra tendência que, em sua visão, deve marcar o ano de 2019. “O branded content, em que os influenciadores, produtores de conteúdo “Como construir conversas de marca nessa nova era ainda é um desafio. mais do que a tecnologia, é preciso entender o comportamento das pessoas e abrir novas possibilidades” LightFieldStudios/iStock digitais, ou mesmo os tradicionais, farão mais parcerias com os principais canais de redes sociais e streaming para que marcas possam melhor aproveitar seus conteúdos”, acredita. Por fim, cabe lembrar que os próximos meses também apresentam um desafio. Será o ano de preparação para as novas regras definidas pela LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em fevereiro de 2020. “Empresas que já fizeram grandes investimentos em plataformas de big data estão começando a entender que a criação de um processo produtivo de geração de insights para o negócio depende da criação de uma cultura empresarial analítica e, acima de tudo, de recursos humanos qualificados, não somente do ponto de vista técnico, mas também de negócios”, finaliza Marcelo Sousa, presidente da Abradi Nacional e diretor da Marketdata. 36 14 de janeiro de 2019 - jornal propmark

perspectivas 2019 Anunciantes sinalizam inovação e retomada da economia neste ano Volta do emprego e consumo são fundamentais para que retornem os investimentos em ações; empresas se dizem prontas para recomeçar Andréa Mello: “Investimento deve se manter estável” Juliana Azevedo: ”O sentimento é de animação” Fotos: Divulgacão Felipe Turlão Os executivos das principais marcas brasileiras começam o ano aguardando como ficará o ambiente de negócios no país, mas prontos a retomar os investimentos, mesmo que de forma gradual. Esse é o tom de anunciantes como P&G, O Boticário e Samsung, bem como da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes). “Estamos saindo de um ano que foi altamente desafiador com incerteza política, instabilidade econômica e fatos imponderáveis como a greve dos caminhoneiros, que provocou uma reação em cadeia na questão do consumo. Diante disso, esperamos um ano de retomada, mas de forma cautelosa, com uma nova equipe econômica e uma nova gestão governamental. Porém, há temas que não podem sair da pauta para nos tornar mais competitivos como reformas tributária ou previdenciária. Temos de nos manter otimistas. De forma geral, assim como ocorre com a economia em geral, esperamos que nosso mercado também trace uma curva de crescimento”, assume Sandra Martinelli, presidente da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). “O investimento publicitário deve se manter estável em 2019, mesmo após um ano aquecido, que contou com o maior torneio de futebol do mundo”, analisa Andréa Mello, diretora de marketing corporativo da Samsung Brasil. No caso da marca, o ano de 2018 teve o reforço de verba antes e durante a Copa do Mundo, especialmente com o comercial protagonizado por Tite. Dessa forma, manter esse nível de investimento em ano sem Copa é uma sinalização positiva, e o digital deve ganhar mais espaço. “A mídia digital segue em crescimento, em especial na plataforma mobile, com a multiplicação de formatos, conteúdos e novas mídias sociais. Pensar em digital traz implicações não só de linguagem, formatos, conteúdos, profissionais específicos, mas maiores investimentos em produção. A partir do momento que as novas gerações de consumidores querem se conectar com marcas com propósito, com conteúdos inovadores e distintos da propaganda tradicional, maiores investimentos em vídeos, por exemplo, tornam-se necessários. O crescimento do online business vai requerer atualização do entendimento da jornada do consumidor e trará novas demandas para as marcas e ofertas criarem diferenciação na comunicação digital”, resume Andréa. Na P&G, o foco será em inovação de produtos. “Desde julho de 2018, retomamos uma frequência de inovações e vamos seguir. Vamos inovar em todos os produtos, de pastas de dente a xampus. Acreditamos que essa retomada da inovação tem um papel importante para nos ajudar em um ano mais positivo. Para 2019, estou bastante empolgada. Continuamos seguindo os passos da inovação e acreditamos que teremos resultado positivo. O sentimento é de animação”, avalia Juliana Azevedo, presidente da P&G. Em O Boticário, uma empresa que, com sua capilaridade, consegue sentir a temperatura do consumo, a expectativa é boa. Em 2018, inclusive, a marca tinha a sensação de que previsões de crescimento de 3% do PIB não se comprovariam, o que de fato aconteceu. “Para 2019, todos nós temos expectativas de ano melhor, estamos mais otimistas. Precisamos, claro, de mensagens de ações efetivas do governo para que a economia volte a girar, com oportunidades de emprego. Seguimos contratando na empresa, mas o país como um todo precisa resinserir as pessoas, para que elas tenham dignidade com suas famílias e façam a economia crescer em base sólidas. Dependemos desses primeiros atos e, como brasileiros, temos de apoiar as mudanças, encerrando divisões. Só conseguiremos isso juntos”, finaliza Artur Grynbaum, presidente do Grupo Boticário. Ao mesmo tempo em que esperam uma melhora do cenário econômico, os anunciantes devem lidar com diversas questões que impactam a forma como se comunicam com o público. Uma delas é a questão dos dados, no âmbito dos impactos da Lei Geral de Proteção de Dados. “Vamos ter de nos adaptar às novas regras, estar preparados para as mudanças necessárias. Inclusive lançamos recentemente um guia para que os profissionais de marketing estejam preparados para essa nova regulamentação. E teremos de estar preocupados com temas que recebem cada vez mais atenção global, como novas mídias, retenção da atenção do novo consumidor, o empoderamento e a necessidade de anunciantes e marcas serem mais inclusivos e diversos”, resume Sandra. Sandra Martinelli: “Esperamos a volta do crescimento” jornal propmark - 14 de janeiro de 2019 37

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