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edição de 14 de janeiro de 2019

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perspectivas

perspectivas 2019 Produtoras acreditam em alta demanda por conteúdo de marca Renovação na publicidade e fortalecimento da área de entretenimento compõem mix de possibilidades para geração de novos negócios no ano JÉSSICA OLIVEIRA Novo ano, novo governo, novas demandas e possibilidades. E novos negócios. 2019 começou com bastante expectativa e uma certa dose de cautela nas produtoras. No mais, otimismo sobre crescimento. Sonia Regina Piassa, diretora-executiva da Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), ressalta que a publicidade é feita para vender produtos e consolidar marcas, por isso em tempo de maiores dificuldades de venda o investimento publicitário pode aumentar. “O crescente aumento no número de filmes publicitários para todas as mídias e telas se confirmou no ano de 2018”, lembra. Para a profissional, esse aumento pode ser explicado pelo afã do público em consumir mais mídia em todos os formatos, levando os anunciantes de produtos e serviços a aparecerem para esses consumidores. Ela conta ainda que em seus 16 anos na Apro, a associação sempre espera o melhor. “Em 2003 foram 1.080 produtoras registradas na Ancine (Agência Nacional do Cinema). Foram acrescentadas anualmente pelo menos mais 800 produtoras. Hoje temos 8.500 produtoras no Brasil com pelo menos um registro de obra brasileira”, diz. Um dos maiores desafios citados é a adaptação às constantes mudanças no mercado, como os novos modelos de negócios. Mas nada que tire o ânimo para o período. Na Zeppelin, os sócios e diretores-executivos Everson Colossi Nunes “Gringo” e Ricardo Baptista da Silva acreditam que, passados os meses iniciais de instabilidade do novo governo, é provável que a economia tenha uma relevância grande, gerando espaço de crescimento e novos negócios. “Estamos terminando o ajustamento do planejamento de 2019 com os últimos acontecimentos políticos. Mas com certeza o aprimoramento dos negócios em publicidade e conteúdo é prioridade”, diz Gringo. Para Silva, a necessidade crescente de produções audiovisuais deve intensificar o trabalho. “Ao mesmo tempo que temos a rediscussão da comunicação dos clientes e negócios nas novas mídias, vemos como o melhor momento para a demanda da indústria audiovisual”, acrescenta. Com três unidades de operação (Rio de Janeiro, São Paulo e Betim), a Conspiração opera em diversos campos audiovisuais. Em 2018, a empresa criou, produziu e distribuiu conteúdo para todas as plataformas. Everson Colossi Nunes “Gringo”, Felipe Baracchini, diretor de atendimento (ao centro), e Ricardo Baptista da Silva Laís Aranha/Divulgação Cris Lopes: “Projetos de entretenimento cresceram” Divulgação Foram cerca de 40 filmes publicitários e mais de 100 horas de conteúdo para TV. A produtora saiu de um ano de crescimento na área de entretenimento e branded entertainment somada a uma renovação na área da publicidade. Para Cris Lopes, VP de publicidade e branded content, a área continua forte e os projetos de entretenimento cresceram em volume. E a ideia é reforçar este núcleo em São Paulo, com modelos diversificados de produção. “Queremos ser a porta de entrada das marcas para o entretenimento num momento em que a publicidade ganha novos contornos”, explica. Além disso, ela defende grandes possibilidades para a área de conteúdo de marca, e muita força e relevância dos filmes publicitários, ampliando projetos. “Vamos continuar trabalhando para que a produção independente ganhe seu espaço”, indica. Por tudo isso e apesar das incertezas, Sonia, da Apro, segue otimista. “É um mercado em constante crescimento, uma indústria não poluente, que gera trabalho técnico especializado e artístico. Estou iniciando mais um ano com otimismo, por que não?” 42 14 de janeiro de 2019 - jornal propmark

perspectivas 2019 tolgart/iStock Neste ano há expectativas de retomada da economia, algo que acabou não ocorrendo no ano passado; jornais e revistas continuam firmes na empreitada de transformar a indústria Mídia impressa continua investindo em conteúdo e projetos especiais Depois de passar apertada em 2018, a indústria de jornais e revistas implementa ainda mais a diversidade dos novos modelos de negócios Claudia Penteado ano de 2018 foi marcado O mais por perdas do que ganhos e desafiou fortemente a indústria de jornais e revistas, levando à implementação de novos modelos de negócios baseados em projetos especiais e branded content. Mas publishers assumiram sua essência de produtores de conteúdo, e têm ido além do impresso para distribuirem o que produzem, contando com as plataformas digitais, eventos e manifestações ao vivo para fazerem suas entregas. Ricardo Pedreira, diretor- -executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), fala que, apesar de o ano passado ter sido difícil, com a melhora da economia, as perspectivas são melhores, tanto nas receitas de publicidade quanto nas assinaturas. “Todo início de um novo ciclo provoca otimismo. Esperamos que o novo governo consiga levar adiante as reformas que podem fazer a economia se mover novamente. Com mais prosperidade, geração de renda e aumento do consumo, os jornais certamente vão ser beneficiados”, afirma. Virginia Any, diretora do comitê de publicidade da Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas) e diretora de mercado anunciante da Editora Globo, diz esperar que 2019 seja um ano de colheita. “Trabalhamos muito em 2018 em nossos produtos, processos, ofertas e na preparação dos nossos times para uma nova dinâmica de mercado”, declarou. Virginia defende o potencial do meio de entregar projetos que levam narrativas profundas para os consumidores - que vão do impacto para a comunicação. “Costumamos dizer que somos ‘acusados’ de ser mídia impressa. Como se isso fosse ruim ou representasse tudo o que somos. Estamos há anos trabalhando na transformação da nossa indústria, digitalizando, criando novos modelos de negócios e temos autoridade para conduzir conversas em profundidade, sobre qualquer tema, com as nossas audiências”, afirma. Antonio Manuel Teixeira Mendes, diretor-superintendente do Grupo Folha, afirma que em 2019 o grupo pretende seguir na linha da diversificação de receitas e produtos. “A Folha tem produtos específicos muito fortes no mercado, como por exemplo o primeiro jornal a ter feito um ranking de avaliação do ensino superior no Brasil, o Ruf, que segue há alguns anos. Temos a pesquisa Top of Mind, um parâmetro para o mercado publicitário, de lembrança e penetração de marca, entre outras coisas”, diz. Segundo ele, este ano há expectativas de retomada da economia, algo que acabou não ocorrendo no ano passado. Com, isso, há a crença de que a mídia de uma maneira geral terá um início de retomada. “Cada veículo vai ter seu desafio em relação à inserção no mundo digital e procura de diversificação de receitas, mas eu acredito que em 2019 as notícias serão melhores para o nosso setor”, conclui. Também está - cuidadosamente - otimista Flávio Pestana, ex-diretor-executivo comercial do jornal O Estado de S.Paulo. Ele aposta em um ano “sensivelmente melhor” que 2018. “Teremos um crescimento do PIB que deve ser pelo menos o dobro que deste ano e um ambiente de negócios mais positivo. Alguns mercados que são importantes no nosso segmento estão reagindo, como por exemplo imóveis e autos, o que traz certo otimismo para o meio”, declara. Também aposta em um primeiro semestre com “certa carga positiva de otimista” Raphael Jessouroun, diretor- -comercial da revista Piauí, que espera que o novo governo crie condições de estabilidade e previsibilidade para dar ânimo a uma “economia combalida”. Esperança e expectativa definem 2019, na opinião de Pedro Basbastefano, publisher da revista 29Horas, para quem o ano passado foi excelente, com crescimento e a entrada em novos mercados como o Rio de Janeiro. Para ele, o ano deve trazer expansão e boas notícias. jornal propmark - 14 de janeiro de 2019 43

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