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edição de 15 de junho de 2020

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pRopmaRK 55 aNoS Hugo

pRopmaRK 55 aNoS Hugo Rodrigues Não chegue antes, chegue junto Antes de tudo, o mais importante: espero que você, sua família e amigos estejam todos seguros e saudáveis. Eu gosto muito de um pensamento que diz “quando todos gritam, é o mudo que se destaca”. Digo isso porque todos nós estamos sendo entupidos das mais diversas informações, principalmente agora, no meio de uma pandemia, enfrentando um inimigo que coloca a morte de uma forma tão próxima, real e assustadora. É de se esperar que líderes tenham as respostas para este momento. Mas não somos epidemiologistas, médicos ou economistas. Acredito que, mesmo competentíssimos, nem eles saibam ao certo o que será do futuro. Estamos todos vulneráveis, e expor essa vulnerabilidade com união, prudência, serenidade e transparência já é um primeiro e grande passo, até mesmo para sonharmos em construir um mundo melhor do que o que tínhamos antes da pandemia (o que não é tão impossível, cá entre nós). Existe um fato que não pode ser esquecido em nenhum momento. Se não tivermos uma solução científica, mesmo com o fim da quarentena (como já ocorre em outros países), passaremos a viver um ciclo contínuo de alteração comportamental, desafiando vários conceitos. Assumir qualquer posicionamento mais contundente sobre como será o nosso mercado ou qualquer relação de consumo pós- -Covid pode ser perigoso, porque, mais do que novos consumidores com novas preferências, nós devemos ter novos seres humanos com novas prioridades. Precisaremos ter abertura entre nós para tratar os temas difíceis, para ouvir os outros de forma legítima. Não estaremos mais falando de mudar a cultura de uma empresa, de um mercado; teremos de trabalhar aceitando que a mudança existirá na cultura do mundo inteiro. Sentir-se confortável numa era desconfortável, atuar reconhecendo a vulnerabilidade como algo constante e fazer da insegurança uma motivação para atingir a segurança. Até agora há pouco, a comunicação pre- Hugo Rodrigues – Chairman e CEO da WMcCann Divulgação cisava estar um passo à frente do consumidor para inspirá-lo. Mas, neste futuro de incertezas, conseguir acompanhar e reagir ao presente e às mudanças de comportamento já será de grande valor. Karina Ribeiro E agora? Tudo mudou, mas a vida continua Divulgação E agora? Talvez seja a pergunta que muitos estão fazendo diante da pandemia da Covid-19, que chegou provocando mudanças e questionamentos. Conforme os dias passam, surgem alguns aprendizados, mas ainda faltam respostas concretas para o que nos espera mais à frente, daqui a alguns dias, semanas ou meses. Os planos iniciais para 2020 já foram deixados de lado, sendo substituídos por ações imediatas. E sabemos que muita coisa ainda vai mudar, por isso continuamos nos perguntando: como será? De que forma? Quando? No momento, tudo o que fazemos são suposições a partir de ideias que discutimos diariamente, com o desejo e objetivo de garantir dias melhores pela frente. Apesar disso, e por mais contraditório que possa parecer, o momento também nos reserva oportunidades. Oportunidade de revisar a estrutura com a qual estávamos acostumados, seja em relação aos nossos relacionamentos interpessoais ou à forma como trabalhamos. Nunca foi tão importante, por exemplo, reforçar o valor da empatia e da inteligência emocional – pautas extremamente relevantes que talvez não fossem discutidas pela maioria, mas que agora se fazem urgentes e necessárias. Além disso, temas práticos, como a gestão do tempo, ganharam força com o home office. A sensação é que temos mais horas livres, já que não há gastos com deslocamentos. Por outro lado, estamos vivendo uma dinâmica que não foi programada e por isso mesmo nos desafia. Parece que todos os dias têm sido segundas-feiras e muitos profissionais têm trabalhado horas a mais, movidos pela grande mudança do cenário atual e a necessidade de manter a roda girando. E o que vai resultar de todo esse processo? Acho que ainda é cedo para dizer com certeza o que nos espera, mas é fato que um “novo normal” deve surgir. E ele está sendo moldado neste momento. Crises aceleram mudanças, e estamos vivendo isso exatamente agora. Acredito que nunca de fato a tecnologia foi vista e usada como um facilitador tão concreto e tangível em todas as esferas e setores, seja pelo nos- Karina Ribeiro – CMO da Ogilvy Brasil so mercado, que vem buscando novos jeitos remotos de produzir uma campanha ou participar de uma concorrência do início ao fim, ou pelas escolas com seus e-learnings, igrejas com lives de missas e festas de aniversário via videoconferências, entre outros exemplos. E o que vai ficar? Tudo aquilo que tiver facilitado a vida e feito a diferença pra melhor, vai permanecer. 38 15 de junho de 2020 - jornal propmark

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