EspEcial Out Of HOmE SIphotography/iStock Profissionais da indústria de comunicação destacam que o desenvolvimento criativo para a mídia exterior pode estar atrelada a diferentes plataformas digitais OOH já provou que não possui limites criativos para propaganda Com o desafio de passar a mensagem em um curto espaço, profissionais acreditam que o uso da tecnologia seja a forte tendência para o meio Alisson Fernández expressão ‘Menos é mais’ A se encaixa perfeitamente quando falamos sobre criatividade na mídia exterior, afinal, é preciso que a mensagem seja simples, eficiente e crie impacto em um curto espaço. Considerado um dos segmentos mais democráticos para falar com a população, a mídia também já demonstrou que não há limites em termos de formatos e linguagens. “A mídia OOH acompanha o dia a dia do seu entorno. Pelo baixo custo de produção, se comparada a outras mídias tradicionais, ela é um raio X do que se fala no momento. Atualmente, vemos muitas campanhas de call to action: se inscreva, acesse, ligue etc. Mas já tivemos diversas campanhas de preço e posicionamento de marca, onde o atributo do produto ou serviço era o mais importante”, diz Marco Muñoz, diretor de operações da Posterscope. Ainda segundo Muñoz, no Brasil a mídia exterior utiliza uma mensagem muito literal se comparada ao que vemos em outras cidades do mundo. “Deixamos um pouco a imaginação do consumidor. Acredito que com o crescimento dos investimentos vamos ter campanhas cada vez mais ousadas, que explorem algumas técnicas de provocação e humor”, afirma. Há mais de dez anos os paulistanos passaram um período de jejum com a mídia exterior após uma reeducação do segmento por conta da lei Cidade Limpa em São Paulo. E as agências também precisaram se reorganizar. “Isso fez muito bem às agências, que entenderam o papel atual dessa mídia. Acho que ela não pode ser agressiva nem atrapalhar quando você está se locomovendo pelas ruas. As mensagens passaram a ser mais relevantes, rápidas, imediatas. Gosto do poder de síntese que um relógio de rua tem. Basicamente, ele resgata o formato mais antigo de publicidade gráfica, que é o pôster” comenta Rafael Urenha, CCO da DPZ&T. JOVENs cRiatiVOs Muitos jovens profissionais que atuam em agências de São Paulo atualmente nasceram no ambiente digital e não tiveram muito contato com o formato outdoor. Mas será que eles possuem mais dificuldades para criar e entender o meio? “Todo mundo, por mais nativo digital que seja, anda na rua e é impactado por esse “Todo mundo, por mais digiTal que seja, anda na rua e é impacTado por esse Tipo de mídia” 60 15 de outubro de 2018 - jornal propmark
Fotos: Divulgacão Marco Muñoz, diretor de operações da Posterscope Viviana Maurman, head de estratégia de mídia da Publicis Rafael Urenha, CCO da agência DPZ&T tipo de mídia. Um olhar novo sobre o formato pode contribuir para a integração com outras plataformas. Dando um exemplo prático, a Benetton, do nosso cliente Puig, lançou playlists especializadas no Spotify de acordo com o perfil de cada consumidor do perfume. E essa ação foi comunicada em outdoors localizados em pontos onde esse consumidor transitava em São Paulo. Esse tipo de integração pode nascer de uma visão da mídia ou da criação, basta estar antenado às diversas possibilidades oferecidas por novas plataformas e por meios tradicionais. Ter esse olhar é uma obrigação de todos nós que trabalhamos com publicidade”, reforça Viviana Maurman, head de estratégia de mídia da Publicis Brasil. Segundo o Mídia Dados 2018, estudo realizado pelo Grupo de Mídia, o segmento se faz cada vez mais presente no dia a dia deste público já que marcas como Google, Spotify, Netflix e canais de TV por assinatura conversam com eles nas ruas e nas plataformas digitais. Mas qual a melhor estratégia para fazer com que os jovens tirem os olhos do smartphone e olhem para as ruas? “O OOH precisa ser imediato, sedutor, com uma mensagem concisa. Acho também que, atualmente, as pessoas estão com mais vontade de olhar para as ruas, para o que está sendo realizado em volta delas. Mais do que nunca, não querem ficar com os olhos no celular o tempo inteiro. O que elas precisam é encontrar um conteúdo fora da tela do celular que seja mais atraente, relevante e capaz de prestar serviços úteis”, diz Urenha. tENDÊNcia Em um mundo cada vez mais saturado de informação, a mídia exterior não pode ser uma distração irrelevante e, assim, como em diversos outros segmentos, o uso de novas tecnologias também é uma forte tendência para a área. “Precisamos ter mais exemplos de integração entre mobile e OOH, não somente como forma de métricas e, sim, como uma comunicação integrada realmente, onde possamos seguir o diálogo com o consumidor independentemente de onde ele esteja. Isso precisa deixar de ser um case de mídia exterior. A ferramenta não pode ser maior do que a mensagem”, reflete Muñoz Seja no trajeto do trabalho ou no passeio de lazer, as peças de OOH fazem parte do cotidiano das pessoas e, talvez, seja uma das mídias menos invasivas da publicidade. “Ela não obriga ninguém a parar o que estiver fazendo, não corta seu entretenimento, como pode ocorrer na TV ou no celular. Você tem a opção de prestar atenção nela ou não. Uma evolução natural é aproveitar os avanços da tecnologia, ser cada vez mais interativa, com mensagens até mesmo em real time, mas sempre úteis, relevantes, segmentadas programaticamente como as mídias digitais. Nosso trabalho é fazer dela algo interessante para o consumidor. Que outra mídia consegue ser mais presente na jornada do consumidor de forma tão natural? É como se ela fizesse parte da cidade”, finaliza Urenha. jornal propmark - 15 de outubro de 2018 61
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