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edição de 15 de outubro de 2018

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EspEcial Out Of hOmE

EspEcial Out Of hOmE Fotos: Divulgação Rio de Janeiro apresenta soluções em mídias digitais e integrações com mobile através de wi-fi; segundo Grupo Kallas, RJ é o segundo mercado mais importante, depois de São Paulo mídia exterior cresce nos mercados regionais motivada por lei paulista Lei Cidade Limpa, implementada apenas em São Paulo, acabou levando uma nova visão do meio para as demais praças, diz Paulo Stephan Claudia Penteado Quem diria que e s t a m íd i a , uma das mais antigas do mundo, que durante anos se valeu somente de uma frase chamativa, papel e cola, hoje estaria entre as mais modernas do mundo? Neste imenso Brasil, as desigualdades econômicas fizeram com que o meio se desenvolvesse de maneira mais heterogênea, mas sua modernização é impulsionada pela necessidade de sinergia entre as praças em nível nacional, uma ferramenta competitiva para as empresas que atuam no meio. Paulo Stephan, diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de OOH, afirma que a Lei Cidade Limpa, implementada apenas em São Paulo, acabou levando uma nova visão do meio para as demais praças. “A realidade se transformou e ter um mercado organizado, bem preparado, com pontos bem cuidados, é fundamental para fazer parte das programações e, sem dúvida, poder acompanhar o crescimento dessa mídia. Hoje, as principais empresas, nacionais e internacionais, estão presentes em quase todo o território nacional. O padrão de qualidade tem de ser seguido”, diz. Ele conta que, em suas viagens pelo Brasil, tem visto uma organização que não era realidade no passado recente, que há uma verdadeira redescoberta do potencial do meio, a partir das novas possibilidades tecnológicas. Rodrigo Callas, CEO do Grupo Kallas, hoje o maior “Há muitas oportunidades de expansão em praças por todo o Brasil” player de OOH de capital 100% nacional e atuante em diversos formatos, afirma que, no lugar de adotar proibições mais radicais, a maioria das capitais do país apenas elegeu uma regulamentação mais restritiva. Ele conta que, nas diversas capitais, os aeroportos são muito procurados para produtos para as classes A, o MUB costuma ser usado para gerar volume e cobertura, e painéis e outdoors são mais utilizados em praças menores, e com menos recursos. O Nordeste apresentou, no caso do grupo, o maior crescimento de mercado no último ano, seguido pelo Norte. O Centro-Oeste deve ter bom desempenho no futuro próximo. O maior desafio, ele comenta, são as municipalidades desorganizadas que licitam os mobiliários urbanos, 62 15 de outubro de 2018 - jornal propmark

por exemplo. A situação difere de capital para capital nas regiões Norte e Nordeste, mas o que se percebe é muito atraso, ainda. Em Aracaju, por exemplo, o meio sofre com uma lei antiga, fiscalização baixa, poluição visual, situação semelhante a Recife, João Pessoa e São Luiz, enquanto há melhor organização em praças como Salvador, Maceió e Natal. Manaus foi uma das poucas capitais que adotaram uma versão do Cidade Limpa, por isso, há menos investimentos. Porto Alegre ainda é um mercado menor para o segmento, onde não há abrigos de ônibus, placas de esquina e relógios. Mas esta última categoria tem uma licitação em andamento, e apresentarão uma tecnologia nova, com câmeras de monitoramento que participarão do cercamento eletrônico da cidade, e medidor de UV. Segundo Rodrigo, são poucas as capitais que, como o Rio de Janeiro, já apresentaram soluções em mídias digitais e integrações com a mídia mobile através de wi-fi, por exemplo. Para o Grupo Kallas, o Rio é o segundo mercado mais importante, depois de São Paulo. A Clear Channel atua em dois mercados fora de São Paulo: Rio de Janeiro e Curitiba, ambos com restrições semelhantes, para grandes formatos e alguns perímetros como o centro histórico. Lizandra Freitas, general manager da Clear “Hoje, as principais empresas, nacionais e internacionais, estão presentes em quase todo o território nacional” Channel no Brasil destaca os dados do Kantar Ibope Media, que dão conta que fora de São Paulo os mercados do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte são os maiores, representando 38% do investimento de mídia OOH no país. Segundo um estudo realizado pelo Mapa OOH, 79% das pessoas saem de casa pelo menos uma vez por semana e 144 milhões de trajetos são realizados semanalmente. O carioca passa em média mais de duas horas no trânsito por dia, enquanto a média do Brasil é 1h30. A Clear Channel tem seus equipamentos em áreas de grande concentração de população, que são Zona Sul, Centro e Tijuca. “Entendemos que o meio está em expansão, tanto em ativos quanto em mercados. Há muitas oportunidades de expansão em praças por todo o Brasil”, comenta Lizandra. Raphael Jimenez, diretor nacional de publicidade da Elemidia, fala que todas as capitais brasileiras são relevantes para a empresa, e acredita que, a médio prazo, haverá um movimento forte de digitalização do inventário de OOH fora dos mercados de São Paulo. “Ainda existe muito espaço para crescimento do share neste segmento no Brasil e continuamos investindo na expansão da rede, porque a nossa ambição é grande”, diz Raphael. Cristiano Tassinari, CEO do Grupo Office Mídia OOH, que possui telas digitais de alta definição em lojas do Grupo Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, afirma que, apesar da crise local, as receitas são crescentes. “Estamos em negociações para instalar nosso mobiliário digital em outra grande rede de supermercados local e, na mídia estática, a Office Shopping deve crescer especificamente no Rio, algo perto de 18% em comparação a 2017. Em relação as outras capitais, na Office Midia OOH, nosso planejamento é cobrirmos o Sudeste em 2019 e em 2020 alçar voos para as demais capitais do Sul e as principais capitais do Nordeste”. Carlos Alberto de Oliveira, CEO da Sincrônico Mais/Brasil Mídia Móvel, fala que o Rio é seu segundo mercado mais importante (depois de SP), e que sua plataforma teve, em 2017, crescimento da ordem de 45% principalmente no Nordeste - ritmo que não tem se mantido este ano. A tecnologia, principal tendência do meio, é o maior desafio dos mercados regionais, em especial pelas dificuldades de acesso com fibras e internet de banda larga. No caso do Nordeste, muitas capitais ainda carecem, segundo Jacqueline Choairy, sócia-gerente do Grupo Kallas na regional Nordeste, de atualização na legislação de publicidade, e na concessão de espaços e equipamentos públicos que possam atrair investimentos em tecnologia e inovação. Clear Channel atua em dois mercados fora de SP: Rio de Janeiro e Curitiba (foto), ambos com restrições semelhantes, para grandes formatos e perímetros como centro histórico jornal propmark - 15 de outubro de 2018 63

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