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edição de 16 de janeiro de 2017

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marcas Technos se reposiciona e quer ser reconhecida como contemporânea Estratégia é marcada pelo lançamento da versão 2.0 do seu smartwatch Connect, que se liga ao smartphone via bluetooth e recebe notificações Claudia Penteado Há 59 anos no Brasil, Technos busca se reposicionar no mercado e ser reconhecida como uma marca de relógios contemporânea e pioneira, que acompanha os momentos marcantes das pessoas. O seu novo posicionamento é marcado pelo lançamento da versão 2.0 do seu smartwatch Connect, o primeiro lançado no Brasil, em 2015. Segundo Ana Clara Cruz, gerente de marketing da empresa, a nova versão foi desenhada de acordo com insights dos próprios consumidores. O novo modelo se conecta com o smartphone via bluetooth, possibilitando receber notificações de chamadas telefônicas, mensagens (SMS), redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp), email, lembretes do calendário, ajuste de hora automático e função “Encontre o seu relógio”. Ainda possui resistência à água até 50 metros, maquinismo desenvolvido na Suíça, e cinco anos de garantia. O lançamento foi feito com a veiculação, nas redes sociais, de um vídeo baseado em uma história real, em que um casal fala sobre o nascimento do filho, que representa um dos momentos mais importantes em suas vidas e mostra o novo posicionamento sob o conceito Paixão por marcar o seu tempo, além da principal funcionalidade do produto, que é a notificação através do relógio. O projeto de conteúdo teve criação da Artplan e produção da Homem de Lata Filmes. Foi a primeira vez que a marca investiu em uma campanha com protagonistas e história reais para comunicar um lançamento. No filme, é feita uma alusão à principal função do Connect: a marca é responsável por avisar ao futuro pai, que não está sabendo da ação, sobre o nascimento do filho por uma Peça de ação que marca reposicionamento de Technos “Hoje, a maioria das pessoas usa relógio como acessório de moda” Divulgação mensagem emocionante enviada pela mulher, através de uma projeção, surpreendendo- -o em um momento totalmente inesperado. “Montamos uma verdadeira operação de guerra, porque não queríamos apenas um filme com atores, mas uma ação real, em tempo real, que demonstra de uma forma emocional e verdadeira como a marca faz parte da vida das pessoas”, conta Roberto Vilhena, VP de criação da Artplan. Segundo Ana Clara, a mar- ca quer ser conhecida como a aquela que dá significado à trajetória das pessoas e faz parte de suas vidas, empoderando-as a dar valor às suas experiências e conquistas individuais. A Technos nasceu na Suíça em 1900, desembarcou no Brasil em 1958, e tornou-se líder na América Latina. “Já faz algum tempo que o comportamento das pessoas em relação à compra de relógio mudou. Hoje, a maioria usa relógio como acessório de moda, na busca por produtos que traduzam e representem seu estilo, personalidade e atitude. Este comportamento estabelece uma relação mais emocional do que funcional com as pessoas. Desta forma, construímos um relacionamento muito mais leal e verdadeiro, já que existe uma identificação particular de cada consumidor com o produto”, explica. O principal desafio da marca é manter-se atenta aos desejos do consumidor. Segundo a gerente da empresa, em 2016 a marca focou em iniciativas “consumer centric” e branding: abriu o diálogo, se aproximou do consumidor e fez um amplo estudo de marca, revendo o posicionamento e resgatando o seu propósito. Em 2017, o objetivo é atuar principalmente no reposicionamento da marca. “Com a TV conseguimos ganhar alcance e presença, com out of home, ampliar a cobertura e fazer parte da jornada do consumidor. Já com a internet, estreitamos o relacionamento de forma mais interativa e dinâmica, estabelecendo uma troca com nossos consumidores. Daremos foco aos pontos de contato identificados por meio de pesquisas e estudos: TV, OOH e internet, que são os mais influenciáveis da categoria e mais relevantes para o nosso target”, complementa. 38 16 de janeiro de 2017 - jornal propmark

marCaS São Paulo está entre as quatro maiores operações da Cabify Empresa espanhola tem presença em dez países e pretende chegar a dez localidades com mais de 1 milhão de habitantes no Brasil neste ano Claudia Penteado Há um novo player disputando as atenções das pessoas no segmento de mobilidade urbana em algumas cidades brasileiras: a Cabify, que tem o Brasil como sua nova menina dos olhos. A empresa espanhola especializada em transporte de passageiros nasceu em 2011 e já está presente em mais de dez países. Em 2012, chegou ao México, Chile e Peru. No ano passado, à Colômbia e ao Brasil, onde já opera em Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. À frente da operação brasileira está o jovem empreendedor peruano Daniel Velazco- -Bedoya, de 26 anos, que afirma que este ano a Cabify espera alcançar mais dez cidades brasileiras, todas com mais de 1 milhão de habitantes. São Paulo já está entre as quatro principais operações da Cabify no mundo. A última rodada de investimentos que pemitirá a consolidação da Cabify na América Latina, da ordem de US$ 120 milhões, veio do poderoso grupo japonês Rakuten. Segundo Bedoya, o foco da Cabify é na qualidade, com a mais rigorosa seleção de motoristas parceiros do mercado, preços fixos e valores calculados com base na menor distância percorrida (ainda que o motorista mude a rota por algum motivo no meio do caminho). O que torna a América Latina uma região tão interessante para esse negócio é a escassez de um modelo estruturado de transporte público - ao contrário dos Estados Unidos e a Europa, por exemplo. Por outro lado, a região vive questões como o histórico protecionismo pelo poder público à categoria dos taxistas tradicionais, que vêm travando uma briga de foice contra os novos serviços de motoristas particulares. A Ca- Bedoya: “o táxi tem um retorno de cerca de 2 ou 2,5 vezes em relação ao que investe” o foco da cabify é na qualidade, com a mais rigorosa seleção de motoristas parceiros do mercado e preços fixos Divulgação bify chega por aqui procurando dialogar com as prefeituras das cidades e estabelecer parcerias, na medida do possível. “Sempre trabalhamos próximo a governos. Não temos um modelo de implementação de empresa. Em Buenos Aires, onde chegamos há cerca de dois meses, fomos habilitados pelo governo. Discutimos com eles durante alguns meses um modelo que fizesse sentido para a operação da cidade e para nós como empresa”, conta Bedoya. O executivo chama a atenção para uma mudança clara: globalmente o mercado de táxis é um dos últimos protegidos pelo poder público, em vários níveis. Bedoya, que é agrônomo, lembra de quando o governo Collor acabou com o protecionismo ao segmento de produção de leite e transformou completamente o cenário. “O leite foi tabelado durante décadas, o que resultou em um produto de qualidade baixíssima e pouco estímulo ao negócio como um todo. Os taxistas são protegidos desde 1969 no Brasil, foi uma briga da classe, que se tornou forte. Analisei a área e o modelo de táxi, hoje, tem um retorno de cerca de duas a duas vezes e meia em relação ao que investe. Que modelo de negócio tem esse tipo de retorno num curto espaço de tempo? Não existe. Quando entra o nosso modelo - e eu particularmente não apoio a precificação tão baixa que foi instituída até agora - que é mais justo pelo nível de investimento e o retorno que pode ter, quebro o modelo existente e gera o transtorno que está aí”, diz Bedoya. O momento é favorável para empresas como a Cabify, que têm a tecnologia como aliada e se valem da inteligência de dados e do conhecimento que possuem principalmente para firmar as parcerias com o poder público. Também há uma gama bastante precária de possibilidades em mobilidade. No México, por exemplo, 60% das pessoas não tinham o hábito de andar de táxi - e um dos motivos, sempre, foi a falta de segurança. Por isso, hoje o México se transformou em um dos principais mercados para a empresa. E o Brasil segue pelo mesmo caminho. Por aqui a Cabify está com cerca de 60 mil motoristas dentro da plataforma e na fila de entrada. O marketing é liderado por um time global baseado no Peru e é ainda feito, principalmente, internamente. A comunicação, forte nas redes sociais, foca na experiência das viagens, em qualidade e segurança e quer a fidelização das pessoas. Clientes frequentes têm prioridade. jornal propmark - 16 de janeiro de 2017 39

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