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edição de 17 de outubro de 2016

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mundo digital

mundo digital PeopleImages/iStock as duvidosas pesquisas Vira e mexe surge estudo afirmando que a TV brasileira está com seus dias contados Rafael Sampaio Desde seus primórdios, há cerca de duas décadas, a mídia digital vive o dilema de apresentar muitas pesquisas e processos de mensuração, mas sem a adequada robustez. Faltam critérios, metodologias e processos de execução que garantam a mesma qualidade das pesquisas que são feitas sobre os demais meios. Muitas das pesquisas do digital são realizadas pelas próprias empresas interessadas, usando o meio digital como instrumento e sua base de clientes/usuários como amostra. Dessa forma, tendem a não representar de fato o impacto do digital sobre o conjunto ou determinados segmentos da população e levam a informações e conclusões distorcidas – feitas basicamente para amparar a tese de que o digital está alterando de forma rápida e irreversível o panorama de todas as mídias. Isso até tem certa verdade em relação a alguns meios, mas ainda não abalou a liderança da TV como mídia mais consumida pelas pessoas e mais utilizada pela publicidade (com exceção do Reino Unido, neste caso, pois a BBC não aceita publicidade). Os últimos números globais indicam que em 2015 a TV tinha 37,7% de share no bolo da publicidade mundial, contra 29,1% do digital. O número da TV, inclusive, era ligeiramente maior que o de 2005, de 36,8%. No caso do Brasil, a participação da TV aberta é a maior do mundo, na faixa de 72%, patamar que permanece estável há muitos anos. Vira e mexe, porém, surge uma “pesquisa” ou estudo afirmando que a TV brasileira está com seus dias contados, na esteira do que acontece “em todo o mundo”, principalmente entre os mais jovens. Mas essas afirmações têm se mostrado descoladas da realidade do mercado, que registra o vigor extraordinário da TV, que, inclusive, tem utilizado o digital como um canal de distribuição adicional. Recentemente foi divulgada no Brasil mais uma dessas “pesquisas” que não se sustentam. No caso, denominada de Radar Jovem e de responsabilidade da B2, uma organização cuja principal atividade é a realização de festas de formatura de cursos universitários, mas que tem ampliado seus serviços oferecendo assessoria e projetos para as empresas que desejam falar com esse target. A tal “pesquisa” não revela a participação de nenhuma empresa ou mesmo profissional especializado no assunto que tenha sólida reputação. Também não revela a metodologia utilizada, critérios de seleção da amostra, processo de inquirição e tratamento dos dados e outros fatos básicos de uma pesquisa realmente séria. Ao contrário, o próprio material sobre o estudo fala em “levantamento” e menciona a consulta a mais de 2.600 jovens de 17 a 30 anos, que estão cursando de graduação a pós-graduação completa. Os “resultados” anunciados sobre essas bases pouco robustas, porém, são “revolucionários”, pois indicam que 35,2% dos entrevistados afirmam ter lembrança de campanhas publicitárias via Facebook, contra 32% na TV aberta e 14% no YouTube. Sinceramente, não dá para acreditar nesses números, pois não correspondem à lógica do que se conhece em outras pesquisas efetivamente robustas, feitas no Brasil e no mundo. O Target Group Index, feito pelo Kantar Ibope Media desde 1968 em 70 países e no Brasil desde 1999, indica que em 2015, nas regiões metropolitanas e no interior de SP, no Sudeste e no Sul, o consumo de TV aberta nos últimos sete dias antes das entrevistas foi de 93% para a TV aberta e de 69% para a internet, no caso do público em geral, e de 90,4% e de 89,9%, respectivamente, na faixa de 17 a 30 anos. Nos Estados Unidos, que, desde o ano passado, tem uma pesquisa multimídia nacional, feita pela Nielsen, os dados indicam que a TV ao vivo é assistida diariamente por quatro horas e 27 minutos e em DVR/time- -shifted TV por mais 32 minutos, o dobro da soma de apps e web no smartphone (1 hora e 12 minutos), web no desktop (55 minutos) e apps e web no tablete (23 minutos). Rafael Sampaio é consultor em propaganda rafael.sampaio@uol.com.br 40 17 de outubro de 2016 - jornal propmark

PrêMioS Marketing Best Sustentabilidade entrega troféus na sede da ESPM Cerimônia de premiação será nesta terça (18), no Auditório Philip Kotler da instituição de ensino, que também teve case reconhecido pelo júri Divulgação Jô Clemente com o filho Zequinha: cidadã Sustentabilidade Prêmio Marketing Best Sustentabilidade O realiza nesta terça-feira (18) sua cerimônia de premiação. O evento ocorre no Auditório Philip Kotler, da ESPM, em São Paulo, e vai entregar os troféus aos nove cases vencedores (ver tabela). Realizado pela Editora Referência e pelo MadiaMundoMarketing, o Prêmio Marketing Best Sustentabilidade 2016 é uma iniciativa da Editora Referência e MadiaMundo- Marketing, com apoio da Academia Brasileira de Marketing (Abramark) e da agência Rae,MP. Felipe Clemente Santos, diretor-presidente da Apae (Associação dos Paie de Amigos dos Excepcionais), de São Paulo, e neto de Jô Clemente, representará a Cidadã Sustentabilidade 2016 na solenidade de premiação. Há 55 anos Dona Jô se dedica à inclusão social e à busca incessante pela dignidade, que concedeu a milhares de pessoas com deficiência intelectual, através de seu incrível projeto. Com o objetivo de estimular e disseminar os melhores exemplos de empresas, fundações, institutos e associações que atuam na promoção e demonstração prática de valores e princípios da sustentabilidade, o Marketing Best Sustentabilidade já se tornou uma referência no contexto corporativo brasileiro. “A responsabilidade social tem início com o trabalho pioneiro de ONGs como a Apae e temos de reconhecer essa atividade voluntária que requer disposição e abnegação. Dona Jô materializa esse compromisso Essa premiação tem o propósito de valorizar trabalhos de entidades que se dispõe a esse tipo de atitude. A Associação Viva e Deixe Viver e a AACD são outras que têm muita relevância nessa área”, explica Armando Ferrentini, publisher da Editora Referência. VENCEDorES EMPrESa/orgaNização AACD Apae de São Paulo Associação Viva e Deixe Viver ESPM Instituto Net Claro Embratel Instituto Remo meu Rumo JBS – Friboi Plano Digital CaSE Crise no Brasil e o impacto no terceiro setor Defendendo direitos e enfrentando a violência – Campanha sobre maus-tratos 18 anos – Mais de 1 milhão de histórias Educação e empreendedorismo transformando a sociedade Net Educação Remar é muito mais que o esporte Friboi e chefs especiais Confiança do início ao fim Estou refugiado jornal propmark - 17 de outubro de 2016 41

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