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edição de 18 de junho de 2018

especial dia do mídia

especial dia do mídia Jornada do consumidor faz setores se unirem em torno dos processos Transformações provocadas pela tecnologia direcionam profissionais a promoverem integração e encontrar boas soluções para anunciantes Alisson Fernández evolução e a expansão da A tecnologia mudaram a forma como a área de mídia trabalha dentro de uma agência de publicidade. Consumidores possuem cada vez mais plataformas de conexão com seus pontos de interesse. E a segmentação, o redirecionamento e as atribuições avançadas tornaram mais fácil encontrar a pessoa certa, no lugar certo e no momento certo. “Estamos falando em transformação há algum tempo e a área de mídia está no centro dessa revolução, buscando soluções cada vez mais rentáveis e criativas. Inovação, rentabilidade e criatividade são palavras de ordem presentes cada vez mais em nosso dia a dia. A eficácia vem do conhecimento da jornada do consumidor que, combinada com a mensagem correta, traz resultados mais efetivos para os clientes”, afirma Andrea Hirata, vice-presidente de mídia da Leo Burnett Tailor Made. É um fato que, com tantas mudanças, a área de mídia deixou de ser a última parte no processo de uma campanha, o que ocorria há alguns anos. Mas como desenvolver uma estratégia de mídia eficiente com tantos recursos? A criação e a mídia começaram a andar juntas? Segundo Andrea, não há dúvidas, pois a mídia exerce uma participação fundamental no início do processo criativo, contribuindo com um profundo conhecimento do consumidor e sua jornada de compra. “Atualmente temos times na Leo Burnett Tailor Made em que todas as áreas sentam lado a lado e, assim, ganhamos mais sintonia e agilidade. Hoje, a criação precisa entender sobre as estratégias de mídia e a jornada do consumidor para entregar uma mensagem mais adequada em cada Andrea Hirata: “Inovação, rentabilidade e criatividade são palavras do cotidiano” etapa. Na mídia também temos a área de Inteligência, em que estamos desenvolvendo, junto com algumas startups, uma plataforma totalmente inovadora para análise de dados. Agência e clientes possuem uma quantidade enorme de dados, porém ainda perdemos mais tempo organizando- -os do que os analisando e transformando em negócios efetivos”, revela. Então, à medida em que a transformação digital coloca um poder maior nas mãos dos Divulgação “SabemoS que o conSumo de múltiplaS telaS já é uma realidade no dia a dia daS peSSoaS” consumidores, as agências de comunicação estão tendo de passar da mídia de massa para a mídia personalizada para reter a atenção do público em um grande universo de mídias e, assim, ter uma melhor otimização do investimento. “Sabemos que o consumo de múltiplas telas já é uma realidade no dia a dia das pessoas. Por isso, é fundamental pensar em estratégias e ações que considerem os momentos de consumo e os formatos mais apropriados para cada tela. Desta forma, cada tela ganha um papel estratégico e ao final se complementam, gerando maior eficiência. O pensamento digital não exclui o mundo da mídia tradicional, mas busca a integração dos dois mundos. Este pensamento tem o consumidor como foco, suas transformações, seu estilo de vida, seus hábitos, suas necessidades e desejos”, diz Andrea. Como exemplo de uma boa estratégia de mídia, Andrea cita o trabalho realizado para o lançamento do smartphone Galaxy S9, da Samsung, cuja agência apresentou diversos features do produto, entre eles a função My Emoji, que cria emojis a partir de uma selfie feita pelo celular. Para destacar essa função, transformaram os apresentadores do programa SportsCenter, da ESPN, em emojis. “Acabamos de ganhar o maior prêmio de criatividade da Leo Burnett Global, o troféu Eight Ball no GPC, reunião global da rede Leo Burnett Worldwide que reúne os criativos de todos os escritórios do mundo para avaliar os trabalhos que estão sendo desenvolvidos. A bola 8 só é entregue para ações realmente notáveis, verdadeiros exemplos de soluções criativas. E a ideia foi desenvolvida pela área de mídia da Leo Burnett Tailor Made em parceria com o veículo”, finaliza. 34 18 de junho de 2018 - jornal propmark

esPecIal dIa do MídIa Mudança na área é a chance para o desenvolvimento, diz Paulo Ilha Head de mídia da DPZ&T reflete sobre as atuais transformações do setor que ganha cada vez mais protagonismo na comunicação Alisson Fernández área de mídia será cada A vez mais importante dentro de uma agência de publicidade, de um anunciante, veículo, enfim, dentro do contexto da indústria da comunicação. O setor vive atualmente um momento único na propaganda e as transformações trazem oportunidades para as organizações e profissionais. Segundo Paulo Ilha, head de mídia da DPZ&T, a área ganha cada vez mais protagonismo dentro da indústria. “A mudança hoje não nos convida. O ecossistema da comunicação nos cobra essa mudança e transformação. Ela tem de ser feita com cuidado. A transformação está aí e você precisa olhá-la como uma oportunidade para se desenvolver. Não acredito que temos de fazer o novo destruindo o antigo. Você precisa fazer as coisas novas, medir e avaliar resultados e, assim, naturalmente, as coisas vão ser substituídas se elas forem melhores. Não é uma mudança que desconstrói as coisas, mas ela ajuda a construir novas”, revela. Toda essa transformação, que inclusive fez com que a mídia deixasse de fechar a última parte do processo de uma campanha, é uma grande oportunidade para as agências mostrarem valor, provocarem o mercado em como se tornar mais relevantes e aproveitarem toda essa nova tecnologia para fazer trabalhos interessantes e diferenciados. “Acredito que a mídia tem de ser um agente de transformação cultural dentro de uma agência de publicidade. Nossa visão aqui na mídia é de ter um mindset digital aplicado a toda comunicação. Utilizar a questão da eficiência e os aspectos que as mídias digitais Paulo Ilha: “Falar só de digital é tão antigo quanto mencionar só a TV aberta” trouxeram e aplicar isso no contexto da comunicação. No final, estamos fazendo a mesma coisa que fazíamos antes, ou seja, entregar a máxima eficiência de resultados para as campanhas e projetos que realizamos. Falar só de digital é tão antigo quanto mencionar só a TV aberta. O contexto Divulgação “Não acredito que temos de fazer o Novo destruiNdo o aNtigo” não é o canal e, sim, qual a estratégia para que a campanha funcione da melhor forma”, diz Ilha. Já que a conversa não pode ser sobre o canal, como impactar todos os meios, medir resultados e tomar decisões durante a campanha? Seria a mídia programática a melhor forma de fazer essa leitura? Para Ilha, a mídia programática vai assumir um papel maior dentro do contexto de mídia. “Ela é assertiva, mas no Brasil, especificamente, ainda possui muitos desafios. É fácil entregar números bonitos de mídia programática, mas números concretos de resultados são bem mais complexos e difíceis. Falta muita transparência nesse setor. O mercado ainda não está 100% para a análise de dados. O importante agora é saber tratar os dados de uma forma que eles sejam relevantes para uma tomada de decisão. Aqui na DPZ&T investimos muito em pesquisa para a utilização de dados”, afirma. Mas as transformações não devem parar por aqui. A tecnologia já modificou muito as relações dentro das agências de publicidade e deve mudar ainda mais no futuro. “É difícil falar da agência do futuro. Ela precisa ser constantemente reinventada. Não acredito mais em áreas delimitadas dentro de uma agência, vamos trabalhar cada vez mais em ambientes colaborativos. A tecnologia afeta primeiro o consumidor e depois o nosso trabalho. Estamos sempre nos desafiando a ser melhor todos os dias. Vemos um futuro sem muitas regras, onde vamos ter de achar soluções cada vez mais criativas para o nosso contexto. Então, precisamos estimular as pessoas, afinal, é delas que precisamos para fazer um futuro melhor”, finaliza Ilha. jornal propmark - 18 de junho de 2018 35

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