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edição de 19 de dezembro de 2016

Design Sergio

Design Sergio Caddah/WDCD/Divulgação Transformação social é o tema central de evento que retorna a sP Debate internacional aborda a disciplina em cinco aspectos: cultural, refugiados, comunicação, questões urbanas e violência contra a mulher Richard Van der Laken, idealizador do What Design Can Do, evento original de Amsterdã bárbara barbosa Debater o design como forma de transformação social é um dos objetivos do What Design Can Do São Paulo, que teve sua segunda edição na capital paulista realizada na semana passada, em dois dias, na Faap. Original de Amsterdã, o encontro deste ano foi orientado por cinco temas: questões urbanas, comunicação, refugiados, consciência cultural e violência contra mulheres – todas vistas sob a perspectiva do design. O professor Fábio Righetto, diretor do núcleo de Artes Plásticas da Faap, ressaltou a transformação que a própria disciplina sofreu ao longo dos anos. “No início diziam que o design podia mudar o mundo”, comentou. “Hoje se trata mais do design buscar meios para salvar o mundo”, explicou Righetto. O holandês Richard Van der Laken, idealizador do What “No iNício diziam que o desigN podia mudar o muNdo. Hoje se trata mais de o desigN buscar meios para salvar o muNdo” Design Can Do, que em Amsterdã é realizado há seis anos, destacou o poder da disciplina quando associada a outras áreas. “Só podemos fazer as coisas acontecerem com o poder do design, obviamente que em parceria de companhias de outras áreas”, disse, além de citar como exemplo a tecnologia. PROgRAMAÇÃO Nesse sentido, o que se viu nesta edição do What Design Can Do foi uma programação extensa, guiada por palestras sobre como o design pode ajudar a melhorar questões que, hoje, são problemáticas na vida urbana. Em São Paulo, por exemplo, a mobilidade e a relação carro versus pedestres e bicicletas foi debatida com a cicloativista Aline Cavalcante, que defende um olhar panorâmico para a cidade como um todo. A ativista sugere atenção para a rotina e caminhos percorridos pelas pessoas na rua para, assim, melhorar o “desenho” da metrópole e, consequentemente, a vida de quem depende do transporte público ou, por escolha, decidiu se locomover a pé ou de bicicleta. Outro ponto debatido foi a gastronomia inclusiva, que teve a participação do chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó. Do cenário internacional, o encontro trouxe palestras com o britânico Sam Bompas, do estúdio Bompas & Parr, que une arquitetura, gastronomia e design, e a estilista senegalesa Selly Raby Kane, entre outros. “Temos uma programação inspiradora, que busca aproximar mentes criativas de todo o mundo para que comecem projetos, tomem iniciativas e se tornem grandes agentes de mudanças dos problemas contemporâneos. É para isso que entendemos que o design existe: para contribuir na solução de questões complexas”, comenta Bebel Abreu, sócia da Mandacaru e do What Design Can Do no Brasil. 24 19 de dezembro de 2016 - jornal propmark

consumo Atendimento nos supermercados é carente de maior entusiasmo Estudo da Shopper Experience mostra que há falta de proximidade dos funcionários com clientes; solteiros e idosos usam PDVs para encontros Paulo Macedo Coordenada pela Shopper Experience, que integra o grupo HSR, do empresário Paulo Secches, a pesquisa Hipermercados e supermercados no Brasil, mostra boa avaliação desses estabelecimentos no Rio de Janeiro e São Paulo, para 83% dos clientes secretos ouvidos em uma amostra composta por 2.948 pessoas, com idade entre 20 e 70 anos, das classes B/C, no último mês de novembro. Mas o segmento precisa dar atenção ao recorte que aborda a satisfação: há frieza nos processos de atendimento e os profissionais que atuam nos PDVs pecam pela ausência de fator humano. O Seu Manoel da quitanda ou o Gino da rotisseria não cometeriam essa gafe. “Os relatos dos clientes secretos foram muito claros no que diz respeito ao atendimento, classificado como frio, distante e mecânico. Na prática, esses consumidores se ressentem dessa frieza, pois a experiência de compra deve ser prazerosa, mesmo em compras rotineiras. É um momento de reunir a família; de sair de casa. Portanto, o atendimento de excelência traria a essa família mais acolhimento neste momento”, exorta Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience, especialista em pesquisas de avaliação do atendimento através de clientes secretos. Os clientes são carentes de bom acolhimento, presteza em informações, mesmo em autosserviços, e excelência no relacionamento. Muitos recorrem a esses locais para comparar preços. O calcanhar de aquiles é a hora de pagar no checkout. Muitos optam por lugares mais caros em busca de boa receptividade. “Esse é o momento de as redes ampararem e acolherem os clientes. Seja por meio de promoções e comunicação visual, seja por A pesquisa, segundo Stella, indica que os 2.948 entrevistados secretos estão carentes de bom atendimento nos PDVs “os clientes não suportam funcionários que nem olham nos olhos; que automaticamente perguntam se querem nota fiscal ou se fazem parte do programa de fidelidade” programas de fidelidade mais imediatos, prêmios mais fáceis de serem atingidos, tendo por norte a preocupação de tangibilizar o cuidado com o consumidor. Funcionários solícitos, sorridentes, que acompanhem o cliente e se preocupem com as necessidades, fazem a diferença. Os clientes não suportam funcionários que nem olham nos olhos; que automaticamente perguntam se querem nota fiscal ou se fazem parte do programa de fidelidade. A atitude de jogar os produtos pela esteira é o que mais irrita, de acordo com os clientes secretos. Divulgação Muitos dos caixas, atendem enquanto conversam com o colega ao lado. Esse é um erro lamentável exatamente porque o momento do caixa é o mais dolorido para o consumidor”, destaca a pesquisdora. Solteiros e idosos são shoppers com características estanques. O primeiro grupo busca nos supermercados produtos como bebidas e comida de caráter fitness, além de marcar encontros pós-baladas. O segundo “encontra os amigos para tomar um cafezinho, ler o jornal e conversar”. jornal propmark - 19 de dezembro de 2016 25

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