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edição de 19 de junho de 2017

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eyOnd the line O que esperar razihusin/iStock de Cannes? Mais uma vez teremos grandes estrelas por lá Alexis Thuller PAgliArini Quando você estiver lendo este artigo eu já estarei em Cannes, para acompanhar mais um Cannes Lions Festival. Estarei lá mais uma vez representando a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda). Graças a uma parceria da Fenapro com o Estadão, tenho a missão de cobrir o evento e montar uma apresentação do melhor do festival para compartilhar com publicitários que não estarão em Cannes este ano. Entenda-se o “melhor do festival” por não só os cases mais premiados, mas também um resumo de tendências observadas no meio de um intenso conteúdo gerado ao longo dos oito dias do Cannes Lions Creativity e seus “filhotes” Lions Health, Lions Entertainment e Lions Innovation. Como já disse aqui mesmo, nesta coluna, estar no festival, para mim, é uma oportunidade ímpar de acompanhar o que há de melhor no mundo em termos de criatividade, expressa nas 24 áreas de premiação, além do conteúdo levado por keynote speakers do mundo inteiro. E tudo isso concentrado em uma semana. É de tirar o sono, mas é impagável. Como já disse o Estadão em uma campanha sobre o festival, A gente nunca volta igual de Cannes. Este ano teremos mais de 450 palestrantes se apresentando em 18 palcos diferentes. Só os seminários serão 50! Sem falar nas incontáveis atividades paralelas que acontecem por lá. A exemplo do ano passado, a Fenapro organiza mais um encontro privado dos publicitários brasileiros com o CEO do festival. Desta vez, o encontro será na língua portuguesa, já que o novo diretor-geral do Cannes Lions é o brasileiro José Papa Neto, o Zizo. Além desse encontro - nesta terça- -feira (20), às 14h40 -, a Fenapro convida publicitários brasileiros para um encontro agradável, junto à praia: o Cocktails on the Sand. Será um coquetel no Oracle Deck, espaço localizado junto ao Palais. A Oracle brasileira estará lá para recepcionar os convidados brasileiros. Será nesta segunda-feira (19), das 16h às 19h. Bem, esses são apenas dois eventos no meio de uma programação recheada de coisas boas. Então, o que se espera mais uma vez de Cannes é o dilema para planejar sua programação, sabendo de antemão que se perde- rá muita coisa interessante, nas “escolhas de Sofia” que somos obrigados a fazer. Em termos de premiação, o festival decidiu dar um tempo na criação de novas áreas. Estava realmente difícil – para não dizer impossível – acompanhar minimamente as shortlists e as premiações, além de todo o conteúdo paralelo. Quanto às tendências, não vejo nada bombástico surgindo. Depois de um mergulho profundo no universo digital (este, sim, provocou uma revolução), espera-se uma consolidação dos novos conceitos e ferramentas, que surgiram ao longo dos últimos anos. Espera-se também trazer à luz os problemas colaterais de uma nova comunicação, baseada fortemente em dados, mas também na atração capciosa da pós-verdade. Espera-se que os gigantes Google e Facebook se posicionem a respeito do controle das famigeradas fakenews. A pauta da igualdade de gêneros deverá ainda estar recheada. Mais uma vez teremos grandes estrelas por lá. E não só aquelas do setor de marketing/comunicação. Teremos também grandes atrações do meio artístico. Só para citar algumas, a cantora Demi Lovato e as atrizes Halle Berry e Helen Lydia Mirren. Mas teremos também a primeira mulher a liderar o FMI, a francesa Christine Lagarde. Cannes Lions é assim: múltiplo e diversificado. E precisa ser, já que seu rival SXSW – que se notabiliza pela imensa variedade de temas e atrações – tem conquistado cada vez mais participantes brasileiros. Sentimos uma queda de participantes brasileiros nos últimos anos, decorrente da crise econômica. Mas ainda esperamos uma performance destacada dos brazucas por lá. Nosso Brasil tem estado constantemente entre os três países mais premiados no Cannes Lions (atrás apenas dos EUA e do UK) e esperamos que continue assim. Mas o mais importante de Cannes é mesmo o efeito osmótico que temos ao estar lá. Mesmo que não consigamos acompanhar tudo, respiramos e absorvemos conceitos que só o “ao vivo” pode proporcionar. Para os que vão, até lá! Para os que ficam, o meu compromisso de dividir o conhecimento por intermédio do Cannes Lions Road Show, que será realizado pós-festival. Alexis Thuller Pagliarini é superintendente da Fenapro (Federação Nacional de Agências de Propaganda) alexis@fenapro.org.br 26 19 de junho de 2017 - jornal propmark

esPecial dia do mídia Profissionais ganham relevância em uma era marcada por dados Novas exigências incluem conhecimento de negócios, monitoramento de tendências, tecnologia, estatística, inteligência artificial e performance paulo macedo AlonzoDesign/iStock Já foi o tempo que a mídia era a área menos charmosa das agências. Além de negociações com veículos, comprar espaços e fazer planilhas, o arsenal ficou muito mais sofisticado com a multiplicação de pontos de contato com os consumidores que podem se materializar pelos meios tradicionais, canais digitais, pessoas e influenciadores. A gestão de dados estratégicos ganhou amplitude com a capacidade que a internet e seus mecanismos de captura de informação passaram a oferecer. Não se trata de uma compra de GRPs e TRPs, mas ter a mira cirúrgica, como um sniper, para levar mensagens certas às pessoas certas e no momento adequado para gerar jornadas com experiências. “Hoje temos, por exemplo, a chance de planejar uma ação usando os recursos de geolocalização, além de mil variáveis de contexto. Inteligência artificial, bots e realidade virtual já são uma realidade. Além de dominar as ferramentas capazes de desenhar o perfil do consumidor e os canais mais pertinentes para uma determinada ação, o profissional ainda precisa fazer tudo no menor custo possível sem perder qualidade. É preciso lembrar ainda que vivemos uma jornada intensa, pela pressão de tempo, concorrência, onde a oferta já não é mais exclusiva. Essa complexidade toda não é ruim, mas é nova. Não se convence mais as pessoas com um jingle bonito”, explica Luciana Prado, diretora de mídia da F.biz. Estabelecer fronteiras, portanto, não faz mais sentido. Online e offline é uma separação que não tem mais função neste mundo multiplataforma, multitelas, multiconectado e multicor. Os diagnósticos e as recomendações estratégicas não excluem mais a mídia. Antes patinho feio da propaganda, a mídia passou a ter um protagonismo tão grande que muitas vezes os processos de comunicação começam por ela. Não pela busca de rentabilidade, mas pela eficácia da entrega. “Um profissional de mídia na era multicanal é o que entende das diversas opções de canais de mídia e das novas tecnologias intrínsecas a eles. E que é capaz de trazer esse conhecimento para dentro do negócio do cliente, acompanhando-o e atendendo às suas expectativas”, destaca Fernando Taralli, presidente da “Essa complExidadE não é ruim, mas é nova. não sE convEncE mais as pEssoas com um jinglE bonito” VML, acrescentando: “Os elementos fundamentais são planejamento, vivenciar o segmento do cliente, entendimento estratégico e tático de cada canal e de pesquisas, e conhecer as tecnologias possíveis para integração de dados. Podendo, então, ser capaz de inovar e criar novos produtos”. O PROPMARK traça nesta edição, da página 28 à 39, um cenário bem próximo da realidade dessa área. A ideia é lembrar e homenagear o Dia do Mídia, comemorado nesta quarta-feira (21). jornal propmark - 19 de junho de 2017 27

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