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edição de 2 de setembro de 2019

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AGÊNCIAS R/GA e

AGÊNCIAS R/GA e Wunderman Thompson ganham conta da Johnson & Johnson Omnicom, que atendia a marca desde 1997, atualmente por meio da SunsetDDB, perde o anunciante, que concentra ações no IPG e WPP Paulo macedo Johnson & Johnson Consumer Health do Brasil A encerrou uma relação com a holding norte-americana Omnicom iniciada em 1997 no mercado brasileiro, atualmente sob a gestão da SunsetDDB. Sua comunicação de marketing passa a ser coordenada pela R/GA, do Interpublic Group, e pelo WPP, através da Wunderman Thompson. As duas novas agências começam a trabalhar formalmente a partir de janeiro de 2020, mas já podem ser acionadas pelo anunciante a partir do último quarter deste ano. Nos Estados Unidos a J&J mantém o Omnicom por meio da VelocityBBDO. A J. Walter Thompson, agora Wunderman Thompson, já conquistara a parte institucional da J&J há cerca de um ano, negócio que estava na DM9DDB, atual SunsetDDB, que mantivera a parte promocional/varejo. A J3, que representava o IPG no negócio, também deixa a J&J. A concorrência teve início no começo de junho e as análises das propostas foram há cerca de um mês. A coordenação do processo foi do executivo Ricardo Woldd, vice-presidente de marketing e estratégia da divisão de consumo e saúde da J&J. Com um investimento anual de aproximadamente R$ 150 milhões, dados do Kantar Ibope Media de 2017, divididos entre as agências, a J&J busca consolidar seu processo de transformação global. Até o fim de 2019 será definida a divisão de tarefas da R/GA e da Wunderman na marca. Mas pode ser diferente da métrica atual, na qual a SunsetDDB cuidava de Johnson’s Baby; e a descontinuada J. Walter Thompson, de Listerine, Tylenol e BandAid, além da parte institucional. A empresa encaminhou ao mercado o seguinte comunica- do na última sexta-feira (30): “A Johnson & Johnson Consumer Health do Brasil informa que concluiu seu processo de concorrência para definição de novas agências de publicidade. Como resultado, J. Walter Thompson (WPP) e R/GA (IPG) serão as responsáveis por ativações ATL e Digital. O novo modelo de negócios de agências começará a operar em 2020 e tem com a proposta acelerar a estratégia da companhia, expandindo e investindo em novas oportunidades. Continuamos comprometidos, como “Missão de atender as Mais de uM bilhão de pessoas que usaM nossos produtos ao redor do Mundo” Divulgação O executivo Ricardo Woldd, responsável pelo marketing e estratégia da J&J, participou da seleção das novas agências sempre, com nossa missão de atender as mais de um bilhão de pessoas que usam nossos produtos ao redor do mundo”. A SunsetDDB também se expressou. “Lamentamos por não continuar com essa parceria, mas estamos orgulhosos por ter escrito grande parte da história da marca e continuaremos até o fim deste ano. A SunsetDDB é uma agência nova, contemporânea, estratégica, criativa e data driven, com profundo conhecimento digital e de comportamento humano”, detalhou o comunicado. 50 2 de setembro de 2019 - jornal propmark

opinião Aruanas e o Dia da Amazônia: quando a ficção vira realidade Marcelo Furtado Em 5 de setembro, comemoramos o Dia da Amazônia. Esta deveria ser uma data para celebrar um dos patrimônios ambientais mais valiosos do planeta. Entretanto, a cobertura de mídia no Brasil e no mundo só divulga as queimadas criminosas, o desmatamento ilegal, a grilagem e a corrupção. Esta realidade não é nova, mas tem de mudar. Todas as pesquisas de opinião constatam índices acima dos 80% confirmando que o brasileiro zela pelo meio ambiente, é contra o desmatamento e sabe o que é a crise climática. Por que seguimos testemunhando a destruição da floresta amazônica? Uma das explicações poderia ser a hipótese de que a sociedade brasileira não se engaja com ações concretas para mudar esta realidade. ONGs do campo ambiental e dos direitos humanos organizam campanhas para engajar as pessoas. Entretanto, a falta de inovação em suas campanhas e a dificuldade de ampliar o engajamento do público acabaram criando uma audiência cativa, a chamada “bolha dos convertidos”. A série Aruanas (Globo/Maria Farinha Filmes) é um thriller ambiental que vem justamente responder a esse desafio: furar a bolha, conquistar novas audiências para os temas ambientais e comunicar de forma mais efetiva e eficaz o conteúdo socioambiental. A tese de Aruanas está dividida em duas partes: a primeira, acreditando que o entretenimento é a melhor ferramenta para mobilização de causas; a segunda, que o público aprecia o conteúdo de causas na forma de séries. Escrita por Estela Renner e Marcos Nisti, Aruanas tem um propósito claro: alertar para a crise ambiental mundial e valorizar e proteger o trabalho de ativistas. A série contou com a parceria técnica do Greenpeace e o apoio de mais de 20 organizações de atuação nacional e internacional. Foi recentemente lançada no Brasil, pela Globoplay, e no exterior, pelo aruanas. tv. Nessa plataforma, o assinante cujo coração e mente for impactado pela trama poderá tomar ações concretas para cuidar da Amazônia conhecendo as organizações parceiras e apoiando as suas campanhas. Além disso, parte da receita líquida internacional será revertida para um projeto que beneficiará a Amazônia. A participação das organizações não se restringe a oferecer um cardápio de opções. Através do envio de códigos promocionais gratuitos para todos os interessados e envolvidos das organizações parceiras, podemos promover a série apostando no compartilhamento de opiniões. A potência do conteúdo relevante fazendo a vinculação com as emoções das pessoas, a conexão mais rápida e profunda com o público e as redes sociais têm um papel crucial no engajamento da audiência, como disse Mariano Cesar, VP da Turner América Latina, em entrevista ao PROPMARK. Ella Saltmarshe publicou na Stanford Social Innovation Review, há pouco mais de um ano, um artigo muito comentado: Usando histórias para mudar o sistema. Nele, a autora identifica três aspectos fundamentais para fazer uma transformação: as histórias como luz, cola ou rede. “Esta rEalidadE não é nova, mas tEm dE mudar” A história como luz joga o holofote nas falhas do sistema e nas soluções. Em Aruanas, a ativista Luiza (Leandra Leal) denuncia o desmatamento ilegal, o genocídio indígena e o garimpo ilegal de ouro, que contamina os rios e as comunidades. A jornalista Natalie (Débora Falabella) apresenta a solução da bioeconomia e uso sustentável de ativos florestais: um exemplo é a descoberta de que a ucuuba, semente de uma árvore tradicionalmente cortada para o comércio de madeira, tem propriedades hidratantes incríveis. A história como cola cria uma relação empática com a audiência através de relações pessoais e humanizadas. Em Aruanas, a advogada Verônica (Taís Araújo) se apresenta como uma profissional respeitadíssima por amigos e inimigos, que precisa lidar com os próprios fantasmas e dramas pessoais. A estagiária Clara (Thainá Duarte) foge de um relacionamento abusivo. A história como rede é aquela que nos permite escrever novas narrativas. Em Aruanas, reafirmamos que a floresta amazônica em pé vale mais que derrubada, pela sua rica biodiversidade, serviços ambientais e cultura. Aruanas ou a celebração do Dia da Amazônia são oportunidades de contar histórias potentes e transformadoras e com isso engajar milhões de pessoas que querem a Amazônia viva. Ricardo Stuckert/iStock Marcelo Furtado é ambientalista, diretor do Alana Foundation e um dos produtores-executivos de Aruanas info@believe.earth jornal propmark - 2 de setembro de 2019 51

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