Views
6 years ago

edição de 20 de novembro de 2017

  • Text
  • Mercado
  • Propmark
  • Anos
  • Brasil
  • Jornal
  • Novembro
  • Festival
  • Cannes
  • Mulheres
  • Paulo

agêNCias “McCann sem

agêNCias “McCann sem Brasil é como jogar sem Neymar”, diz diretor-geral Chavo D’Emílio, que lidera criação da empresa para América Latina e Caribe, fala sobre a reestruturação de comando na rede Danúbia Paraizo posição da McCann não era A das mais animadoras há quatro anos, quando deu início ao processo de reestruturação. Nas palavras do diretor-geral de criação para América Latina e Caribe, Chavo D’Emílio, a rede andava apática na região, desprestigiada e refém de ambiente egocêntrico. Como resultado de uma operação em que reinava o “eu criativo” e não a coletividade, a agência era considerada segura e confortável pelos clientes, mas pouco ousada, criativa e inovadora na visão da indústria. Era o sinal amarelo sendo acionado. O executivo trouxe o relato durante o Festival Internacional El Ojo de Iberoamerica, no começo deste mês, em Buenos Aires, ressaltando que 2013 ficou marcado como momento de reestruturação na operação. A partir daí, a rede passou a olhar mais para dentro de casa para resgatar seu brilho criativo. Passados quatro anos desde a mudança, a McCann se vê em outro patamar. Em 2016, foi eleita a rede do Ano no El Ojo, e somou quatro Grand Prix no Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, em 2017, com a garotinha destemida que encara o touro de Wall Street em Fearless Girl, da McCann de Nova York. Para o executivo, o resultado está diretamente relacionado à reestruturação de lideranças, mais focada na horizontalização do comando. Pedra da Coroa para a rede, o Brasil está vivendo à flor da pele as mudanças que já têm sido feitas em menor ou maior escala nas demais operações na região, como Argentina, Colômbia e Peru. Com a recém- -chegada de Hugo Rodrigues como chairman e CEO no lugar de Washington Olivetto, o negócio brasileiro está às vésperas de grandes transformações D’Emílio (à dir.), em Buenos Aires, compara o mercado brasileiro à alma da inovação e aposta no atual cenário de mudanças da rede observadas com lupa por toda a rede, ainda que seja “um mundo em si mesma de tão grande”, como pontuou D’Emílio em entrevista ao PROPMARK. O executivo destacou a relevância do mercado nacional, visto como “a alma da inovação na América Latina”. Fazendo paralelo entre um de nossos principais produtos de exportação, o criativo foi categórico: “A McCann sem o Brasil é como jogar sem Neymar”. “Nos últimos anos temos focado nossas energias no Rio de Janeiro, com apoio do Nico (Nicolás Romanó, diretor criativo da W/McCann), além da operação em São Paulo, há até pouco tempo liderada por Olivetto. Agora, a chegada do Hugo é parte de um processo de reorganização que a Mc- Cann já vem trabalhando há algum tempo”, afirma D’Emílio. ReNasCiMeNto e MudaNças De fato, o movimento em busca de mais criatividade e inovação pode ser observado em toda a operação na América Latina e Caribe. Em Lima, no Peru, por exemplo, Christian Caldwell, VP de criação local, destacou que o trabalho tem sido feito com objetivo de empoderar toda a equipe, para que se sintam responsáveis pelo trabalho coletivo. “Olhamos a agência de dentro para vermos se tínhamos talentos suficientes para essa grande mudança. O que ficou claro é que era preciso acordar esses talentos, recuperar a fome e acreditar que podíamos fazer a mudança”, destacou o executivo. Responsáveis por trabalhos como The hijacked highway, maior experiência em realidade virtual do Peru, para a Sodimac, eleita a melhor ideia local no El Ojo este ano, a McCann Peru Divulgação vive o momento em que não tem mais medo de falhar, como destaca seu executivo. “Era importante compartilhar com a equipe que era possível fazer a mudança. Pedimos licença para falhar e um voto de confiança para os clientes. Cuidamos do empoderamento das pessoas”. De volta ao Brasil, D’Emílio espera cenário semelhante de renascimento e mudança. Fã do craft e direção de arte brasileiros, o criativo está com grandes expectativas sobre as novidades. “A ideia é que Hugo vá trazer tudo isso que estamos falando, esse é o pulso do momento que vivemos. O Brasil é um mundo em si mesmo, mas obviamente está conectado a McCann América Latina”, destacou. “Hugo vai ajudar muito a McCann a recuperar o lugar que deve manter no Brasil. Não tenho dúvidas”, finalizou. 10 20 de novembro de 2017 - jornal propmark

AgênciAs “A criatividade é o grande diferencial da propaganda” Divulgação Um dos nomes mais conhecidos no meio digital, Pedro Cabral, CEO da Ampfy, acredita que as agências com cultura digital no core do negócio serão as grandes agências daqui para frente. Mesmo com a enorme transformação do mercado, em que vê “que um bom trabalho online está no centro para medir a eficiência do offline”, ele afirma que a criatividade continua sendo o grande diferencial da propaganda. “Aqui a gente introduz muito mais tecnologia, algo mais moderno, mas o grande fio condutor dessa história é a criatividade”, diz Cabral. Nesta entrevista, o executivo fala de otimismo para 2018 e que está feliz com os seis anos da Ampfy e sua parceria com Alexandre Hohagen (que também é seu sócio na Nobox, de Miami). Pedro Cabral: “A Ampfy hoje é uma das principais agências digitais brasileiras” KELLY DORES EsTRUTURA Agora estamos com 110 pessoas e devemos contratar mais umas dez até o fim do ano, em função dos próprios projetos dos clientes com coisas novas. Estamos com uma previsão de começar 2018 num ritmo melhor do que a gente começou em 2017. Estamos terminando nosso orçamento de 2018 e colocamos um foco grande em conversar com os clientes. Sempre falo para o pessoal, que se quiser trabalhar bem em janeiro e fevereiro, tem de trabalhar em novembro. BALAnÇO 2017 foi um ano de consolidação de um crescimento bastante acelerado que a agência vinha tendo. Em 2016, crescemos 42%. Este ano, a gente deve fechar um crescimento em torno de 10%. A gente gostaria de crescer mais, em torno de 25%, 30%, que é possível fazer isso neste mercado, mas são três anos de crise, e o ano começou muito travado, agora as coisas estão mais legais. cOnTAs nOVAs Este ano ganhamos as contas digitais de cinco marcas da Coty (Risqué, Cenoura & Bronze, Bozzano, Monange e Paixão) e três da General Mills (Yoki, Kitano e Mais Vita), além de Bradesco Seguros e Udacity. A maioria dos clientes entra na casa com uma operação exclusivamente digital, mas acaba aumentando o volume e escopo de serviço. Dos nossos clientes, que são 20 marcas aproximadamente, três fazem tudo com a Ampfy, do social ao offline. A gente trabalha muito bem com as agências que eventualmente nossos clientes tenham, mas o que ocorre é que hoje até quando você faz mídia offline, se não está muito bem articulado com o digital, perde eficiência. EVOLUÇÃO Estou tão feliz com a evolução da Ampfy e com a maturidade que a agência tem quanto na melhor época da AgênciaClick (na qual foi um dos fundadores e hoje virou Isobar). A gente conseguiu montar uma equipe sênior, com pessoas muito experientes do mercado. Parte desta equipe, que são os meus sócios, é de pessoas com quem já trabalhei antes (André Chue- ri, presidente; Gabriel Borges, CSO; Fred Siqueira, CCO; e Douglas Bocalão, COO). cRiATiViDADE A criatividade é o grande diferencial desse negócio chamado propaganda. O nome agência talvez nem faça mais sentido. Aqui a gente introduz muito mais tecnologia, algo mais moderno, mas o grande fio condutor dessa história é a criatividade. DnA DigiTAL A Ampfy hoje é uma das principais agências digitais brasileiras. Ela nasceu com essa cultura digital, focada em social, busca, mobile e performance. Acho que agências com essa cultura digital no core serão as grandes agências daqui para frente. Eu tenho dúvida se as agências mais tradicionais vão se transformar porque isso não aconteceu no mundo. Elas podem fazer bons trabalhos na área digital, mas fazer essa execução que a gente faz acho muito difícil. Não vi grandes agências tradicionais serem supereficientes no mundo digital. Pode ser que aconteça. 2018 Estou muito otimista em relação a 2018. Acho que o cenário político não é mais o grande termômetro da economia, isso é uma coisa positiva. Acredito que podemos ter dois anos de aceleração bem positiva. 2018 já aponta assim e 2019 mais ainda, com um governo novo. MUDAnÇAs A gente está num momento de transição dramática no Brasil. Eu trabalhei nos Estados Unidos, em 2010. Naquela época, vi uma migração grande de verbas para as empresas serem cada vez mais digitais. Tanto que hoje o maior investimento nos EUA já é digital. E na Europa também. Neste ano, estou vendo ocorrer isso no Brasil. Em 2018, isso será mais forte. Não é que acho que tudo vai virar digital, mas vejo uma preocupação com ROI muito grande, em que um bom trabalho digital está no centro dessa medição, inclusive para medir eficiência do offline e a combinação dessas duas coisas. A Ampfy se posiciona bem nesse negócio, mas não somos só nós, há vários players. jornal propmark - 20 de novembro de 2017 11

edições anteriores

© Copyright 2022 PROPMARK. Mídia especializada no mercado publicitário. Todos os direitos reservados.