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edição de 22 de fevereiro de 2016

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opinião f9photos/Shutterstock Um canal sempre ligado Fernando Guntovitch Dentre todos os benefícios que a tecnologia nos traz, o acesso é um dos mais importantes e relevantes, principalmente quando ele ganha mobilidade. Esse combo, também conhecido como celular, é o que temos de mais próximo da relação ser humano e máquina. Em qualquer lugar do mundo, com acesso e um aparelho de telefone móvel, é possível ter ao seu dispor informações sobre tudo no planeta. Esse chip nos torna super-humano, capaz de uma presença virtual quase onipresente. Mas, além de esquecer que há algumas décadas esses avanços não eram nem sonhados, também esquecemos que o acesso é uma via dupla e as empresas de tecnologia, por consequência as marcas, têm informações sobre tudo o que fazemos com esse chip. Sempre deixamos um rastro digital. Privacidade é um dos assuntos mais falados nesse novo mundo online. Principalmente em uma relação que tem um objetivo comercial por trás, é importante sempre se lembrar de duas coisas: de maneira geral, não nos importamos de dar nossas informações em troca de coisas que sejam benéficas. Algumas vezes pode ser algo simples como um game que traga diversão, o importante é que exista uma troca e ambos os lados consigam se beneficiar de alguma maneira com ela e, no caso dos usuários, enxergar um valor real. “Tecnologia, acesso e Transformação do live markeTing” O segundo ponto é tão simples quanto pensar em como você gostaria de ser abordado por uma marca, em qual momento e com qual discurso. Entendimento do contexto é necessário, não ser intrusivo e respeitar limites, também. Ainda mais que o acesso permite o dialogo e não só mais o discurso. As pessoas impactadas vão responder e se posicionar em relação ao que viram ou receberam, logo precisamos criar pensando no tipo de reação que queremos. Grande parte disso está na maneira que fazemos a abordagem. Isso posto, as possibilidades de usar a tecnologia para melhorar a relação entre consumidor e marca são infinitas e promissoras. Principalmente em geração de lead e de informação. Hoje, a partir do celular, é possível visualizar todo o shoppertrip em um estabelecimento, a efetividade da vitrine pela quantidade de pessoas que passaram na rua, que pararam, entraram. Oferecendo serviço simples como wifi, é possível gerar informações comportamentais, hábitos de consumo. Muitas vezes a tecnologia nos mune de informações que nem o consumidor tinha consciência plena. Coisas que nunca apareceriam numa sala de vidro junto com um moderador. Ela não traz a percepção ou a lembrança. Traz o agora, o ao vivo, o como é. A partir da informação, a tecnologia nos possibilita experiências personalizadas, um trabalho de CRM mais inteligente e efetivo. É possível, por meio de geolocalização, personalizar inclusive conteúdos em vídeo, criando algo realmente taylormade. Quando estabelecemos um discurso direto engajamos mais, criamos uma conexão. As ferramentas estão disponíveis, agora a transformação do live marketing cabe a nós. Como fazer com que o acesso melhore nosso discurso, nosso conteúdo, nossa maneira de ofertar produtos e serviços? Como a informação pode garantir a efetividade de ações de experiências, como ela pode trazer ROI? Estamos juntos com os nossos consumidores em todos os momentos, do PDV até a casa, no trabalho, nos momentos de lazer. A conversa está sempre rolando e o público está do outro lado, sempre ouvindo. Em 2016, vivendo em uma plataforma digital que sobrevive de informações. Como não se aproveitar disso, não conhecer e não falar exatamente o que o seu consumidor quer ouvir? Fernando Guntovitch é CEO do The Group fguntovitch@group.com.br 12 22 de fevereiro de 2016 - jornal propmark

merCAdo Audiovisual reúne forças contra liminar que suspende Condecine Atores, atrizes e cineastas se juntam às entidades para contestar decisão judicial que isenta teles da contribuição para desenvolvimento do setor Rafael Vazquez movimento do setor audiovisual brasileiro contra a sus- O pensão da chamada “Condecine das Teles” está aumentando. Na última quinta-feira (18), um grupo de atores, atrizes e cineastas se somou às entidades que já vêm se posicionando contra e assinaram um documento que critica a decisão que isenta as empresas de telecomunicações da Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional). Aproximadamente 150 artistas se manifestaram, entre os quais Fernanda Montenegro, Andréa Beltrão, Bruna Lombardi, Marietta Severo, Paulo Gustavo, Alê Abreu, Guel Arraes e Hector Babenco. De acordo com o documento apoiado pelos artistas, somente em 2014 e 2015, 713 empresas de audiovisual produziram em todo o país 2.867 horas de conteúdos, 306 longas-metragens, 433 séries e telefilmes com a verba oriunda principalmente do Condecine. E acrescenta que “caso (a liminar) não seja cassada, terá o poder de paralisar todo setor audiovisual brasileiro”. O manifesto fortalece o posicionamento das entidades do setor que já haviam se posicionado e apoiado a Ancine para que a liminar seja derrubada. Nesta mesma quinta-feira, um novo comunicado, assinado por mais de 30 representantes de todo o Brasil, foi enviado à imprensa reforçando que há mais gente contra a iniciativa das teles. “Este comunicado se tornou ainda mais relevante com a adesão inédita do Setor Audiovisual – entidades, empresas, parceiros, investidores e profissionais autônomos que subscrevem este documento para trazer novos esclarecimentos sobre o assunto e fixar nossa posição”, diz o texto. As entidades ainda alegam que o pagamento das teles à Con- Se mantida a liminar, cadeia de produção audiovisual perderá 78% dos R$ 900 milhões arrecadadados em prol do desenvolvimento "Caso liminar não seja Cassada, terá o poder de paralisar todo setor audiovisual brasileiro” decine representa apenas 0,4% das empresas e que elas também se beneficiam da geração de conteúdo audiovisual. Além disso, pretende estimular a sociedade a refletir sobre o assunto. “Acendemos o sinal de alerta para a sociedade brasileira no que se refere ao retrocesso que representa essa ação, e em defesa da sociedade brasileira, a qual não pode ficar privada do acesso à própria cultura, seus costumes, sua identidade”, afirma. O imbróglio começou no começo de fevereiro, quando o SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel de Celular e Pessoal), que representa as operadoras Claro, Oi, Telefônica/Vivo e TIM, entre outras, conseguiu uma liminar concedida pela 4ª Vara de Brasília que suspende o pagamento da contribuição. Juntas, as teles arredam 78% dos aproximadamente R$ 900 milhões da Condecine. O valor é direcionado Adobe Stock ao FSA (Fundo Setorial Audiovisual) e gerido pela Ancine (Agência Nacional do Cinema). Em sua defesa, as teles também já se posicionaram por meio de comunicado do SindiTelebrasil. O principal argumento das companhias é a alta carga tributária que são obrigadas a pagar. “O setor de telecomunicações vem alertando, nos últimos anos, para o impacto da elevada carga tributária na capacidade de investimento das empresas. O consumidor é o mais prejudicado com o aumento dos impostos, já que os tributos incidem diretamente sobre a conta dos serviços de telecomunicações paga pelos brasileiros. Para compensar a alta no preço provocada pelo aumento de tributos, o cidadão acaba usando menos os serviços e deixando de obter as facilidades já alcançadas com o processo de inclusão social que vinha sendo implantado pelas prestadoras”, defende-se o sindicato das teles. jornal propmark - 22 de fevereiro de 2016 13

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