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edição de 22 de julho de 2019

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mercAdo Fotos: Divulgação “mindfulness, atividade física, terapia, técnicas de organização e planeJamento minimizam a ansiedade” Dilma Campos, da Ampro, mostra pesquisa global Juliana Ferraz, da Holding Clube, se reinventou após o mal nossos colaboradores. Já começamos com o reforço e implementação de atividades como ginástica laboral, massagem e ainda temos outros projetos em evolução. A publicidade não fica de fora. Com tantos novos formatos de comunicação e consumidores ainda mais seletivos, fazendo com que as agências estejam constantemente em busca de novas soluções, formatos e aprendizados diários. Com isso, acabamos criando um cenário em que as cobranças são cada vez maiores.” Rita Steigleder, diretora de recursos humanos da W3haus e do ecossistema Haus, sabe que o Burnout não é exclusivo da publicidade. “Ele está em todas as áreas. Como não existem mais limites claros entre vida pessoal e profissional em função dos recursos tecnológicos disponíveis, o pessoal e profissional se invadem e se cruzam Fernanda Coelho comanda RH nas agências Publicis todo o tempo. Isto torna os momentos de descanso, muitas vezes ansiolíticos e pouco restaurativos. Acredito que a melhor forma que podemos lidar com isto é instrumentalizando as pessoas para lidar com a ansiedade excessiva e os sentimentos decorrentes dela. Mindfulness (atenção plena), atividade física, terapia, técnicas de organização e planejamento que minimizam a ansiedade são algumas delas. Suporte individual tem sido também um recurso importante no auxílio de algumas situações, sempre mantendo a confidencialidade, obviamente. Estamos nos capacitando em técnicas de Mindfulness para espaços de trabalho, já fizemos alguns workshops internos sobre ansiedade e administração do tempo, damos suportes individuais. Tentamos estar sempre atentos às dificuldades enfrentadas e com a escuta o mais ativa possível. Temos consciência de que muito mais será necessário para contribuir na saúde e bem-estar das pessoas e continuaremos nos capacitando e inovando para atender às demandas”, detalhou Rita. Na visão de Viviane Sala, diretora de recursos humanos da Cheil Brasil para América Latina, “há inúmeros fatores para engatilhar um processo de Burnout”. Em sua opinião “as empresas podem contribuir equilibrando o fator de pressão com celebração e reconhecimento dos colaboradores”. Como observa o Burnout no ambiente da publicidade? Quem responde é Maurício Magalhães, vice-presidente nacional da Ampro (Associação de Marketing Profissional). “É absolutamente real. Acrescentaria que é um problema da indústria da comunicação como um todo. O Burnout é uma denominação nova (espetacular) para um problema antigo e grave. Especialmente pela desproporção da força que, nos últimos anos, ganhou os clientes numa troca pouco justa. São os mesmos clientes que, na maior parte das vezes, criaram áreas de compliance e RH com focos mais modernos internamente, mas que por meio das áreas de marketing e compras praticam literalmente o oposto. Uma idiossincrasia, antagonismo total. Isso gerou e continua gerando o efeito Burnout em profissionais, muitas vezes com sérias consequências. Fora um efeito colateral real, a evasão de profissionais e baixíssima atratividade de jovens talentos.” Dilma Campos, diretora do comitê de relações humanas da Ampro, diz mais: “O Burnout no trabalho passou a figurar, em 2019, entre as cinco principais preocupações de executivos no mundo. Foi o que concluiu a pesquisa Global Talent Trends 2019, realizada pela Consultoria Mercer, depois de ouvir mais de sete mil executivos, responsáveis de RH e colaboradores em 16 países”. Viviane Sala, da Cheil Brasil, propõe reconhecimento 36 22 de julho de 2019 - jornal propmark

meRcado Reforma da Previdência é indicador para otimismo das agências crescer Pesquisa da Fenapro feita no início de julho com 194 empresas mostra que perspectiva de mudança de cenário é real com as novas regras Realizada pela Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) nas duas primeiras semanas de julho, a pesquisa Van Pro (Visão de Ambiente de Negócios em Agências de Propaganda) ouviu empresários de 194 agências de publicidade visando acompanhar o clima para desenvolvimento de negócios e as expectativas do setor. Apesar dos percalços enfrentados pela economia, o clima é de que a esperança é a última que morre. Ou seja, há mais otimismo, principalmente pela reforma da Previdência, que pode ser aprovada em definitivo até outubro. De qualquer modo, 2019 deverá seguir na mesma linha do ano passado. Mas de 2020 em diante o cenário pode mudar. Os resultados obtidos nesta mostra refletem a performance das agências no segundo trimestre de 2019, além das perspectivas para o terceiro e o ano como um todo. A instituição fala que “é preciso deixar claro que o campo da pesquisa não refletiu a aprovação da reforma da Previdência, já que a maioria das respostas ocorreu antes da votação.” Apesar da frustração com relação à performance nos meses de abril, maio e junho, a Fenapro esclarece que, se forem somados os índices dos que preveem um trimestre melhor ou igual, o volume será praticamente igual ao do trimestre anterior: 82,8% agora, contra 83% no trimestre passado (ver tabela). “De qualquer maneira, com exceção do Centro-Oeste, todas as regiões apresentaram queda de otimismo no curto prazo. As regiões Norte e Nordeste estão entre as mais otimistas (com 66,7 e 56,4%, respectivamente). A região Sudeste foi das que apresentaram melhor performance no segundo trimestre, contrastando com a região Sul, que mostrou “São Paulo ficou um Pouco acima da média BraSil, com 51,2% de otimiStaS, contra 49,1% do conSolidado BraSil” Reprodução o mais baixo índice de performance e de otimismo com o período futuro. Entre os estados, o mais otimista com 2019 é o Mato Grosso (75%) e os menos, Rio de Janeiro e Paraná (33,3%). São Paulo ficou um pouco acima da média Brasil, com 51,2% de otimistas, contra 49,1% do consolidado Brasil”, diz o documento da Fenapro. O quadro de concorrências manteve-se praticamente inalterado, com índices semelhantes aos do trimestre anterior. Quanto aos setores da economia mais promissores, a área de serviços se manteve como a mais relevante, seguida do comércio e do setor público (as mesmas posições do trimestre anterior). “Assim como os demais setores da economia, as agências de propaganda ainda esperam movimentações macroeconômicas mais contundentes e mais efetivas para a melhora de mercado. A pesquisa ainda não reflete o resultado da votação da reforma da Previdência, mas prevemos que o humor deverá mudar mesmo quando ocorrerem as medidas que destravarão a economia”, diz Glaucio Binder, presidente da Fenapro. A entidade faz uma observação importante sobre a queda de braço entre pessimismo e otimismo: “O nível de otimismo com 2019 caiu em todas as regiões do Brasil, mas é importante observar que, em contrapartida, o índice de pessimismo não cresceu significativamente. O que quer dizer que a maioria ainda prevê um ano melhor ou igual ao anterior. O que cresceu mais foi a expectativa de um ano igual a 2018, o que não é o que todos gostariam, mas é melhor que a piora. Fica agora a expectativa por alguma reversão, decorrente de uma agenda mais positiva do lado governamental”. jornal propmark - 22 de julho de 2019 37

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