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edição de 22 de julho de 2019

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merCado Café solúvel

merCado Café solúvel brasileiro ganha primeira marca setorial em 50 anos Criada pelo Gad, Explore&Enjoy tem como foco promover o produto no segmento nacional e internacional, além de áreas do trade, B2B e B2C MARINA OLIVEIRA Associação Brasileira da Indústria de A Café Solúvel (Abics) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) lançou na última semana um plano estratégico que tem como meta fortalecer o potencial de qualidade, variedade e tecnologia do produto diante do mercado nacional e internacional, por meio de ações junto ao trade de varejo, ao público B2B e B2C. Para isso, as entidades recorreram à consultoria Gad, que desenvolveu uma marca setorial sob o conceito Explore&Enjoy. De acordo com Renato Figueiredo, head de estratégia e planejamento do Gad, o mercado de cafés solúveis existe há mais de 50 anos no Brasil e nunca contou com uma estratégia setorial. “Descobrimos muitas forças do produto brasileiro frente ao mercado internacional. Estamos vendo nascer maior oferta de outros players como Vietnã, Índia e México. Só que esses países não têm a mesma tradição que o Brasil, autoridade, know-how e o parque tecnológico que nós temos. O nosso produto é muito rico, nosso café é muito importante no blend do mundo”, afirma Figueiredo, que acrescenta: “Chegamos a um denominador comum, que consegue expor a maior parte das nossas forças e vale tanto para o B2B quanto para o B2C, além de países que já consomem o café solúvel e outros em que ainda não há essa tradição”. O café solúvel é o 12° produto do agronegócio mais exportado pelo país. A produção está concentrada em seis grandes players (Nestlé, Café Iguaçu, Cacique, Campinho, Real Café e Cocam). No primeiro semestre de 2019, as exportações brasileiras de café solúvel aumentaram em 9,6% em volume, quando comparadas com o mesmo período de 2018, totalizando quase dois milhões de sacas de 60 kg. A receita cambial acumulada no período foi de quase US$ 275 milhões. Os principais destinos foram Estados Unidos, Rússia, Indonésia, Japão e Argentina. Selo de qualidade A nova marca Explore&Enjoy vai ganhar um selo de qualidade nos produtos, feiras, eventos e diferentes frentes de divulgação e comercialização oficial do setor. “A gente produz café solúvel de todos os tipos de grão. Essa variedade nos levou Nova marca setorial Explore&Enjoy será utilizada em produtos, feiras, eventos em embaixadas e também para o trade “Descobrimos muitas forças Do proDuto brasileiro frente ao mercaDo internacional” Renato Figueiredo, do Gad, responsável pela nova marca Fotos: Divulgação a essa estratégia do Crie&Curta - versão em português da marca -, para que o B2B pudesse também explorar a variedade de produtos que ele pode oferecer para o próprio consumidor. Sempre com a chancela de que o café brasileiro é confiável, vai ser entregue na data certa, na especificação que ele pediu, e por aí vai. Se ele não tivesse tudo isso, ele não poderia explorar e curtir”, defende. “Nosso café solúvel está na liderança há mais de 50 anos, graças aos nossos compromissos honrados, levando alta tecnologia, qualidade e sempre cumprindo com os períodos de entrega. Temos mais de 25 certificações de controle de processos, qualidade, segurança alimentar, sustentabilidade e de categorias específicas. São chancelas fundamentais para a conquista dessa liderança”, afirma Aguinaldo Lima, diretor de relações institucionais da Abics. Para Figueiredo, os selos devem passar essa mensagem, todavia a estratégia de comunicação não está completamente definida. “Ainda não temos o planejamento completo, mas já sabemos que vai haver iniciativas envolvendo mídia digital para público final e vídeos. Estamos começando com o B2B e com o trade. O B2C deve ser a terceira etapa dessa cadeia de abordagem. Imagino que estamos falando de pelo menos um ano até começarmos a falar com o público final.” 44 22 de julho de 2019 - jornal propmark

merCAdo Governo federal decreta mudanças na Ancine e no Conselho de Cinema Agência foi transferida do Rio para Brasília e passa a ter gerência da Casa Civil; Apro fala que ainda é cedo para avaliar as novas medidas Reprodução Bacurau, dos diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, foi um dos destaques no Festival Internacional de Cinema de Cannes este ano; produção tem fomento da Ancine MARINA OLIVEIRA presidente Jair Bolsonaro O (PSL) anunciou na semana passada a transferência da Agência Nacional do Cinema (Ancine) do Rio de Janeiro para Brasília e o deslocamento do Conselho Superior de Cinema, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil. A decisão prevê ainda a diminuição do número dos membros do Conselho. Integrantes da indústria cinematográfica passam de seis para três e os representantes da sociedade civil de três para dois. Bolsonaro chegou a cogitar a extinção da agência, mas reconsiderou após reunião com o ministro Osmar Terra, da Cidadania, responsável pela pasta que herdou as secretarias do Ministério da Cultura (MinC). Para Marianna Souza, presidente-executiva da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), a princípio, a medida pode ser benéfica para o setor. “O Ministério da Cidadania tem mil outras demandas. [...] desde que ele (MinC) foi extinto sentimos muito”. Segundo Marianna, a medida pode ser encarada como “uma mudança de prioridade” da gestão. “Talvez o Governo esteja enxergando o setor como importante e estratégico. [...] Tendo a acreditar que seja até uma elevação no status da pasta. Deixa de ser mais um assunto na pilha de milhões de prioridades da Cidadania e passa a ter um pouco mais de relevância na Casa Civil. Acho que só o tempo vai dizer”. O ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, afirmou que o governo defende o incentivo às produções acompanhadas de resultados. Os critérios para liberação de recursos públicos seriam “qualidade [...] se têm ou não sucesso e espectador na sala de cinema”. As mudanças, entretanto, teriam acontecido após a liberação de recursos da Ancine para um reality show que elegeria uma nova modelo trans, desagradando a agenda conservadora de Bolsonaro. “É um novo governo, visão, novas diretrizes e, antes de sairmos questionando, é importante entender o que vai acontecer “A importânciA [dA Ancine] é inquestionável pArA A sobrevivênciA do setor” e qual é o objetivo efetivo disso. O que isso vai trazer de efetivo para o setor? Porque hoje, da maneira como está, na Cidadania, também não é a situação ideal”, diz Marianna. A Ancine tem papel central no desenvolvimento do mercado audiovisual já que normatizou, organizou e regulamentou, não só o aspecto jurídico, mas sobretudo o âmbito da informação do setor. “Hoje temos uma série de dados sobre volume de produtoras, trabalhos realizados, onde são as principais praças, enfim, inteligência de mercado que só é possível por meio das infor- mações da Ancine. Eles têm um observatório do audiovisual que fornece dados importantíssimos para a política pública do setor”, pondera Marianna. Ainda de acordo com a presidente-executiva da Apro, mesmo sendo um órgão relativamente novo, a Ancine colabora para o “momento glorioso” do audiovisual nacional. “É só ver o reconhecimento em Cannes e na mostra de cinema também. Foram dois prêmios na competição oficial (Bacurau e A vida invisível de Eurídice Gusmão), coisa que a gente nunca teve na história. Tudo isso é resultado e fruto de política pública, do fomento e de uma estruturação desse mercado em que parte fundamental foi encabeçada pela Ancine. A importância é inquestionável para a sobrevivência do setor”, afirma. Algumas das produções que contam com apoio da Ancine são: De Pernas Pro Ar 3, Turma da Mônica - Laços e a animação Irmão do Jorel. Procurada pelo PROPMARK, a Ancine afirmou que não vai se pronunciar neste momento. jornal propmark - 22 de julho de 2019 45

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