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edição de 23 de março de 2020

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EyOnd thE linE O corona

EyOnd thE linE O corona vai passar... E depois? Mais do que nunca, o momento exige união e serenidade; podemos sair mais fortes da crise CDC/Unsplash Alexis Thuller PAgliArini Muitos setores estão sendo impactados diretamente pela epidemia do novo coronavírus. Mas, no caso do live marketing e MICE (Eventos, Incentivo, Conferências, Feiras e Exposições), a pancada é mais atordoadora. Sabidamente, o primeiro bimestre do ano é muito fraco para esses setores e, agora, quando todo mundo estava se preparando para dinamizar seus negócios, vem essa paulada sem precedentes. Ninguém sabe ao certo a extensão do ciclo de contaminação da Covid-19, mas, aparentemente, ela não é longa. Talvez um trimestre de perrengue total. Eventos de todos os portes sendo cancelados, provocando um efeito dominó que atinge por inteiro um setor capaz de mobilizar fortemente a economia e o emprego. Estima-se em aproximadamente 25 milhões os empregos gerados direta ou indiretamente e uma movimentação econômica de R$ 936 bilhões, representando quase 13% do PIB. Nem todos os eventos foram cancelados definitivamente, alguns foram adiados e até já têm data para acontecer, sendo transferidos para o segundo semestre. E aí começa o dilema. Muitos players desse extenso ecossistema terão muita dificuldade para sobreviver sem jobs para tocar. Podemos prever seis meses de penúria, o que pode ser fatal para agências, prestadores de serviços e outros stakeholders descapitalizados. Passado esse momento de crise, é previsível que tenhamos um período bastante aquecido, no segundo semestre, com grande concentração de atividades e uma consequente retomada de negócios. Mas é preciso garantir sobrevivência a esses players até lá. A exemplo do que vem acontecendo em outros países, esperamos que o governo se sensibilize e proteja essas empresas mais afetadas. No momento em que escrevo este artigo, um grupo de instituições, dentre elas a Ampro, liderado pela ForEventos, construiu um pleito, reivindicando crédito em condições especiais, isenções temporárias de impostos e flexibilização de contratos de trabalho, entre outras solicitações. Minha torcida é que, no momento em que você estiver lendo este artigo, o pleito já tenha sido aceito porque o tempo urge! E as decisões a serem tomadas podem se constituir em remédio forte demais, com efeitos colaterais perigosos. Se as empresas optarem por demitir fortemente, terão dificuldade em se estruturar novamente, no momento em que o mercado reaquecer, o que – esperamos – deve acontecer no segundo semestre. Por outro lado, ignorar os efeitos da crise pode causar quebradeira no setor, gerando um tsunami de destruição econômica sem precedentes. O momento é de serenidade e espírito de união, abrindo espaço para discussões entre todos os stakeholders, evitando um jogo ganha-perde. Os cancelamentos de eventos geram discussões jurídicas. Por exemplo, o espaço locado para o evento pode exigir pagamento integral, sem flexibilização. Mas pode também gerar crédito para a realização em outro período. As agências podem ter garantidos os seus fees, como pagamento para ações adiadas. O mesmo pode acontecer com fornecedores. O melhor mesmo, em vez de simplesmente cancelar, seria adiar e já definir data para a realização futura. A visão de que estamos todos num mesmo barco, no meio de um mar revolto, é de vital importância. O que é certo é que estamos todos perante um quadro desconhecido e desafiador de uma epidemia que assusta o mundo todo, com reflexos inéditos na economia. É bacana ver grupos serem formados para compartilhar ideias e vislumbrar formas de, não só superar essa crise, mas também já pensar na retomada, que virá com certeza. É muito bom também perceber que empresas mais conscienciosas, que demonstram preocupação com a saudabilidade e a sustentabilidade de seus parceiros, estão dispostas a analisar soluções de menor impacto. Mais do que nunca, o momento exige união e serenidade. Porque o novo coronavírus vai passar e podemos sair mais fortes dessa crise. Alexis Thuller Pagliarini é presidente-executivo da Ampro (Associação de Marketing Promocional) alexis@ampro.com.br 24 23 de março de 2020 - jornal propmark

aRENa do EspoRtE Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br Divulgação Nativos 1 Enquanto torneios esportivos tradicionais, como a Champions League e a Libertadores da América, foram interrompidos devido à expansão do novo coronavírus, mercados nativos digitais, como o de games e eSports, têm oportunidade de desenvolvimento em período de isolamento social. Segundo Bernardo Assad, CEO da agência ABCM, especializada em marketing com foco em jogos mobile, embora o ecossistema tenha sofrido resistência das marcas patrocinadoras no início, por julgarem que a atividade seria antissocial, agora, o momento é outro. “Os jogos online aproximam as pessoas”, defende o executivo, também idealizador da Liga NFA - campeonato de Free Fire. Nativos 2 Segundo Assad, a maior vantagem dos eSports é devido ao seu formato nativo do ambiente digital, o que permite as transmissões de jogos por streaming. O formato é a principal forma de geração de negócios e soma milhares de fãs como audiência. “Os eSports são ageless e sem fronteiras geográficas. São first person experience. O Free Fire, especialmente por ser mobile, transpõe a barreira de classes e por isso tem uma base de usuários ampla em termos demográficos. Tecnologia, conteúdo cocriado, orientação data driven e audiência interativa são os ingredientes da Liga NFA”, defende. Nativos 3 O perfil diverso dos usuários - além do potencial de geração de conteúdo dos gamers influenciadores - é também gerador de negócios. “Isso faz com que patrocinadores possam, por exemplo, desenvolver branded content inserido no contexto desta cultura. Diferentemente do futebol, que é trabalhado como traço de cultura nacional, os eSports demandam uma camada extra de originalidade na criação de experiências e conteúdos”. Divulgação ÁREa 1 O aplicativo Appito está ampliando suas funcionalidades no mobile para uma experiência presencial em campo. O serviço que conecta jogadores de futebol society que buscam espaços para praticar o esporte acaba de inaugurar sua arena na capital paulista, em parceria com DAZN, Adidas e Ambev. Para complementar o serviço de locação de campos no app, o público agora terá acesso à Appito Arena, na zona oeste de São Paulo (SP). “Queremos estimular a consolidação de uma comunidade do esporte”, explica Alexandre Delepau, cofundador do Appito. ÁREa 2 A plataforma conta com mais de um milhão de downloads e 700 mil integrantes cadastrados. A parceria com marcas promete fomentar novos negócios e oportunidades. No acordo com a DAZN, por exemplo, a startup passa a ter direito à exibição de cinco jogos por semana dos campeonatos transmitidos pela plataforma de streaming na Appito. Já com a Adidas, o acordo torna a companhia fornecedora de material esportivo para os jogos, disponibilizando coletes, bolas e chuteiras. O contrato prevê ainda ativações pontuais e presença da marca em jogos oficiais. A parceria com a Ambev prevê a venda exclusiva de seus produtos na Appito Arena. A marca Brahma será o carro-chefe do projeto. dElas As mulheres já representam 41,1% entre os chamados gamers hardcore, sendo um público cada vez mais relevante no cenário de jogos e eSports. Como forma de apresentar algumas das principais representantes desse ecossistema, o canal Versus, da Webedia, acaba de apresentar o documentário Sim, Nós Jogamos. O conteúdo analisa e traz debate sobre o papel majoritário da mulher na indústria brasileira de jogos. A proposta é desafiar clichês pertinentes à percepção errônea do papel do público feminino no cenário gamer. Com transmissão veiculada pelos canais do Versus no YouTube, Facebook e Twitch, o documentário discute temas como o início de carreira nos games até sua evolução no mercado de trabalho, tocando em pontos sinuosos como o machismo praticado pelos fãs e indústria. Divulgação/ Jump/ LNB iNtERvalo Atletas, técnicos e dirigentes dos clubes que disputam o NBB 19/20 se reuniram na semana passada, em São Paulo, para definir o novo calendário do campeonato brasileiro de basquete. O torneio está suspenso de forma indeterminada devido à expansão do novo coronavírus. No próximo dia 23 de março haverá novo encontro para reavaliar as condições para uma possível retomada ou não dos jogos. Guilherme Teichmann, presidente da Associação dos Atletas Profissionais de Basquete (AAPB), defende a paralisão dos jogos. “Entendemos que essa é a medida certa a ser tomada. Estamos passando por um momento importante, em que precisamos dar o exemplo às pessoas sobre gravidade do que está acontecendo”. jornal propmark - 23 de março de 2020 25

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