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edição de 24 de abril de 2017

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eyond the line PSIlustra

eyond the line PSIlustra A hora e a vez dos gestores O processo das crises é darwiniano Alexis Thuller PAgliArini ambiente político e, como consequência, o econômico do nosso país não po- O deriam ser mais impactantes. Todos os dias, nós somos assolados por dezenas de dossiês de políticos e empresários envoltos na investigação do maior escândalo de corrupção já ocorrido no nosso Brasil. Não à toa, um dos políticos mais aclamados atualmente se apresenta como um gestor. E a sensação que dá é que o que mais precisamos é exatamente disso: mais gestão e menos confusão. Sob o ponto de vista das agências de propaganda, além de sofrerem com o impacto financeiro decorrente desse momento complicado, há ainda uma demanda inadiável por um choque de gestão. Em artigo anterior, expus uma reflexão que julgo importante repetir: em tempos de bonança, nos damos ao “luxo” de deixar para depois importantes medidas que poderiam garantir maior eficácia na gestão dos nossos negócios ou mesmo da nossa vida pessoal. Historicamente, isso vem ocorrendo no universo das agências de propaganda. Sob pretexto de atuar numa indústria criativa, a agência, de uma maneira geral, negligenciou sua gestão. trole de receitas e despesas, de forma geral. Por mais que fique clara essa necessidade de um maior foco à gestão, ainda notamos um mercado resistente a essa questão. Em função de um evento organizado pela Fenapro e pelo Sinapro, volto ao assunto novamente. A necessidade de se dedicar uma atenção especial à gestão da agência de propaganda é premente. E não só à gestão administrativa-financeira. Há ainda outras formas de gestão igualmente importantes. As agências que já nasceram em ambiente digital, por força das características de seus Jobs, dão importância especial à Gestão de Projetos. Ter controle eficiente de cada job ou campanha é fundamental, também, para as agências ditas “tradicionais”. E algumas delas já incorporaram processos de gestão de projetos no seu dia a dia. Há ainda outra faceta de gestão que demandará atenção crescente por parte das agências. Refiro-me à Gestão de Conteúdo. Ou seja, à capacidade de ter total controle de todos os textos, imagens, vídeos e demais componentes de conteúdo desenvolvidos pelas agências para seus clientes. Entenda controle por ter total gerenciamento das peças de conteúdo por tipo, por uso, por prazo de validade de licença de uso... Sistemas de gestão e de controles eram vistos como “engessadores” do processo criativo. Parecíamos viver num mundo à parte, cheio de glamour e de informalidade. A chegada dos grandes grupos internacionais e a crise econômica, porém, vêm forçando uma mudança de postura por parte das agências de propaganda. O processo das crises é darwiniano. Entrarão em extinção aqueles que não souberem se adaptar a esses tempos que vieram para ficar. Sobreviverão e sairão mais fortes aqueles que souberem se adaptar aos tempos bicudos. E a adaptação, não importa o setor de atuação, está intrinsecamente atrelada, entre outras coisas, a uma atenção especial à gestão de negócios. Não se perdoam mais desperdício de recursos, alocações inadequadas e o descon- Nesses novos tempos, aumentou abruptamente a quantidade de peças de conteúdo geradas para cada cliente. As agências tendem a ganhar características de publishers e, como tal, precisam de um suporte para um bom CMS (Content Management System). São novos termos que as agências devem incorporar ao seu glossário. Sob impacto dos últimos acontecimentos de ordem macropolítico-econômica, só resta às agências fortalecerem suas bases e voltarem-se para processos rigorosos de gestão. Quando a tormenta passar – e ela vai passar – aquelas que cuidarem da própria casa estarão mais aptas a tornar seus negócios mais saudáveis e rentáveis. Quem viver, verá! Alexis Thuller Pagliarini é superintendente da Fenapro (Federação Nacional de Agências de Propaganda) alexis@fenapro.org.br 40 24 de abril de 2017 - jornal propmark

agênciaS Tech and Soul chega com proposta de criação orientada por dados Empresa será comandada por Claudio Kalim (ex-Africa), Claudio Gora (Locaweb), Flavio Waiteman (ex-Escala) e Fernando Amino (ex-Escala) Danúbia Paraizo Comunicação aliada à tecnologia, mas com alma criativa. Esta é a aposta da agência Tech and Soul, que acaba de chegar ao mercado. Os sócios Claudio Kalim (ex-diretor- -geral da Africa Zero), Flavio Waiteman (ex-diretor nacional de criação da Escala) e Fernando Amino (ex-diretor de atendimento da Escala São Paulo) receberam a reportagem do PROPMARK na semana passada, em São Paulo, para revelar o formato do novo negócio. Os publicitários se uniram a Claudio Gora (fundador da Locaweb) para lançar um modelo de trabalho mais enxuto e personalizado de acordo com as necessidades de cada cliente. A nova empreitada chega com as contas do banco de investimentos BTG Pactual Institucional e BTG Pactual Digital, Endeavor, Casa Vaticano e Instituto Sou da Paz. “Em nosso trabalho não tem receitinha de bolo, porque o que funciona para um, não necessariamente funciona para todos. Pode ser uma campanha, mas pode ser também o lançamento de produto ou qualquer outro serviço”, explica Kalim. Segundo o executivo, a ideia é que a agência combine inovação e big data para que as marcas se insiram com mais relevância na jornada cada vez mais conectada do consumidor. “Na verdade, sempre trabalhamos orientados por dados. Nunca fiz uma campanha sem pesquisa e informação. O desafio está em analisar e decodificar tudo isso na velocidade que a internet nos impõe”, lembra Kalim. Com atuação em São Paulo capital e interior, a Tech and Soul pretende atender anunciantes de todos os portes e tem como principal carro-che- Da esquerda para a direita, Claudio Kalim, Claudio Gora, Flavio Waiteman e Fernando Amino no bar Astor, sede da Tech and Soul “O que O cliente quer é que a agência abrace de tal fOrma O prOjetO, que se tOrne seu sóciO” fe um modelo de trabalho no formato plug and play. Além de equipe fixa, formada por nove executivos sêniores, a agência plugará empresas com diferentes expertises. “O momento que o Brasil passa, em todos os níveis da sociedade, inclusive nos negócios e relacionamentos sociais e comerciais, pede transparência. Uma empresa não precisa saber fazer tudo, como filmar ou criar música, porém, pode fazer curadoria de todas as disciplinas necessárias para uma comunicação vencedora”, explica Waiteman. O formato customizado também se aplica à remuneração da agência, que funcionará por Divulgação fee fixo, por job, por resultado ou outras formas que se ajustem ao anunciante, como explica Amino. “O que o cliente quer é que a agência abrace de tal forma o projeto, que se torne seu sócio. Se a solução do negócio dele for um novo produto, por que não termos participação nos resultados?”. A Tech and Soul começa a operar oficialmente nesta segunda-feira (24), no piso superior do bar Astor. O espaço também já foi sede do escritório da Cia. Tradicional de Comércio, detentora de estabelecimentos como Pirajá, Braz Pizzaria, Lanchonete da Cidade e o próprio Astor, entre outros. jornal propmark - 24 de abril de 2017 41

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