Views
5 years ago

edição de 24 de dezembro de 2018

  • Text
  • Mercado
  • Marca
  • Brasil
  • Marketing
  • Dezembro
  • Anos
  • Ainda
  • Propmark
  • Jornal
  • Grupo

opinião

opinião eriksvoboda/iStock Mídia técnica ou política: uma visão de mercado Enio Vergeiro Entre temas urgentes deste hiato de transição governamental, ganharam espaço no noticiário nacional questões pontuais sobre os contratos entre agências de publicidade e empresas estatais. Os números apresentados nas discussões preliminares soam estranhos aos ouvidos de publicitários mais experientes. À frente da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda), fundada há mais de 80 anos, tenho conduzido inúmeros debates sobre essa temática e que contaram com a participação de ampla gama de profissionais de diferentes campos de atuação e de praticamente todas as entidades do mercado publicitário. O cerne do debate pautado recentemente, até em programa de auditório televisivo, é a adoção de planos de incentivo voltados para impulsionar a veiculação de anúncios em publicações da mídia impressa, eletrônica ou digital. Essa prática faz parte do mercado de comunicação desde a década de 1960 e se estabeleceu no Brasil antes mesmo da regulamentação da profissão de publicitário. Comum a todos os meios de difusão de informação, como TV, revistas, jornais, rádios e também empresas de tecnologia atuantes no mercado de comunicação internacional, os planos de incentivo possuem diversas denominações, como BV (bonificação por volume) ou PIA (Plano de Incentivo às Agências), entre outras. Nesse contexto inicial, o objetivo era garantir a pontualidade dos pagamentos (essenciais à época de inflação acentuada), o financiamento de pesquisas de comprovação da audiência e conquistar maior volume investido no período. Esses planos nasceram nos jornais impressos especificamente para as agências de anúncios classificados, para que as publicações diárias fossem faturadas e pagas dentro da quinzena de veiculação. Essa medida protegia parcialmente a receita da venda de anúncios, esses impossibilitados de correção monetária na mesma velocidade da inflação. Outro benefício ao financiar as pesquisas de audiência era combater a “mentiragem” (informar número de “a APP propõe a realização de um amplo debate de esclarecimento” cópias publicadas sem comprovação). Alguns anunciantes exigiam as auditorias realizadas pelo IVC (Instituto Verificador de Circulação), criado em 1961. Essa mecânica passou a ser adotada pelos demais meios de comunicação a partir da década de 1970 também com muito sucesso. Esses planos de incentivo e auditorias formam a base do que mais tarde fundamentou as primeiras discussões sobre mídia técnica ou política. Aparentemente controverso, o tema permite, sim, a partir de conceitos técnicos, uma abordagem com visão de mercado e que deveria prevalecer sobre outras perspectivas casuísticas ou pessoais. Regras da Secom (Secretaria de Comunicação do Governo Federal) para veiculação de anúncios das estatais no segmento de televisão, por exemplo, determinam uma distribuição entre as diversas emissoras e redes com critérios fixados a partir de uma média de participação no bolo de audiência, sem ponderar segundo a qualificação para determinado segmento de produto ou serviço. Na iniciativa privada, sem o engessamento estatal, anunciantes estão livres para seguir estudos técnicos que somam a audiência bruta total ou em targets específicos e multiplicam pelo volume de inserções. Frequentemente esses estudos acabam por alterar os percentuais de distribuição de verbas, conferindo às empresas privadas mais eficiência e maior competitividade. Essa é a condição que limita a atuação de um banco estatal que concorre no mercado com bancos privados em desvantagem significativa. Com o intuito de aprimorar ainda mais as boas práticas de mercado, a APP propõe a realização de um amplo debate de esclarecimento dos processos de elaboração e execução de planos de comunicação. Profissionais de todos os segmentos seriam indicados para apresentação de análises desapaixonadas e lastreadas na realidade de mercado. Esse painel permitiria avançar ainda mais na consolidação de nosso setor, hoje reconhecido mundialmente por sua qualidade, criatividade e eficiência para o desenvolvimento de negócios sustentáveis e éticos. Enio Vergeiro é publicitário e presidente da APP enio@qaemail.com 52 24 de dezembro de 2018 - jornal propmark

supercenas Paulo Macedo paulo@propmark.com.br Divulgação/Claudia Andujar Algumas das fotografias selecionadas pelo curador Thyago Nogueira na exposição sobre costumes e hábitos da comunidade yanomami, que está em exibição no IMS, em São Paulo YANOMAMIS Em exibição no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, desde o último dia 15 e com encerramento marcado para 7 de abril de 2019, a exposição “Claudia Andujar – A luta Yanomami” é resultado de pesquisa minuciosa feita pelo curador Thyago Nogueira. Ele observou cerca de 40 mil fotos de Claudia, suíça que chegou ao Brasil em 1955 e se tornou fotógrafa. O resultado é a exposição de 300 imagens feitas na comunidade yanomami, na Amazônia. Ela trabalhou como fotógrafa de revistas como Realidade, quando registrou em 1971 os yanomamis pela primeira vez, Life, Claudia e Quatro Rodas. A temática indígena chamou a atenção por misturar sua técnica e olhar com ativismo político. Com bolsa da Fundação John Simon Divulgaçlão HISTÓRIA Estilista e idealizadora da marca de luxo Fillity, Esperança Dabbur caprichou na celebração dos 30 anos da marca, que tem 20 lojas e portfólio presente em 50 multimarcas: um livro com 248 páginas de conteúdo com as suas criações. “Sinto que as mulheres que consomem a roupa da Fillity dividem comigo muito mais do que o gosto pelas peças; elas dividem valores”, justifica Esperança. Guggenheim, Andujar, como ficou conhecida, mergulhou na região do Catrimani, em Roraima, para acompanhar as atividades diárias na maloca, rituais xamânicos e retratar os yanomamis. O missionário Carlo Zacquini, que já na vivia entre esses indígenas isolados, a ajudou a ingressar nos costumes, como a caça. Em um áudio, Andujar descreveu esse momento: “É claro que cortar um animal é algo sangrento, mas, não sei, acho que já me acostumei com isso, não me choca mais e nem acho estranho. É o jeito que as coisas são. Para falar a verdade, estou há tanto tempo com os índios que não acho mais nada estranho. Sempre olho e tento entender. As coisas são do jeito que são.” A instalação Genocídio do Yanomami: morte do Brasil, indignação ao governo Sarney, está presente na mostra. Divulgação Dani Almeida dá dicas para gestão de imagem nas redes IMAGEM Especialista em gestão de imagem, a jornalista Dani Almeida desenvolveu um passo- -a-passo para a utilização eficiente das redes sociais. Uma das dicas é sobre como planejar o conteúdo que vai ser exibido. “As empresas que têm fortes marcas pessoais por trás, como por exemplo a Apple (Steve Jobs), o Magazine Luiza (Luiza Trajano) e a Arezzo (Alexandre Birman), conseguem se destacar no mercado e ter um resultado superior. Pessoas gostam de comprar de pessoas, não importa se é um produto ou serviço”, explica Dani, criadora do perfil no Instagram @ opoderdaimagem. Esperança Dabbur celebra os 30 anos da marca Fillity jornal propmark - 24 de dezembro de 2018 53

edições anteriores

© Copyright 2022 PROPMARK. Mídia especializada no mercado publicitário. Todos os direitos reservados.