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edição de 25 de junho de 2018

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CANNES Africa e Ogilvy

CANNES Africa e Ogilvy trazem dois Leões para o Brasil na categoria Glass Os troféus são de prata e bronze, respectivamente, na área que celebra ideias destinadas a mudar o mundo; no total, júri premiou dez trabalhos Claudia Penteado – de Cannes s peças #Mygamemyname, da Africa para Vivo/Wonder Women Tech; A e The dress for respect, da Ogilvy para Schweppes (Coca-Cola), foram os dois trabalhos brasileiros premiados em Glass Lion for Change, respectivamente, levando Leões: um prata e outro de bronze. Foram apenas dez Leões escolhidos pelo seleto grupo de jurados liderado pela americana Madonna Badger, fundadora e CCO da Badger & Winters e ativista de causas femininas. Foi a sua primeira experiência como presidente de júri e a segunda num júri de Cannes, e suas principais orientações para os jurados foram de que buscassem valorizar trabalhos transformadores, que tocassem o coração. O júri contou com o brasileiro Rafael Rizuto, fundador e CCO da TDB, de São Francisco, representando os EUA. Segundo ele, o fato de os finalistas terem tido a chance de defender seus trabalhos - como sempre ocorreu na categoria Innovation - facilitou bastante as coisas e elevou, por exemplo, o trabalho Bloodnormal, da AMVBBDO de Londres para Essity, a Grand Prix, que inicialmente não estava cotado para o prêmio máximo. Há dois meses este mesmo trabalho levou apenas um Wood Pencil no D&AD, segundo Rizuto, porque o júri teve acesso unicamente ao case study. “O Live Judging das 27 finalistas foi muito bom. Este foi o primeiro júri em que decidimos o GP primeiro, antes de todos os Leões”, contou. Segundo ele, as duas peças premiadas do Brasil se sobressaíram por motivos importantes, e bem diferentes entre si. No caso da peça da Africa, mais importante do que a ideia e o resultado incrível, foi o fato de ter trazido à tona a problemática da indústria de games, que é duas vezes o tamanho de Hollywood. “Todo ano 800 milhões de meninas gamers são assediadas. E é pesado. A solução que encontraram de fazer gamers colocarem nomes femininos the dress for respect, da Ogilvy para Schweppes: Leão de bronze #Mygamemyname, da Africa para Vivo/Wonder Women Tech: prata Fotos: Divulgação - alguns da própria mãe ou da irmã - foi genial. Esse trabalho ia ficar no shortlist, eu levantei e acabou levando prata. Questionei sobre a mensagem que o júri quer passar, e olhar para esse que tem sido um ponto cego em toda a problemática foi muito importante”, disse Rizuto. Sobre o Leão de prata conquistado pela Ogilvy, Rizuto disse que foi a única campanha que trouxe à tona o tema do assédio sexual, em um ano em que a maioria dos jurados esperava ver muitas peças sobre o tema. “Discutimos no júri que este deveria ter sido o ano do #Meetoo, e a peça da Ogilvy foi a única que trouxe esse assunto do assédio sexual. A presidente do júri adorou a peça e o time que veio defender fez um trabalho excelente”, conta. Segundo Rizuto, a ideia venceu. O próprio Grand Prix - um trabalho que desmistifica a menstruação, que em diversas partes do mundo é motivo de preconceito, bulling e muita vergonha para as meninas - é uma campanha integrada que se vale principalmente de meios tradicionais. “Quando falamos de inovação, todo mundo já pensa em tecnologia. E eu sou fã das ideias que são inovadoras e não têm tecnologia. Fearless Girl foi uma das ideias mais inovadoras da propaganda e usou uma técnica de 4 mil anos, a escultura. O festival andava muito tecnológico, precisamos trazer mais humanidade para o trabalho”, comentou. 50 25 de junho de 2018 - jornal propmark

cannes Brasil tem 100% de aproveitamento em Film e conquista seis Leões AlmapBBDO ganha troféu de ouro com Endless Stories para Getty Images e a P&G fatura os dois Grand Prix da competição KElly DorES – de Cannes Pela primeira vez, agências brasileiras tiveram 100% de aproveitamento em prêmios na competição Film do Cannes Lions, uma das mais cobiçadas do festival. O Brasil classificou seis comerciais, sendo que todos foram premiados: um Leão de ouro, um de prata e quatro de bronze. O Leão de ouro foi para Endless Stories, criado pela Almap- BBDO para Getty Images. A peça é um vídeo interativo sobre a ‘Luta do século’, entre Muhammad Ali e Joe Frazier. O filme foi construído com fotos e vídeos do arquivo da Getty Images. “Tivemos peças muito fortes, uma chance de mostrar para o mundo coisas que são muito próprias do Brasil. A Getty Images foi um sucesso. Na categoria Film é muito normal ver filmes padrão de 30 segundos e o legado dele é que a pessoa pode interagir com a peça. Traz para a primeira categoria do festival uma inovação. Tem uma peça da Bahia maravilhosa, eu não sou de São Paulo e sei a dificuldade que é quando a gente não é de uma grande agência ter uma oportunidade como essa. É incrível sair do festival e ver o Brasil tão prestigiado”, disse Laura Esteves, diretora de criação da Y&R e jurada brasileira. O Leão de prata é da Propeg com True Colors, para Grupo Gay da Bahia. O filme mostra a emocionante relação de um garoto e seu pai gay. A trilha sonora é com a famosa música True Colors, de Cyndi Lauper. Os quatro Leões de bronze são Help – Cliff, da Y&R para Athosgls; The Race, da F/Nazca Saatchi & Saatchi e Killers para Sadia; Anthrophagy, da F/Nazca e Barry Company para Pinacoteca do Estado de São Paulo; e Astronauts 45, da Y&R para Cepia. O júri deste ano, presidido Leão de ouro foi para Endless Stories, da AlmapBBDO para Getty Images; ‘Luta do século’ entre Muhammad Ali e Joe Frazier é ouro The Talk, criado pela BBDO Nova York para P&G: um dos GPs de Film pelo brasileiro Luiz Sanches, sócio e diretor-geral da Almap- BBDO, concedeu dois Grand Prix na área. O primeiro foi para a famosa campanha It’s a Tide Ad, criada pela Saatchi & Saatchi Nova York para a P&G, que faz uma sátira sobre a própria propaganda. Lançado no Super Bowl, o comercial, que tem brasileiros na criação - os diretores de criação Kiko Mattoso e Rafael Segri -, já ganhou vários prêmios em outros festivais internacionais e era mais do que esperado que fosse premiado em Cannes também. “Os Grand Prix refletem o ano. A gente tinha coisas fortíssimas, foi difícil escolher. Mas acho que foi uma escolha por algo extremamente relevante no ano, que foi It’s a Tide Ad, que não poderia deixar de ser prestigiado. É legal que tem brasileiro como criativo. Foi uma peça impossível de não ser comentada. Era uma unanimidade que ela seria um dos Grand Prix. É a publicidade rindo dela mesma para um produto difícil, um detergente. É um job difícil, feito de uma forma impecável”, reforçou Laura. Fotos: Divulgação Segundo a criativa, para o outro GP houve mais discussão entre os jurados. Trata-se do sensível trabalho The Talk, criado pela BBDO Nova York, também para P&G. O filme mostra conversas difíceis que mães negras precisam ter com seus filhos a respeito de racismo e outras questões ligadas à cor da pele. A assinatura é My black is beautiful. “A busca era puxar um filme um pouco mais online, a gente queria apontar uma direção em digital. Endless Stories foi um fortíssimo candidato porque também traz esse frescor do digital. Quando a gente tem oportunidade de ter dois GP é justamente para premiar um filme de TV, caso de Tide Ad, e outro em digital. O The Talk é um assunto lindo. É a chance também de falar de um assunto delicadíssimo. Sobre a conversa da diversidade. Todas as marcas já falaram da questão feminina. Esse filme é um step acima, que é a questão da diversidade feminina com uma raça. Estamos cavando o fundo do fundo. É lindo e, independentemente da nacionalidade, qualquer pessoa se relaciona”, completou a criativa. jornal propmark - 25 de junho de 2018 51

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