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edição de 27 de abril de 2020

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coronavíruS Mercado

coronavíruS Mercado Sindicatos chegam a acordo por segurança jurídica na publicidade Convenção coletiva elaborada pelo Sinapro-SP e Sindicato dos Publicitários prevê salários congelados e medidas de home-office Felipe Turlão No fim de março, oito entidades do setor de publicidade enviaram um pedido formal ao presidente Jair Bolsonaro solicitando medidas para preservação do segmento em meio à crise da Covid-19. Segundo uma fonte, a resposta foi que as solicitações seriam contempladas em projetos mais amplos e relacionados à economia como um todo. Sob esse contexto, na semana passada, o Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo (Sinapro) e o Sindicato dos Publicitários chegaram a um acordo de convenção coletiva que referenda itens previstos em duas medidas provisórias editadas recentemente, que impactam na vida de quem empreende ou trabalha em publicidade. O acordo foi feito de forma virtual, com a presença de 94 agências. Uma das medidas provisórias em pauta foi a 936, promulgada pelo governo no dia 1º de abril, que instituiu o programa emergencial de manutenção de emprego e abriu a possibilidade de redução de salários e jornadas. A outra é a 927, de 22 de março, que trata de medidas trabalhistas como home-office, antecipação de férias, banco de horas, antecipação de feriados e outras matérias. “Fizemos a proposta para ter segurança jurídica no setor, algo que ainda está em aberto em outros mercados. Alguns pontos já estavam ocorrendo, como o home-office, mas sem muitos parâmetros e concordância sobre obrigações e deveres”, diz Dudu Godoy, presidente do Sinapro-SP, para quem o acordo pode ajudar na preservação de empregos. Ele destaca a importância da convenção para as agências orientarem as questões trabalhistas neste momento e também a atuação do Sinapro- -SP, no sentido de promover esse Mario D’Andrea: “A área de serviços é a que mais sofre” acordo e de auxiliá-las e orientá- -las quanto a essas definições. Com base nos textos das MPs, os dois sindicatos concordaram que, no setor publicitário, não haverá reajustes salariais até 2021. Mas, a partir de um pedido do Sindicato dos Publicitários, em agosto, poderá ser avaliada a possibilidade de concessão de um abono salarial, em assembleia geral da categoria. A convenção acordou ainda como deverão ser conduzidas medidas como home-office, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas, antecipação de feriados, banco de horas e suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, bem como a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários, ou mesmo a suspensão temporária do contrato de trabalho. Os detalhes estão disponíveis nas páginas dos sindicatos na internet. Entidades do setor discutem ainda, de forma embrionária, a criação de um fundo de capital privado que auxilie as empresas com informações, apoio jurídico, e empréstimos. Participariam da administração empresas do tripé anunciantes-mídia-agências, em uma solução que seria colocada em prática apenas no caso de uma piora no cenário. No momento, o mercado avalia se as medidas acordadas são suficientes para a sequência dos negócios do setor. “A área de serviços é a que mais sofre nesse momento, e afeta uma série de profissionais. Eu acho que o governo está tentando ajudar em alguns pontos. Hoje, não sabemos se são suficientes”, diz Mario D’Andrea, presidente nacional da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). A importância da publicidade para a economia é ressaltada por D’Andrea, que afirma que ela deve acompanhar as empresas desde o começo de suas retomadas. “Somos nós que damos o empurrão. Temos a capacidade multiplicadora e, para isso, com a economia saindo da crise, os negócios voltam mais rápido quando se tem investimento certo em marketing Fotos: Divulgação Dudu Godoy: “Fizemos a proposta para ter segurança jurídica” e propaganda”, diz. “No Brasil, sabemos, há vicio de corte rápido de investimento em publicidade, que é visto como custo, e não investimento. Mas as marcas que fazem direito, com consistência, são as mais lembradas e admiradas”, conta. Ele acredita que haverá muita demanda reprimida e que, passado o susto inicial, já é possível ver as primeiras ações mais ousadas e inteligentes. “Essa conexão forte com o consumidor agora, sob o ponto de vista de contribuição para a sociedade, não será esquecida e será um asset muito valioso na retomada da economia. Teremos de oferecer formatos e jeitos diferentes e as marcas não poderão esconder nada debaixo do tapete e ser corajosas”, conta. Segundo D’Andrea, as atitudes da Abap no período passam muito por compartilhar informações. Assuntos de advocacia, legislação trabalhista e tributária estão sendo discutidos em seminários que já reuniram centenas de pessoas e são abertos ao mercado, inclusive a não-associados. 16 27 de abril de 2020 - jornal propmark

coRonAvíRus Digital “WhatsApp é o que nos une com o mundo externo” Os aplicativos de mensagens já detinham uma grande relevância no dia a dia das pessoas, mas com o afastamento social recomendado como medida para conter a pandemia da Covid-19, recursos como o WhatsApp se tornaram ainda mais essenciais. As plataformas agora têm o papel de fazer conexões mais pessoais e privadas entre os usuários. Essa é a visão de Taciana Lopes, líder de consumer marketing do Facebook Brasil, responsável pelas ações do WhatsApp no país. Na entrevista a seguir, a executiva falou sobre os investimentos da companhia no combate às fake news, segurança e privacidade, além das campanhas de marketing lideradas pela agência AlmapBBDO. Taciana Lopes: “São muito recentes os nossos investimentos e iniciativas no Brasil” Divulgação Danúbia Paraizo PAndemiA Fizemos dois grandes esforços globais com repercussão no Brasil. Entre eles, a doação de US$ 100 milhões para empresas de verificação de fatos, isso inclui empresas brasileiras. E também, em parceria com organizações como a OMS, e no Brasil, com o Ministério da Saúde, iniciativas para tornar o WhatsApp uma das fontes oficiais de informações verídicas. Lançamos, por exemplo, um bot com o Ministério da Saúde em que as pessoas podem mandar mensagens e dúvidas sobre contágio, prevenção e sintomas, enfim, há um menu grande de informações. Reflexos Essas iniciativas globalmente, em duas semanas, geraram mais de 100 milhões de mensagens enviadas para esses canais oficiais. Nosso objetivo é que o WhatsApp sirva para conectar as pessoas a fontes de informação fidedignas. A gente conecta fontes certas, como ministérios, órgãos oficiais e agências de verificação, para nos tornarmos um importante canal de informações com credibilidade. desinfoRmAção Essa é uma corrente de trabalho importante. A gente tem feito diversas campanhas educacionais, além de esforços dentro do próprio aplicativo. No ano passado, mudamos o número máximo de encaminhamentos de mensagens. Antes era possível enviar para até 20 contatos ao mesmo tempo. Agora limitamos para no máximo 5 para diminuir a velocidade com que essa desinformação se espalha. Começamos também a sinalizar as mensagens altamente encaminhadas. Se uma mesma mensagem já foi passada para frente mais do que cinco vezes ela vai ganhar uma seta dupla dentro do app para a pessoa tomar cuidado sobre a veracidade daquela informação. Lançamos ainda a possibilidade de o usuário aceitar ou não a sua inclusão em um grupo, deixamos essa possibilidade de maneira não automática. A gente sabe que muitas dessas informações falsas são encaminhadas via grupo. GolPes Infelizmente, pessoas mal- -intencionadas tentando roubar as contas dos usuários já “o Brasil é importante para o Whatsapp gloBalmente” vem acontecendo desde o ano passado no Brasil. Há toda uma engenharia social para isso. A gente já vinha pensando em como reforçar de forma educacional quais cuidados as pessoas devem tomar para preservar suas contas. Com essa nova realidade de isolamento social, isso adquiriu uma relevância maior. Estamos vivendo isso na pele. O WhatsApp é o que nos une com o mundo externo, é o que nos conecta de dentro de casa com familiares e amigos. Lançamos uma campanha agora no Brasil com objetivo de as pessoas garantirem a segurança da sua conta. educAção São duas linhas de comunicação, a primeira delas são dicas de como manter sua conta segura. Orientamos a nunca compartilhar seu código de ativação com nenhum pretexto, e a segunda é ativar a autenticação em 2 fatores. Com isso, esse problema praticamente deixa de existir, porque a outra pessoa não consegue ter acesso a sua conta sem a senha que você determinou. A segunda linha de comunicação é parte de reparação. Se isso já aconteceu com você, a gente quer dar o caminho das pedras de como as pessoas recuperam sua conta em simples passos. ineditismo São muito recentes os nossos investimentos e iniciativas no Brasil. Em fevereiro deste ano, a gente lançou não apenas a primeira campanha de marca no Brasil, mas também a primeira do mundo. Foi uma responsabilidade e, ao mesmo tempo, o reconhecimento de como o Brasil é importante para o WhatsApp globalmente. O filme foi o lançamento da plataforma global, que trará o mote Fica só entre vocês em outros países, mostrando o aspecto de uma comunicação mais íntima, devido à privacidade que o app oferece. jornal propmark - 27 de abril de 2020 17

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