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edição de 27 de junho de 2016

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cannes 2016 Brasil tem dois finalistas em Titanium, mas não chega lá #optoutside, da Venables Bell & Partners para a varejista especializada em esportes ao ar livre norte-americana REI, levou o Grand Prix Claudia Penteado - de Cannes Nem sempre o que é novo é o melhor trabalho. Sir John Hegarty, fundador e criativo da BBH, que presidiu o júri de Titanium, destacou que em muitos casos o melhor trabalho é algo “velho”, mas que faz você repensar uma indústria, uma categoria, um ponto de vista. Ele mesmo foi convencido a mudar de ideia inúmeras vezes durante o processo de escolha dos trabalhos que, na sua essência, são considerados os melhores de todo o festival. O Brasil não chegou lá, embora tenha tido dois finalistas - os cases Doe as barras, da J. Walter Thompson São Paulo e da produtora Black Bars para Atados, e Don’t look away, da AKQA São Paulo para Usher -, mas o fato é que poucos chegaram. Apenas cinco trabalhos foram escolhidos para compor a seleta lista de Titanium Lions, e o melhor de todos escolhido foi a “antipromoção” #Optoutside, que também levou o Grand Prix na categoria Promo & Activation (veja matéria na página 34), em que a cadeia de lojas especializada em artigos para a prática de esportes ao ar livre REI, dos Estados Unidos, fechou suas portas na Black Friday, dia que talvez seja o mais movimentado em vendas para o comércio americano. A estratégia de comunicação foi criada pela Venables Bell & Partners de São Francisco, na Califórnia. “O desespero de buscar o novo, muitas vezes, provoca o afastamento daquilo que verdadeiramente move as pessoas. O valor do que fazemos não tem sido reconhecido pelas pessoas, precisamos lidar com isso. É uma questão muito importante”, disse Hegarty, afirmando que este ano o olho dos jurados esteve voltado para a ideia, sim, mas Na BlackFriday, data em que o comércio dos Estados Unidos tem grande movimento, a loja de artigos esportivos REI fechou as portas combinada à execução brilhante. Foi o que fez, por exemplo, que trabalhos como Brewtroleum (da Colenso BBDO da Nova Zelândia para a Heineken) perdessem a chance de ser GP: havia na campanha, segundo Luiz Sanches, sócio e CCO da AlmapBBDO e jurado brasileiro da área, algumas peças de execução mais pobre. “O valor da boa propaganda está 80% na ideia e 80% na execução”, disse Hegarty, destacando ainda que o júri buscou premiar trabalhos que estivessem conectados ao Zeitgeist, de marcas que querem ser parte do que é realizado no mundo. Entre elas, a mais corajosa tornou-se o Grand Prix. Hegarty evitou falar de tendências. Para ele, além do fato da execução ter sido “reforçada” em seu papel para elevar e fazer brilhar ideias simples, percebe- Divulgação -se este ano que a criatividade está finalmente “alcançando” a tecnologia, aprendendo a usá-la a seu favor. O júri teve dificuldades - e isso permeou boa parte deles - de julgar trabalhos de realidade virtual, por exemplo. Havia alguns trabalhos que se valeram da tecnologia, mas eles ainda não se integraram ao todo e não conquistaram os corações dos jurados. “As pessoas estão, de verdade, interessadas em boas histórias. Cannes é uma bolha e nós que estamos aqui vivemos numa bolha. A grande maioria das pessoas quer mesmo é ser entretida, quer entrar em contato com histórias que as façam se sentirem melhor, que torne suas vidas mais interessantes”, disse. Sanches, que teve sua terceira experiência como jurado em Cannes, afirma que foi interessante participar de um júri “maduro” como o de Titanium, no qual cada trabalho foi debatido em altíssimo nível. A ausência do Brasil no resultado era previsível. No ano passado, o país também não conquistou Leões. “Mas estar na shortlist já equivale, na minha opinião, a um Leão. Nossos finalistas eram muito bons, mas é uma disputa muito difícil”. Se #Optoutside foi a melhor ideia do festival este ano? Sanches acredita que não. É uma delas - como Infinitas possibilidades, para Getty Images da AlmapBBDO, o trabalho brasileiro mais premiado este ano em Cannes, com oito Leões. Sanches acredita que ela - que conquistou um bronze em Integrated Lions, que ele também julgou - está entre os dez melhores trabalhos vistos na edição deste ano de Cannes. 24 27 de junho de 2016 - jornal propmark

cannes 2016 Young Lions Brazil consolida liderança com dois Leões Com um troféu de ouro e outro de bronze, país aumenta vantagem na primeira colocação do quadro histórico do programa, com 16 prêmios Rafael Vazquez - de Cannes Antes mesmo do julgamento dos trabalhos da área de Film do Young Lions Competition, o Brasil já registrava um desempenho que consolida a sua liderança no quadro de premiação do programa que o festival realiza há 22 anos e é voltado para jovens publicitários que começam a se destacar nos mercados dos países participantes. Com a conquista de um ouro e um bronze, o Young Lions Brazil ainda aumenta a vantagem na primeira colocação do quadro histórico. Agora são 16 prêmios, contra 11 da Itália e nove do Canadá, que ainda não tinham ganhado nenhum. O ouro foi para a dupla de Design, Fernando Marar, diretor de arte da F/Nazca Saatchi & Saatchi, e Vinicius Siepierski, diretor de arte da W/McCann Rio. Eles desenvolveram um case para a ONU sobre o tema alimentação saudável. O trabalho criado é um selo para as marcas de comidas saudáveis de todo o mundo, que poderiam receber o apoio da entidade por oferecer refeições nutritivas. A iniciativa visa ajudar os consumidores a identificarem produtos e restaurantes que oferecem alimentação de qualidade em qualquer lugar que vivam ou estejam passeando. “Pegamos o R, símbolo que toda marca registrada tem e usa, e transformamos em uma fruta. A partir daí, toda marca que a ONU autorizasse a utilização poderia se apresentar como produtos saudáveis. Usamos uma coisa universal e demos uma incrementada”, explica Siepierski, que comemorou bastante com o parceiro a vitória. “Minha primeira vez Peça da dupla de Design, Fernando Marar e Vinicius Siepierski, que conquistou ouro Rapael Valenti e Bruno Zampoli, dupla de Cyber, que trouxe Leão de bronze em Cannes e já conquistar um prêmio é muito legal”, disse. A outra dupla que trouxe prêmio para o país foi a de Cyber, formada por Raphael Valenti, redator da AKQA, e Bruno Zampoli, diretor de arte da Wieden+Kennedy. A partir de um briefing que tinha a ONU como cliente – a entidade inspirou os trabalhos de todas as áreas do Young Lions Competitions este ano –, o objetivo era desenvolver uma ação digital para promover a igualdade de gênero. Valenti e Zampoli criaram uma peça que incentiva as mulheres a denunciarem a violência de gênero por meio de um perfil no Snapchat e no Instagram. A proposta é um perfil Fotos: Alê Oliveira e Divulgação com o nome de uma mulher comum que inspire e estimule tanto famosas como anônimas a contarem seus relatos em uma grande rede de apoio. “É um perfil para usar como canal de denúncia e pensamos principalmente no Snapchat, que é uma rede na qual a mensagem desaparece em um dia, reduzindo riscos de homens descobrirem os relatos e se vingarem. Mas o que pensamos primeiro é que queríamos usar ferramentas e plataformas em que as mulheres já estão. Ao contrário de um disque-denúncia, que elas precisam ligar, pensamos em como criar um canal que possa chegar até elas”, explica Zampoli. Além do Brasil, este ano se destacaram no Young a China, com prata em Print e ouro em Media, e a Noruega, com duas pratas em PR e Design. Uruguai teve um ouro em Print e Chile um bronze, também em Print. jornal propmark - 27 de junho de 2016 25

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