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edição de 27 de junho de 2016

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caixinha cômoda

caixinha cômoda de relacionamento com os clientes e pensar de uma maneira diferente para propor ideias. Solução não é uma traquitana, mas ela pode ser relevante desde que tenha um conteúdo efetivo. Ir além da comunicação pura é essencial nos dias de hoje, como o GP de Outdoor comprova”. Como presidente, John não pode interferir nos processos de decisão, apenas dar consistência à qualidade e manter critérios no júri. Em sua opinião, o Brasil teve uma boa participação. “A percepção geral é que temos uma qualidade excepcional de craft, sobretudo a excelência de direção de arte em uma categoria estática como Outdoor. Todos ficam admirados de como conseguimos ideias com poucos elementos à disposição”. ciDaDe LimPa A vantagem do Brasil, na expressão de John, é que o aprendizado é rápido. A evolução do outdoor tradicional para equipamentos de out of home é recente, caudatária da Lei Cidade Limpa, iniciada em São Paulo, mas que está ganhando o país. “Essa nova regra fez muito bem para os profissionais de criação porque interrompeu uma espécie de desordem que imperava nessa mídia. Quando ela voltou, houve mais organização no seu aproveitamento. E isso, sem dúvida, permite escalar ideias mais estruturadas. Já temos uma base e há condição para avançar. É muito importante ter em mente que a mídia exterior compete com o smartphone. As agências precisam propor coisas incríveis porque as pessoas andam na rua olhando para baixo. A interação e a tecnologia fazem com que a comunicação nesse meio seja mais competitiva com os aparelhos móveis”, explicou John. Uma das ações que mais encantaram os jurados foi Sugar Detox, também contemplada com ouro no Direct Lions, que repetiu a dose em Outdoor. Criada pela Marcel Paris para a rede Intermarché, a ideia é cognitiva com uma constatação feita pela Organização Mundial de Saúde sobre o consumo de açúcar na França, uma média de 70 gramas diárias, que equivale a 14 colheres de chá. O volume recomendado é de 25 gramas. Como o cliente é responsável pela produção dos seus produtos, a agência viu a chance de criar uma linha de pudins de Ricardo John: “Foi uma experiência muito rica porque é interessante ver agências brincando mais profundamente com marcas” Sapateiro, da Africa para ESPN, que também trouxe para o Brasil um Leão de bronze chocolate com menos açúcar na sua composição. Cada embalagem continha progressivamente um volume reduzido do ingrediente. Na sexta etapa, o conteúdo tinha uma subtração de 50% de açúcar. O projeto do Intermarché é relacionado ao mote coma com saúde. E não se restringe apenas ao exagero no açúcar. A mudança de hábito pode influenciar a cadeia inteira de consumo de cada um dos clientes. E, claro, a prateleira da rede vai ter o produto adequado para esse novo momento, afinal açúcar em demasia é sinônimo de diabetes. FeriDa Não importa o metal do Leão, o importante é estar relacionado entre os vencedores. O trabalho Espelhos do racismo, feito pela W3Haus para ONG Criola, coloca o dedo em uma ferida improvável em um país multirracial como é o caso do Brasil. Mas o racismo é recorrente. A jornalista Maria Julia Coutinho, da Rede Globo, recebeu tratamento ofensivo pela cútis negra nas redes sociais. A atriz Thaís Araújo foi Fotos: Alê Oliveira e Divulgação igualmente discriminada, pela mesma razão. Ambas receberam solidariedade, mas a cura desse mal não é com bandaid e mertiolate. A agência identificou no Facebook os autores das agressões e passou a acompanhá-los por sistema de geolocalização. Os comentários negativos desses indivíduos foram colocados em equipamentos de mídia exterior na área de influência das suas casas com o propósito de mostrar que o julgamento alheio à atitude racista pode gerar um desconforto entre os seus vizinhos. 40 27 de junho de 2016 - jornal propmark

Cannes 2016 País tem apenas um Leão de prata na estreante Digital Craft Infinitas possibilidades fica com troféu e jurada brasileira acha que resultado não é tão ruim, já que júri analisou cada detalhe das peças Rafael Vazquez - de Cannes Mais ou menos como ocorre nas avaliações do quadro de medalhas das Olimpíadas, o Festival de Cannes é um evento em que cada país analisa os resultados de acordo com as expectativas anteriores, não somente pelo número final que aparece na tabela. Neste sentido, o desempenho brasileiro na estreante área de Digital Craft pode ser comemorado num primeiro momento e, se o mercado fizer a lição de casa, abrir a cabeça dos líderes de anunciantes e agências para a importância da qualidade técnica da produção em campanhas digitais. O país conquistou um Leão de prata com Infinitas Possibilidades, da AlmapBBDO para a GettyImages, que contou com produção da Vetor Zero. A partir de montagens em movimento, o trabalho torna possível reproduzir o rosto de uma pessoa com partes diferentes das faces de qualquer um. Na peça, que usa fotos do arquivo do cliente, as personalidades construídas com imagens de terceiros são Dalai Lama, papa Francisco, príncipe Charles e Angela Merkel, chefe de governo da Alemanha. Também chegaram até a final Malu Moleton, da Lew’Lara/TBWA para o governo estadual de São Paulo, e Don’t Look Away, da AKQA para a Usher, que disputou em duas subcategorias. À primeira vista, a performance parece não ser muito boa, com apenas uma prata, ainda mais quando se vê os Estados Unidos com 23 Leões na mesma tabela, mas a diretora-executiva de criação digital da AlmapBB- DO, Luciana Haguiara, jurada da premiação, avalia por outro ponto de vista. “O júri contou com grandes especialistas, que ana- Luciana Haguiara: “As agências precisam ter especialistas de produção digital” ranking Alê Oliveira lisaram cada detalhe com muito critério. Os trabalhos que chegaram ao shortlist já podem ser considerados de alta qualidade. É que, por ser uma categoria técnica, para levar Leão, a execução tinha de ser impecável”, explica. “Tivemos uma prata e outros três shortlists. Precisamos valorizar”, diz. Para Luciana, o mais importante é que a criação de um prêmio voltado fortemente à área técnica de trabalhos digitais faça o mercado brasileiro entender a necessidade de aprimorar a qualidade de execução das peças. “As agências precisam ter especialistas de produção digital ou, no mínimo, bons parceiros que entendam os detalhes técnicos. Isso é tão importante hoje como ter especialistas em produção de filmes de 30 segundos”, opina. granD Prix Se a comemoração acaba vindo a partir das expectativas anteriores, os 23 Leões de prata e bronze dos Estados Unidos foram parcialmente ofuscados pelo desempenho da França, que conquistou apenas quatro, mas entre eles um ouro, que foi escolhido para ser o Grand Prix e colocou o país em primeiro na classificação de Digital Craft. O trabalho selecionado pelos jurados para receber a honraria máxima foi Because Recollection, da 84.Paris, da França, para Because Music. Em razão do décimo aniversário do estúdio parisiense, a agência desenvolveu um website que permite aos usuários escutar as músicas e interagir com os videoclipes, mudando a história pré-preparada com opções para que as pessoas possam escolher o que ocorre. “É altamente interativo, com ótima música e estética. Um dos melhores trabalhos que já vi”, afirmou Wesley ter Haar, fundador e COO da MediaMonks, reforçando que em Digital Craft a qualidade técnica é o que sobressai, mas que a ideia é sempre importante. País gP OurO Prata BrOnze tOtaL França 1 1 1 1 4 EUA 0 4 10 9 23 Reino Unido 0 0 0 4 4 Alemanha 0 3 0 0 3 Holanda 0 1 0 2 3 Suécia 0 0 0 3 3 Rússia 0 0 2 0 2 Austrália 0 0 0 2 2 BrasiL 0 0 1 0 1 Bélgica 0 0 0 1 1 jornal propmark - 27 de junho de 2016 41

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