Views
6 years ago

edição de 27 de junho de 2016

  • Text
  • Bronze
  • Cannes
  • Brasil
  • Ouro
  • Prata
  • Lions
  • Propmark
  • Jornal
  • Junho
  • Marca

Cannes

Cannes 2016 Fotos: Alê Oliveira e Divulgação Edson Giusti: “Havia projetos sobre refugiados, questões de gênero, mais disruptivas. Talvez o assunto tocasse excessivamente integrantes do júri, em boa parte nórdicos” FCB, Ogilvy e W3Haus são as vencedoras na competição de PR No ano passado, o Brasil conquistou dois Leões na área; o jurado brasileiro, Edson Giusti, considerou o júri conservador e "purista" Claudia Penteado - de Cannes oneca, da FCB para Nivea, B foi Leão de ouro em PR, categoria na qual o Brasil levou ainda dois bronzes com Mindchanger Workout, da Ogilvy para Jogos Paralímpicos Rio 2016, e Espelhos do racismo, da W3Haus para a ONG Criola. Este ano o Brasil emplacou 10 trabalhos no shortlist. No ano passado, o Brasil conquistou dois Leões em PR. Edson Giusti, jurado brasileiro na área, considerou o grupo de jurados conservador, “purista” e pouco disposto a abordar questões mais polêmicas, preferindo valorizar os temas mais leves e pouco disruptivos. Lamentou a eliminação, por exemplo, do trabalho Casais, da AlmapBBDO para O Boticário. “Havia projetos sobre refugiados, questões de gênero, mais disruptivas. Talvez o assunto tocasse excessivamente integrantes do júri, em boa parte nórdicos. O grupo preferiu afastar a tensão”, disse Giusti. Ele gostou especialmente de um trabalho - que chegou a disputar GP - em que abelhas foram capazes de produzir mel a partir de alimentos inesperados como ketchup, para provar o alto índice de açúcar contido neles. O case levou ouro e é da McCann de Praga, na República Checa. Segundo ele, a ausência habitual de agências de PR entre as premiadas deve-se à busca, pelo júri e pelo festival em geral, das melhores ideias - algo que a grande maioria ainda a ausência habitual de agências de PR entRe as PRemiadas deve-se à busca, Pelo júRi e Pelo festival, das melhoRes ideias não tem como ponto forte. Em muitos casos, as agências de PR possuem especialidades - como reputação ou gestão de crises - e seus projetos não envolvem, de maneira integrada, diversos meios. Ao todo, 2.224 trabalhos foram inscritos na área, sendo que 230 chegaram à shortlist. Giusti acredita que as agências de PR precisam se tornar mais criativas. “É preciso criar uma cultura de criatividade dentro das empresas de PR. Não adianta só contratar publicitários. As agências de publicidade vêm percebendo que o PR não é só delivery, que precisa estar junto no desenvolvimento da ideia”. Para ele, o que aponta para o futuro são cases que promovem diálogos. 44 27 de junho de 2016 - jornal propmark

Boneca, da FCB para Nivea, que ficou com Leão de ouro em PR espelhos do racismo, da W3Haus para ONG Criola: bronze Ranking País gP OuRO PRata BROnze tOtal Mindchanger Workout, da Ogilvy para os Jogos Paralímpicos: outro bronze Suécia 1 4 3 1 9 EUA 0 2 6 5 13 Colômbia 0 2 2 2 6 Bélgica 0 2 0 2 4 Austrália 0 1 1 2 4 Romênia 0 1 2 1 4 Reino Unido 0 0 3 1 4 Portugal 0 1 2 0 3 BRasil 0 1 0 2 3 Tailândia 0 0 2 1 3 grand Prix promove alimentos orgânicos na suécia presidente do júri, John O Clinton, Chairman para o Canadá e Head of Creative and Content para a América do Norte na Edelman, disse que a busca foi por trabalhos com grandes ideias que conquistassem atenção no lugar de pedir. O Grand Prix, por exemplo, foi capaz de “mudar a conversa” a respeito de alimentos orgânicos na Suécia, levando-a a outro patamar de entendimento. Trata-se do case O efeito orgânico, da Forsman & Bodenfors, da Suécia, feito para a Coop, uma rede varejista. Tratou-se de um experimento compartilhado na internet: uma família consumiu alimentos orgânicos durante duas semanas, e os resultados foram medidos em exames diversos, comprovando a redução de pesticidas em seus organismos. A Coop teve o mais significativo aumento de vendas dos últimos 20 anos. Os resultados locais dos cases, por sinal, foram mais valorizados do que números estratosféricos de internet que extrapolassem o público-alvo da campanha, por exemplo. “A indústria está se movendo em direção ao compartilhamento, e é sobre isso que define o PR. Mas é preciso tomar cuidado e valorizar os resultados que fazem sentido”, disse Clinton. Outra preocupação do júri foi, segundo ele, buscar cases cujas causas, quando houvesse, tivessem coerência com o negócio do cliente. Projetos com causas sem qualquer relação com as necessidades de negócio das marcas envolvidas foram descartados. “Acredito que manter a família mais saudável faz todo sentido como proposta para um varejista de alimentos orgânicos”, comentou Clinton. Segundo o presidente do júri, causas são positivas e ajudam a atrair a atenção em projetos de PR. CP jornal propmark - 27 de junho de 2016 45

edições anteriores

© Copyright 2022 PROPMARK. Mídia especializada no mercado publicitário. Todos os direitos reservados.