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edição de 28 de novembro de 2016

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mErcado Identificar e falar com os novos públicos é desafio para as marcas ABA Summit, promovido pela Associação Brasileira de Anunciantes, reúne especialistas para debater comunicação mais assertiva Fotos: Alê Oliveira Sandra Martinelli e Juliana Nunes: intenção do encontro realizado semana passada em São Paulo foi reforçar o posicionamento Marketing para transformar bárbara barbosa Sob o tema Novos Públicos, Novas Abordagens, a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) reuniu o mercado em São Paulo, na semana passada, e trouxe para a discussão novas formas de se comunicar com uma audiência cada vez mais plural e, ao mesmo tempo, ainda não representada pela publicidade. Da geração Z à mulher empoderada, vários públicos foram abordados. “A geração social não aceita mais empresas que não comunicam valores”, destacou “O que acOntece é que se fala muitO sObre diversidade e pOucO sObre inclusãO” o CEO e fundador da Zoomin. TV, Jan Riemens, que abriu o encontro com uma palestra sobre vídeo digital e o perfil da geração Z. O executivo lembra que atualmente um dos maiores desafios para as marcas é comunicar para a geração Z, aquela que não quer mais ser interrompida por anúncios. Embora seja uma realidade, essa característica não significa que os mais jovens ignorem a importância da publicidade. “As pessoas não têm problema com branded content. Elas sabem que conteúdo custa dinheiro, e elas não querem que seja o dinheiro delas. Está tudo bem para elas ter propaganda, desde que isso não seja escondido delas e seja algo que entretenha, que ensine”, disse. Essa fórmula, de acordo com Riemens, ajudaria a reduzir o uso de adblockers. “Storytelling é o novo pre- -roll”, aposta. “Necessitamos de pessoas criativas para engajar a geração Z. Criativos são os novos editores”, acrescenta o executivo. EquIdadE Já na segunda parte do ABA Summit a discussão foi sobre 14 28 de novembro de 2016 - jornal propmark

igualdade de gênero e inclusão na publicidade. A proposta do painel foi responder à pergunta: “as conversas sobre mulheres e gêneros foram puro modismo?” Na opinião de Daniela Bogoricin, brand strategist do Twitter, não foi. “Não é modismo, na verdade estamos abrindo espaço para falar disso”, disse. “O que acontece é que se fala muito sobre diversidade e pouco sobre inclusão. É mais importante incluir e enxergar a diversidade do que enxergar a diversidade e depois incluir”, opinou. Segundo Daniela, as empresas que têm olhar para diversidade são 35% mais lucrativas. A presidente da Kantar Brasil, Sonia Bueno, em sua apresentação, lembrou de oportunidades para as marcas, entre elas, o olhar para o consumidor como centro da estratégia. Segundo a executiva, estudos do instituto de pesquisa mostram que o ROI (Return on Investment) de campanhas que valorizam a representatividade é maior. Apesar disso, a maioria das marcas ainda não atua de forma inclusiva. Segundo estudo do Instituto Patrícia Galvão, por exemplo, 65% das mulheres não se sentem representadas pela publicidade. “Estamos perdendo a oportunidade de falar com as mulheres”, ressaltou Carla Alzamora, diretora de Planejamento da Heads Propaganda e integrante da ONU Mulheres. Para se ter uma ideia, estudo da Heads mostra que no Brasil apenas 1% das campanhas de televisão mostra mulheres de cabelos crespos, enquanto 62% dos comercias têm protagonistas de cabelos lisos. “Estamos reforçando mais estereótipos do que os quebrando”, falou Carla. Em destaque, Daniela Bogoricin, brannd strategist do Twitter, fala sobre igualdade de gêneros e inclusão Jan Riemens, CEO e fundador da Zoomin.TV: propaganda precisa entreter e ensinar trIlhão O painel contou ainda com a participação de Renato Meirelles, sócio do Instituto Locomotiva, que apresentou Perfil da população 50+ no Brasil. Ele chamou de Clube do Trilhão a população acima dos 50 anos de idade, que representa um consumo acima de R$ 1 trilhão por ano. “Não esqueçam que existe amor no Excel. Desafio que todo profissional de marketing precisa ter no seu trabalho é não esquecer de olhar as pessoas”, argumentou Meirelles. Ao final das apresentações, esse painel teve como debatedores os conselheiros da ABA Alexandre Bouza, diretor de marketing do Grupo Boticário, e Beatriz Galloni, VP de marketing da Mastercard, além de Denise Figueiredo, diretora de marca & consumidor da Natura e também diretora da ABA. A presidente da ABA e VP “estamOs perdendO a OpOrtunidade de falar cOm as mulheres. estamOs refOrçandO mais Os estereótipOs dO que quebrandO-Os” de assuntos corporativos, sustentabilidade, RH e compliance da Brasil Kirin, Juliana Nunes, fez a abertura do evento, ao lado de Sandra Martinelli, presidente-executiva da associação. Em conversa com o PROPMARK, Juliana disse que a ideia da ABA, com o encontro, foi reforçar o posicionamento da associação, Marketing para transformar. “O nosso desafio maior, e constante, é conseguir sempre identificar as tendências e trazê-las de uma forma traduzida para nossos associados e para todos os nossos públicos de relacionamento”, ressaltou. “Sem dúvida nenhuma, essa é uma oportunidade de trazer informação disruptiva, de decifrar, traduzir e construir junto com nossos associados”, disse Juliana. jornal propmark - 28 de novembro de 2016 15

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