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edição de 29 de julho de 2019

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arEna do EsPortE

arEna do EsPortE Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br torcida 1 A seleção brasileira de futebol social embarcou na semana passada para Cardiff, no País de Gales, para a disputa da Homeless World Cup. O torneio internacional de futebol de rua contempla times mistos em uma competição cuja vitória é a inclusão no esporte e o afastamento da marginalidade. A Penalty é patrocinadora oficial da seleção brasileira, que chega ao torneio com grandes chances. O país é tricampeão e terá nesta edição equipe composta por oito atletas - seis meninos e duas meninas, entre eles, Nicolee Cristina dos Santos Campos (foto). A ONG Futebol Social é responsável por formar o time. torcida 2 Patrocinadora do Brasil há três anos, a Penalty oferece os produtos esportivos para as etapas eliminatórias e treinamentos. Como forma de ativação, a marca convocou seus atletas patrocinados, incluindo Amandinha e Falcão, para fazerem posts nas redes sociais em apoio à seleção. torcida 3 “Acreditar no poder transformador do esporte faz parte do nosso DNA. Estamos convencidos que meninos e meninas de todo o país podem se inspirar nas histórias da nossa seleção”, destaca Paulo Gaspar, gerente de vendas e marketing da Penalty. Bola O futebol europeu teve grande movimentação na semana passada com o anúncio de dois novos patrocinadores a alguns de seus principais torneios. A Budweiser passa a patrocinar globalmente a Premier League, primeira divisão do futebol inglês, e a LaLiga, principal divisão da Espanha, ambas para a temporada 2019/2020. Já a Gillette anunciou acordo com a UEFA para o patrocínio da Champions League. EnErgia 1 Desde 2015 fora do segmento de corridas-proprietárias, a Adidas retoma sua aposta na área com a Boost Run SP. A competição tem suas inscrições abertas nesta segunda-feira (29) e promete um desafio no estilo 5k + 10k+ 1k. Ou seja, nas modalidades solo ou em dupla, os corredores terão a missão de percorrer 5 quilômetros, logo em seguida, 10 quilômetros e para os mais rápidos, o desafio final será de concluir mais um quilômetro. A prova de rua ocorre no Campo de Marte, na capital paulista, e faz parte das ativações da campanha global Feel The Boost. No Brasil, o slogan adotado é o Sinta Seu Boost, e envolve também comunicação de mídia exterior, peças no digital, além de experimentação de calçados com a tecnologia Boost, entre eles, o UltraBoost, carro-chefe da marca esportiva. Fotos:Divulgação tóquio A Visa anunciou a renovação do patrocínio aos atletas Alison Cerutti (vôlei de praia) e Daniel Dias (natação paralímpica, foto). A pouco menos de um ano para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem, a marca de cartões tem um programa de apoio a esportistas desde 2000, com o Team Visa. A empresa é também parceira mundial de tecnologia de pagamento dos Jogos Olímpicos e deve ampliar o conceito de pagamentos digitais no torneio. Pré-olimPíada Os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, começaram a todo vapor para os canais SporTV, na última quarta-feira (24). A emissora tem os direitos em TV paga. Até o fim do torneio, no dia 11 de agosto, a emissora dedicará 380 horas em sua programação. Destaque para a nova atração Conexão Lima, em que o apresentador Flávio Canto fará um resumo das competições do dia. Reunindo um time de 16 profissionais, entre eles, a apresentadora Glenda Kozlowski e a repórter Lívia Laranjeira, as transmissões contarão também com um time de comentaristas formado por atletas olímpicos, como Marcelinho, do basquete; e Daiane dos Santos (foto), da ginástica artística. EnErgia 2 Segundo Laís Bueno, gerente de marca para running e training na Adidas Brasil, a corrida Boost Run SP surgiu de uma demanda dos corredores amantes da marca. A medida que a corrida tem se tornado cada vez mais um esporte coletivo, a principal preocupação da marca foi criar um evento integrador e democrático. Não à toa, a programação terá uma arena com foodtrucks, atrações musicais, além de área de recuperação para atletas. A ideia é que amigos e familiares também façam parte da experiência. 32 29 de julho de 2019 - jornal propmark

STORYTELLER JakeOlimb/iStock Réquiem para sorrir Havia profundo carinho na sua indiferença diante das aparências e das demonstrações de poder ou riqueza LULA VIEIRA Eu era um jovem redator de propaganda quando conheci Edgard dos Anjos. Faz mais de 40 anos, e me lembro de que fiquei absolutamente fascinado pelo cara. Ele era amigo de todo mundo, começando pelo governador do estado (Espírito Santo) e indo até o porteiro do restaurante, e tratava-os exatamente do mesmo jeito: mal. Ou melhor. Afetivamente mal, encantadoramente crítico, amorosamente irônico. Jamais admitiu que pudesse existir qualquer diferença entre as pessoas. Nunca levou ninguém muito a sério, principalmente a si mesmo. Longe de significar desprezo, esse olhar crítico ao ser humano era amoroso, por incrível que pareça. Havia profundo carinho na sua indiferença diante de aparências e demonstrações de poder ou riqueza. Ele gostava de gente. Mas poucas vezes vi ou ouvi elogiar alguém. Minha mulher não entendeu a primeira vez que se encontraram. Nos pegou no aeroporto e foi direto ao Ferrinho, um restaurante na praia de Vitória onde era recebido como um rei. Atendido pelo próprio Ferrinho e uma corte de garçons demonstrando absoluta intimidade e alegria por vê-lo. Depois de uma infinidade de tira- -gostos e literalmente dezenas de doses de whisky, minha mulher perguntou qual seria o melhor prato da casa. Jamais imaginou a resposta: “pede qualquer coisa... aqui tudo é a mesma merda”. Ao que Ferrinho, sentado à mesa, retrucou: “também com as porcarias de fregueses que temos...” Eles se amavam. Foi Edgard que me apresentou Graciano Spíndola, que me deu a honra de lançar o imenso empreendimento Nova Guarapari e outros tantos, inclusive fazer sua vitoriosa campanha para prefeito. Graciano e Edgard se amavam e se admiravam, embora quem ouvisse uma conversa entre eles pudesse ter certeza de que eram inimigos mortais. Aliás, eu seria capaz de afirmar que, com exceção de dona Therezinha, sua mulher, de quem sempre falou com respeito, a medida do amor de Edgard era a disposição em criticar. Quanto mais alguém era considerado filho da puta da pior espécie, pois há hierarquia até entre filhos da puta, mais significava que Edgard gostava da pessoa. E tinha atitudes surpreendentes. Em plena revolução, com algumas autoridades de olho na origem de seu dinheiro e poder, foi interpelado por um brigadeiro que reclamou de sua casa ter sido construída no fim da pista do aeroporto. Num interrogatório qualquer, a autoridade resolveu questionar a localização da casa, dizendo que ela poderia prejudicar o tráfego aéreo. Edgard, na condição de interrogado (ou de declarante, não sei), respondeu: “tem uma coisa, brigadeiro, se a porra de um avião de vocês cair no meu quintal, não devolvo...” Numa outra ocasião, o general-comandante da Região Militar levou a família inteira para almoçar no Ferrinho. Após a refeição, fez questão de elogiar a qualidade da comida. Ferrinho ouviu calado toda louvação e chamou Edgard para ser testemunha do agrado da autoridade. Ele ouviu calmamente os elogios todos e respondeu: “é pena, general, que eu não possa dizer o mesmo da comida que o senhor serve para os presos. Já fui hóspede de seu quartel e conheço a gororoba que dão para a turma”. Edgard tinha uma característica interessante. Não era apaixonado por música, e os músicos o adoravam. Não era apreciador de pintura e tinha grandes amigos pintores. Sua escrita estava longe de ser primorosa, mas os escritores o amavam. Ele gostava das pessoas, e gostava do que elas tinham no cérebro e no coração. Por isso o talento nas artes ou a quantidade de dinheiro no bolso nunca o impressionaram. Uma de suas especialidades era organizar almoços, onde conseguia reunir todo mundo. Fazia isso em Vitória e no Rio e receber um convite para essas ocasiões era uma alegria. Esses encontros, segundo um ministro sempre presente, tinham uma característica interessante. Nunca se atrasavam. Pois o assunto da mesa era invariavelmente falar mal dos retardatários. Edgard foi dono de jornal, editor, assessor político, dono de restaurante, fez todo tipo de negócio. Ganhou e perdeu. Mas nunca comemorou com estardalhaço, nem nunca reclamou. Edgard morreu tendo uma enorme vantagem sobre a grande maioria dos mortais. Nunca encheu o saco de ninguém. Lula Vieira é publicitário, diretor do Grupo Mesa e da Approach Comunicação, radialista, escritor, editor e professor lulavieira.luvi@gmail.com jornal propmark - 29 de julho de 2019 33

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