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edição de 29 de maio de 2017

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CANNES Indústria

CANNES Indústria criativa deve estar unida para propagar respeito à inclusão Com passagens por empresas como Pepsico e Procter & Gamble, a executiva Andrea Alvares ocupa há 18 meses a posição de vice-presidente de marketing da Natura, onde vem dedicando atenção especial às questões relacionadas à sustentabilidade. Ela é a representante brasileira no júri da competição Glass Lions, que discute mudanças no pensamento criativo com o propósito de incentivar alterações culturais. Combate a intolerância, empoderamento feminino e consciência social, por exemplo, estão no foco da área, que chega ao seu terceiro ano em 2017. Veja os principais pontos da entrevista. Andrea Alvares, que comanda o marketing da Natura, estará no júri do Glass Lions: “materializar coisas tangíveis” Divulgação Paulo Macedo EXPECTATIVA É realmente uma honra ter sido escolhida para compor esse grupo. Esta indústria tem enorme influência cultural, mas precisa urgentemente de mudanças para ampliar seu olhar e atuar sobre os desequilíbrios existentes na própria indústria e no mundo. O simples fato de haver apenas três mulheres entre os 16 jurados brasileiros mostra o quanto ainda é preciso avançar. RELEVÂNCIA Num momento em que a intolerância ressurge com bastante força em várias partes do mundo, a indústria criativa deve se unir e propagar uma mensagem de igualdade, respeito e inclusão. Ao celebrar cases que contribuem para a diminuição da desigualdade entre gêneros e de injustiças sociais, esta categoria nos inspira e renova a esperança na criatividade humana. TEMAS A agenda de desenvolvimento sustentável perpassa uma ampla gama de temas – de questões de gênero a meio ambiente e desigualdade social, entre outros – e traz às empresas o desafio de gerar impacto positivo na sociedade, indo além da redução de impactos negativos gerados por suas atividades produtivas. Acredito que “A evolução dA noção de sustentAbilidAde é AcompAnhAdA pelo surgimento do conceito de cApitAlismo consciente” este é o debate que move os negócios que desejam perdurar. SINAL DE ALERTA As empresas são agentes de mudança positiva quando conciliam a ambição legítima de crescer e gerar lucro com a virtude de criar valor para a sociedade como um todo. Isso significa promover o bem social, ambiental, econômico e cultural. Empresas mais conscientes percebem que há uma necessidade cada vez maior de participar da vida da sociedade em que elas se situam, em dimensões que vão além da econômica. Isso deve não só embasar o comportamento empresarial, mas também se materializar em coisas tangíveis. SUSTENTABILIDADE Já foi opção, passou a ser uma necessidade e hoje é mais que um dever. A sustentabilidade simplesmente define se haverá futuro neste planeta. A evolução da noção de sustentabilidade é acompanhada pelo surgimento do conceito de capitalismo consciente. Vemos um despertar crescente para a urgência das questões socioambientais. Cada vez mais, há maior engajamento de governos, empresas e cidadãos. Somos parte desse movimento e nosso modelo de negócios mostra que é possível conciliar lucro com geração de valor para a sociedade. BRANDING Entre os principais atributos da marca Natura destacam-se beleza, natureza, inovação, criatividade, brasilidade e cuidado. A sustentabilidade perpassa tudo isso, e essas dimensões são traduzidas por nossas marcas, que materializam esses atributos em nossos conceitos e produtos. REDES SOCIAIS Os consumidores estão cada vez mais atentos à forma de agir das empresas. Logo, não basta ficar apenas no discurso. Não por acaso, as marcas estão mais conectadas e engajadas com temas que movimentam os debates nas redes sociais. Há alguns elementos fundamentais que efetivamente transformaram a dinâmica da relação entre marcas e consumidores e que vêm se acentuando nos últimos anos: mais transparência, mais diálogo, mais opções, mais conectividade e mais busca por impacto positivo no mundo. 22 29 de maio de 2017 - jornal propmark

As agências de propaganda e seus profissionais não fazem apenas campanhas de comunicação. Nós construímos marcas. Nós geramos negócios. Nosso trabalho traz valor agregado e melhores margens aos nossos clientes. E é como um parceiro fundamental de negócios que queremos ser vistos e reconhecidos por clientes e pelo mercado. NOS NAO FAZEMOS ANUNCIOS. NOS PRODUZIMOS RIQUEZAS. ABAP 2017/2019 Presidente MARIO D’ANDREA 1 o Vice-Presidente EDU SIMON Vice-Presidentes GAL BARRADAS MARCIO OLIVEIRA MARCOS QUINTELA MARCIO SANTORO RODOLFO MEDINA QUEIROZ FILHO Diretor Financeiro MARCIO TOSCANI ENQUANTO MUITOS CORTAM EMPREGOS, NÓS GERAMOS. Um estudo feito no Brasil seguindo modelo da Deloitte mostra que cada real investido em propaganda gera outros R$ 10,69 na economia nacional. Ou seja: investir em propaganda é investir no crescimento. Crescimento de empresas, de empregos, da economia como um todo. RESPEITO AO MODELO BRASILEIRO. O mercado de publicidade brasileiro é movido pela criatividade, o que estimula a meritocracia entre as agências, num ambiente autorregulamentado pelo CENP e pelo CONAR –- entidades que contam com a adesão voluntária de anunciantes, veículos e das próprias agências. Esse sucesso se deve também às leis 4.680/65 e 12.232/2010. São leis federais que o mercado todo deve respeitar. Nesse modelo, a agência é remunerada pelos veículos quando há compra de mídia em nome do anunciante. Mas o modelo pode e deve ser aperfeiçoado. Hoje, existem inúmeros serviços de inteligência prestados pelas agências que não envolvem compra de espaços. Planejamento, pesquisa, desenvolvimento de novos pontos de contato com o consumidor e muitos outros. Por isso, a remuneração de nossas empresas tem de ir além do comissionamento de mídia. ACREDITAMOS NA CONCORRÊNCIA SAUDÁVEL. Nosso trabalho não pode ser tratado como commodity, simplesmente porque talento não é commodity. Nós colocamos grandes profissionais a serviço dos nossos clientes –- e nossa remuneração deve refletir essa estrutura de serviços. Concorrências especulativas com regras confusas e processos obscuros não podem ser vistas como algo normal. Não é justo com os atuais clientes da agência, que muitas vezes acabam pagando indiretamente o custo dessas concorrências. Em vários países, os trabalhos de concorrência são remunerados e com direitos de criação resguardados. É necessário criar regras mínimas na disputa de contas para manter o profissionalismo e retomar o respeito pelas agências que sempre caracterizou nossa atividade. VEÍCULOS DIGITAIS TAMBÉM SÃO RESPONSÁVEIS PELO MERCADO. Sabemos da grande importância dos veículos digitais e suas plataformas na construção dos negócios de nossos clientes. Exatamente por isso entendemos que esses veículos devem ser incluídos na regulamentação do mercado. Precisamos construir relações mais transparentes, tanto no que se refere a práticas comerciais quanto aos resultados obtidos em cada investimento efetuado pelos nossos clientes nesses veículos. Não é correto expormos nossos clientes e suas marcas em um ambiente sem regras claras quanto às métricas, auditoria e controle. SOMOS AVALISTAS DA LIBERDADE DE IMPRENSA. São mais de 1.500 agências certificadas atendendo a mais de 55.000 clientes anunciantes espalhados por todo o país. Esse mercado gigante ajuda a garantir a independência econômica dos órgãos de imprensa –- não só nos grandes centros, mas em todo o país. Essa parceria clientes/agências/veículos não pode ser enfraquecida. Ela é fiadora do fortalecimento de todos os órgãos da imprensa e assegura a liberdade de expressão de veículos impressos, radiofônicos e eletrônicos. A CRIATIVIDADE É A GRANDE PROTAGONISTA DA NOSSA ATIVIDADE. Segundo o último Fórum Econômico Mundial, a criatividade é uma das competências mais valorizadas por CEOs de empresas em todo o mundo. E foi o talento criativo das agências brasileiras que construiu grandes marcas no país. É com esse talento –- apoiado em ferramentas de mídia e de pesquisa cada vez mais precisas –- que nós fazemos render muito mais cada real investido pelo marketing. E, ao lado da força dos veículos, ajudamos as empresas a conquistar margens e obter crescimento. Por isso, uma palavra a todos que dirigem e trabalham em agências de propaganda: ORGULHO. Impossível não sentir orgulho por tudo que fizemos –- e continuaremos a fazer –- pela economia brasileira.

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