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edição de 3 de dezembro de 2018

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meRcado Recente crise

meRcado Recente crise nas livrarias mobiliza indústria dos gráficos em São Paulo Preocupada com efeito cascata, Abigraf forma grupo que trará sugestões para qualificar cadeia de produção de conteúdos editoriais Felipe Turlão mercado editorial atravessa sua pior crise no Brasil, O já que as duas principais livrarias do país, Saraiva e Cultura, entraram em recuperação judicial recentemente, com dívidas somadas que chegam a R$ 1 bilhão. Diante de possíveis reflexos em cascata, o setor de gráficos criou grupo de trabalho que vai apontar soluções para gestão da situação. Em reunião realizada na semana passada na Abigraf-SP (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), o grupo do setor editorial da entidade se reuniu com empresários e a mobilização, que continuará em outros encontros, vai resultar em diversas recomendações para recuperar a indústria do livro. “É preciso repensar o mecanismo do negócio do livro no Brasil. Estávamos adiando o problema, mas, após essas recuperações judiciais, chegou a hora de enfrentar e nos reorganizarmos sob outras bases. O principal de um negócio, que é demanda, nós temos. O Brasil tem mais de 23 milhões de leitores”, afirma João Scortecci, diretor editorial da Abigraf-SP. Segundo ele, que se envolveu em diversos estudos sobre o setor, a demanda no país, que já chegou a 550 milhões de livros (incluindo os didáticos), pode muito bem se acomodar a 300 milhões, um número bastante representativo na comparação a outros países. No caso específico das gráficas, a sensação dos empresários do setor é que sua importância na cadeia produtiva é muito grande, e que as transformações pelas quais passou nos últimos anos podem ser importantes para outros players. “As gráficas vivem um problema há muitos anos e se adaptaram. Podemos ajudar, por exemplo, o mercado editorial que vive sua crise agora. Essa comissão João Scortecci: “Um dos objetivos do grupo é recuperar o espaço dos gráficos nas mesas de negociação com os editores” que criamos está aberta a conversas e atitudes”, diz. Um dos objetivos do grupo é recuperar o espaço dos gráficos nas mesas de negociação com os editores e ressaltar o valor agregado do serviço que prestam. A expectativa do setor é que a cadeia editorial passe por uma reorganização de modelo nos próximos anos, sob novos parâmetros, e deve voltar a crescer assim que encontrar o equilíbrio. Os 23 milhões de leitores, número que poucos países superam, tende a se estabilizar. Por outro lado, há players qualificados para fazer bons produtos editoriais chegarem às mãos das pessoas, incluindo autores, editores, livrarias e gráficas. Para Scortecci, a derrocada das livrarias se deve a fatos como descontos em excesso e valor médio “O principal de um negóciO, que é demanda, nós temOs. O Brasil tem mais de 23 milhões de leitOres” baixo, custo alto das megalojas, um modelo para o qual ele não vê sobrevida no Brasil. Ele compara a situação com a dos supermercados, que estão criando lojas menores para sustentar seus negócios. A produção física da indústria gráfica registrou alta de 9,6% no terceiro trimestre de 2018 com relação ao segundo trimestre, sem considerar efeitos sazonais. Esse crescimento Alê Oliveira é o maior desde o terceiro trimestre de 2011, quando o setor apontou aumento de 16,4%. No entanto, esse bom resultado reflete em alguma medida a baixa base de comparação. Em função da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio, a indústria de transformação apresentou crescimento de 2,9% no terceiro trimestre frente ao trimestre anterior. O desempenho da indústria gráfica segue sendo mais fraco quando comparado à indústria de transformação. Na divisão setorial, a produção do segmento de atividades de impressão cresceu 12% na passagem do segundo trimestre para o terceiro. Na mesma direção, a produção do segmento de embalagens cresceu 7,6% e o setor de produtos de papel teve aumento de 6,8%. 54 3 de dezembro de 2018 - jornal propmark

merCADo Cenp completa 20 anos com o DNA estrutural da autorregulamentação Por meio das Normas-Padrão, entidade promove a ética concorrencial entre agências de publicidade, canais de mídia e empresas anunciantes Gilberto Leifert, Marcelo Rech, Barsotti, Glaucio Binder, Alexandre Gibotti, Paulo Stephan, Rodrigo Lacerda, Luiz Valente e Luiz Leite Paulo Macedo Criada com apoio de entidades da publicidade (Abap, Fenapro, APP e ABP), veículos (ANJ, ABTA, Central de Outdoor, Abert e Aner) e anunciantes (ABA), o Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) está completando 20 anos de atividades. O seu principal propósito é zelar pelas boas práticas comerciais que envolve o tripé formado por agências de publicidade, canais de mídia e empresas anunciantes por meio do sistema da autorregulamentação. O primeiro presidente foi Petrônio Corrêa, o P da legendária MPM, um dos principais articuladores da estrutura ética do mercado de comunicação de marketing do país. Hoje, o Cenp é comandado pelo executivo Caio Barsotti, nomeado para a função por Corrêa. Para marcar a data, a entidade promoveu na semana passada um almoço com a participação de algumas das principais lideranças do mercado. Entre eles, João Luiz Faria Neto, presidente do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). “A publicidade sabe agir sozinha e tem autorregulação na sua essência. E isso faz parte da sua história, com a implantação do primeiro código de ética, em 1957”, afirmou Faria Neto. Para Paulo Chueiri, da Negócios, Comunicação e Mídia, o Cenp exige dos profissionais do mercado o reconhecimento por atuar na manutenção de regras claras para o desenvolvimento do setor. “Temos de ser voluntários e reconhecer que essa contribuição é um pedágio maravilhoso”, observou Chueiri. “O Cenp é a laje do modelo brasileiro de publicidade”, sintetizou Marcelo Duarte, diretor-geral de negócios da Rede Globo. “São 20 anos de aperfeiçoamento, mas com uma postura com base na ética”, prosseguiu Renato Repeira, diretor de relações com o mercado da Globo. “É o ponto de equilíbrio do mercado”, destacou Paulo Zoega, da Zoegas. “É o agente das novas buscas e de suporte ao negócio da propaganda”, disse Flávio Pestana, diretor- -comercial do Estadão. “O Cenp torna o jogo mais claro”, resumiu Paulo Stephan, diretor da Associação Brasileira de Out Of Home. “A instituição materializa o compromisso voluntário com as normas-padrão”, enfatizou Luiz Lara, chairman da Lew’Lara\TBWA. Em virtude da ocasião, a entidade está finalizando a edição de um caderno especial que vai circular na edição da “Cenp em Revista”, de dezembro. “Os 20 anos das Normas-Padrão da Atividade Publicitária e do Cenp são fruto da disposição de veículos, agências e anunciantes em manter o espírito “publicidade sabe agir sozinha e tem a autorregulação na sua essência. e isso faz parte da sua história, com a implantação do primeiro código de ética, em 1957” Alê Oliveira da autorregulação no mercado publicitário, prática inaugurada entre nós por lideranças pioneiras do setor na metade do século passado. O que nos trouxe até aqui foi esta vontade permanentemente renovada de estarmos juntos. Respeitando interesses diversos, porém legítimos, optamos por aderir livremente à autorregulação, na crença de que o diálogo nos leva ao aperfeiçoamento das melhores práticas, sempre na busca da valorização da ética concorrencial e da meritocracia. Estamos aqui, enfim, porque é aqui que decidimos estar. O Cenp é uma das afirmações do que existe de melhor na vida brasileira: a disposição de gente de boa vontade em construir escadas e pontes sólidas e resistentes à ação do tempo, tudo que ajude o desenvolvimento e propicie a felicidade coletiva. Com liberdade e ética concorrencial”, finaliza Barsotti. jornal propmark - 3 de dezembro de 2018 55

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