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edição de 3 de setembro de 2018

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markeTing & negóciOs Divulgação O futuro da TV é... mais televisão – Parte 2 A TV estabeleceu com a publicidade uma simbiose tão forte que ninguém quer fazer grandes alterações no modelo RAFAEL SAMPAIO Nas duas últimas colunas abordei o fato de a TV no Brasil manter sua liderança mundial de participação no mercado publicitário, com praticamente o dobro da média global, e comentei a evolução de seu consumo pela população, que tanto aqui como nos principais países do mundo continua dominando o panorama do entretenimento, do jornalismo e dos esportes entre todos os meios. Nesta semana vou tratar das razões dessa força inabalável, dessa simbiose tão forte entre a TV e a publicidade que nem os consumidores e, muito menos, os anunciantes querem fazer grandes alterações nesse modelo vencedor. Um dos segredos dessa resiliência da TV pode estar na relação entre qualidade e duração de sua programação e os comerciais nela veiculados, lembrando que no mercado da TV, os clientes que realmente contam não são os espectadores, são os anunciantes. Isso ocorre mesmo com o pagamento de assinaturas e o pay-per- -view, no caso da TV paga e por sistemas, que são raros, como o do Reino Unido, no qual o governo cobra uma taxa da população para sustentar parte da programação de TV disponível. O fluxo de recursos da publicidade continua fluindo em direção à TV em quantidades tão generosas que suportam o próprio círculo virtuoso que torna a TV mais atrativa para os espectadores e, no seu retorno, para os anunciantes. Porque a TV continua a ser a única maneira realista e poderosa de as empresas, especialmente se fabricarem/ venderem produtos/serviços de consumo, exibirem suas marcas diante das pessoas que fazem as compras nos grandes mercados consumidores pelo mundo. As novelas, séries ou telefilmes, dependendo do mercado; o jornalismo em suas diversas modalidades; a variedade de shows de todos os gêneros, dos remanescentes programas de auditório, aos realities e talks de vários formatos; as transmissões e programas esportivos; essa variada, porém limitada, programação está provada pelo tempo, por um meio experiente, que não inova nem força a cabeça para ser fruído acima dos limites confortáveis pelos consumidores, fazendo dele o meio no qual a grande média e massa das pessoas gosta de empregar seu tempo. Não é um mecanismo de entrega de informações ou de debate por excelência, mas sim um formato de entretenimento que foi aperfeiçoado e otimizado ao longo de muitas décadas e, paradoxalmente, se transformou no mais poderoso e consumido sistema de informação, reflexão e evolução sociocultural da história humana. E toda essa riqueza de informação e lazer é entregue, no mais das vezes, por uma troca mais do que justa, aos olhos dos consumidores: sua atenção a mensagens comerciais curtas, até mesmo interessantes e agradáveis, às vezes, numa relação temporalmente aceitável à duração e qualidade da programação disponibilizada pela TV. Essa “troca justa” é tão bem aceita pelas pessoas que mesmo quando elas podem “pular” os comerciais, quando assistem a TV fora do padrão linear, elas não o fazem e continuam a usar a publicidade como um meio de interação socioeconômica. A própria relação da TV com seu potencial maior inimigo, a internet, vem evoluindo para uma troca na qual a nova grande mídia da humanidade no fundo mais favorece que atrapalha o imbatível universo televisivo que o precedeu como megameio de comunicação. E essa intricada, mas explicada e lógica relação entre audiência e TV, TV e universo digital, TV e publicidade permanece e permanecerá por muito tempo a ter um papel central na vida das pessoas, das comunidades e dos negócios. No fundo, tudo isso faz sentido, muito sentido. Por isso existe, por isso continua, por isso continuará por muito tempo. Rafael Sampaio é consultor em propaganda rafael.sampaio@uol.com.br 14 3 de setembro de 2018 - jornal propmark

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