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edição de 30 de maio de 2016

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we mkt Penso, logo

we mkt Penso, logo existo. Comunico-me, logo sou! Filipe Birck “Quanto mais diferente de mim alguém é, mais real me parece, porque menos depende de minha subjetividade”. Fernando Pessoa, Livro do Desassossego Francisco alberto Madia de souza Era uma vez René Descartes (1596/1650). Em 1637, produz sua obra monumental Discours de La Méthode. E, lá a expressão que o eternizou. Originalmente, em francês: “puisque je doute, je pense; puisque je pense, j´existe”. Em outro momento expressa de forma diferente, “je pense, donc je suis”. Mais adiante, convertida para o latim: “cogito, ergo sum”. Na cabeça do mestre e filósofo uma inflexão ceticista. Uma forma de colocar em dúvida e sempre todo o conhecimento, as tais de verdades absolutas que jamais existiram. Ao duvidar, obrigatoriamente se pensava, e se pensava necessariamente estava-se vivo. Existia-se. Assim, e durante séculos, acabou prevalecendo esse entendimento. Para muitos tradutores, o sum converteu-se, em português, em sou. E, com esses, eu concordo. Para outros, o sum virou existo. Desses, discordo, radicalmente. Descartes, referia-se ao ser individual, e sua manifestação de existência, de consciência que existia e perante si. Mais ou menos, a mesma sensação de uma pessoa conferindo sua imagem num espelho. Não se referia ao ser social. E existir é uma propriedade exclusiva do ser social. Existência não é uma manifestação. Ser é uma manifestação. Existir é uma comprovação, um testemunho, um atestado. Você só existe se outras pessoas reconhecerem sua existência. Caso contrário, você apenas é, mas não existe. Repito, existir é uma propriedade exclusiva do ser social. Abelardo Barbosa, o Chacrinha, mais que concordar, fazia a apologia do existir. Em todos os seus programas, repetia, à exaustão, “Quem não se comunica, se trumbica”. É isso, mas é muito mais que isso. Quem não se comunica, se trumbica pura e simplesmente, e, para voltar ao começo, não existe. É, mas não existe. A existência pressupõe, repito, o reconhecimento por outra ou outras pessoas. Pressupõe o reconhecimento do ser social. Somos seres sociais. E, daí, a importância decisiva da marca. E daí a importância essencial da reputação. De sermos – pessoas, produtos, empresas e instituições – uma marca de qualidade na cabeça e no coração de nossos principais stakeholders; de nossos públicos relevantes, essenciais e complementares. Mas, tem um detalhe. Não existe a alternativa de passar pela vida ignorado por todos os demais. Até as pedras, em sua dureza, solidão e imobilidade, se comunicam. Você olha para uma pedra e algum tipo de registro ocorre dentro de você. Bonita, feia, esquisita, grande, pequena, áspera, pontuda... O mesmo ocorre com as pessoas que optaram, como se possível fosse, pelo isolamento. Você também olha para elas e pensa, “que pessoa mais esquisita...”. Vinicius de Moraes, um poeta no plural, conforme já comentei em outro artigo, um dia ganhou o LP Sambas de Roda e Candomblés da Bahia, do maestro Carlos Coqueijo. “Poeta e diplomata da linha direta de Xangô”, convidou Baden Powell para ouvirem juntos. Vinicius, mais atento ao lado místico das composições; Baden, à riqueza das harmonias presentes nos cantos. Durante três meses e 20 caixas de uísque depois, trancados na casa do poeta, compuseram os afrossambas – em número de 25. Dentre outros, Berimbau. E em Berimbau, a sentença de morte ou de vida para os que resistem à necessidade essencial de cuidarem de sua marca, de polirem sistematicamente suas reputações: “Quem de dentro de si não sai vai morrer sem amar ninguém”. Assim, e quase 500 anos depois, e considerando-se o contexto, a obra e o caminho percorrido por René Descartes, só cabe uma tradução para Sum. E que é Sou. Já para Existir é preciso um passo adiante. De planejamento, esmero, atenção, cuidados. De construir uma identidade, personalidade, estilo, que se converta numa marca de extraordinária qualidade na cabeça e no coração de seus principais stakeholders. Quando isso ocorre, além de Ser, e finalmente, sua empresa, seus produto, você, existem! Fiz-me compreender? Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing famadia@madiamm.com.br 22 30 de maio de 2016 - jornal propmark

Obrigado a você que foi além do ponto final. KEILA MANDARÁ AS Fontes: IPSUM LOREM DOLORE AVEC DUARDES EST INMIS LANÇAMENTO VEJA MOBILE VIEW: SUCESSO TAMBÉM EM PUBLICIDADE Descubra como funciona o Mobile View. Baixe o aplicativo Blippar na Apple Store ou Google Play Aponte a câmera para o ícone do Mobile View A edição de lançamento de VEJA Mobile View foi um sucesso. Mais do que reportagens, os leitores encontraram uma nova dimensão de conteúdo também nos anúncios, com uma tecnologia que permite reproduzir vídeos e áudios a partir da própria revista. Participe das próximas edições e garanta impacto dos seus anúncios na revista impressa, proporcionando mais engajamento e atenção. Conheça um novo jeito de anunciar Os olhos do Brasil. Agora com

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