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edição de 30 de março de 2020

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inspiração propósito

inspiração propósito e empatia Fotos: pxhere.com e Divulgação “As relações criadas durante os projetos de consultoria nos ajudam nos momentos de captura de recursos para as ações sociais” Jacqueline SantoS especial para o PRoPMaRK Propósito me inspira. E, na prática, ver o meu trabalho se converter em algo tangível sempre me motiva e me impulsiona para novos desafios. Creio que isso foi o que, no decorrer dos anos, me trouxe para o mundo de projetos, que é o que me insere no processo de transformação das empresas, para ver iniciativas novas nascerem e, o principal, trabalhar com um grupo de pessoas em busca de um objetivo comum, caminhando para o mesmo lugar. Em paralelo, desde cedo, estive próxima de projetos sociais e, fazendo uma correlação, pude ver que o resultado do nosso trabalho traz um sorriso instantâneo de alguém, além de transformar um pouco sua vida, nos dá uma carga dobrada de energia e nos faz querer fazer cada vez mais. A experiência que tivemos com a Make a Wish tem uma relação muito próxima com o nosso dia a dia de projetos, isso porque, no formato de trabalho deles, os voluntários se dividem em grupos e cada time recebe o ‘sonho’ de uma criança que precisa ser realizado. Em 2018, pude participar da realização do sonho de uma criança de 12 anos que queria ter um ‘PC Gamer’ para poder interagir mais com os amigos ou até se tornar, futuramente, um jogador profissional. A estruturação de como seria executar esse sonho, a busca pelos recursos necessários e a organização do dia da realização do sonho demandaram todos os aspectos necessários para a execução de um bom projeto, desde um planejamento assertivo, o cumprimento de prazos e de orçamento, até a dedicação de cada pessoa em atividades que tenham mais aderência com seu perfil e competências. Por outro lado, o propósito maior associado a este ‘projeto’ tornou mais humanizada a nossa forma de lidar com as dificuldades apresentadas, gerando menos conflitos e dando oportunidade de nos colocarmos mais nos lugares uns dos outros. E essa lição trazemos para dentro de casa, para os projetos de negócios. Outro fator que nos auxilia muito (nas duas vias) é a construção de uma rede sólida de relacionamento. As relações criadas durante os projetos de consultoria nos ajudam bastante nos momentos de captura de recursos para as ações sociais (arrecadação de caixas de bombons para a Páscoa, realização de rifas solidárias para os sonhos da Make a Wish e arrecadação de livros, entre outras iniciativas). E, muitas vezes, as campanhas sociais nos abrem portas ou nos aproximam de contatos que, futuramente, poderão se tornar oportunidades de negócio ou nos aproximam de nossos clientes (nas campanhas de arrecação de chocolate, por exemplo, tivemos o engajamento de alguns clientes que não somente realizaram doações, mas também divulgaram as ações internamente). Fazer parte dessas ações nos ensina a nos colocar no lugar do outro, nos inspira a ver o mundo sob outras perspectivas. Nos inspira a praticar a empatia. E empatia é fundamen- tal não apenas na vida pessoal, mas também no mundo dos negócios, já que entender a realidade dos nossos pares, nossas equipes e dos nossos clientes é o que nos ajuda a garantir o engajamento e a manter o lema ‘todos juntos’, caminhando em direção ao sucesso dos nossos projetos. Hoje em dia, tenho a oportunidade não só de fazer parte de ações sociais já estruturadas na empresa onde atuo, mas de compor o grupo de trabalho que busca os melhores parceiros, estrutura, organiza e engaja as pessoas a participarem dessas ações. É uma experiência única. Perceber que existe tanta gente que se interessa, se motiva e dedica seu tempo em participar ou apoiar essas ações é muito inspirador. Além disso, a convivência com pessoas que têm interesses semelhantes fora do ambiente de projeto, do escritório, das planilhas e apresentações cria laços, contatos, e nos traz inúmeros benefícios para o dia a dia de trabalho. Iniciativas de cunho social também engajam e nos aproximam de nossos clientes, muitos deles priorizam os mesmos temas, estão na mesma jornada e querem empresas do bem por perto. Ajudar a construir essa corrente do bem, em um ambiente que poderia ser exclusivamente voltado para o trabalho, planta sementes por todos os lados e nos desenvolve como profissionais e, principalmente, como seres humanos. Jacqueline Santos é gerente de projetos da Cosin Consulting 18 30 de março de 2020 - jornal propmark

eyOnd the line Austin Kehmeier/Unsplash O “legado” da crise Imagino que o legado seja uma relação clientes – agências – e fornecedores menos leonina Alexis Thuller PAgliArini Anos atrás, quando São Paulo sofreu com uma seca sem precedentes, levando as reservas de água do município ao quase colapso, eu escrevi um artigo de título controverso: Bendita Seca!. Como assim “bendita”?! Sim, como disse Nietzsche: “Tudo o que não me mata, me torna mais forte”. Como diriam outros, não podemos desperdiçar uma crise. Os momentos agudos – e o atual é dos mais impactantes – exigem de todos uma mudança de comportamento que pode perdurar depois que a crise passar. Assim como os moradores de São Paulo aprenderam pela dor, durante a grande seca, a adquirir novos hábitos de consumo de água, entendendo que ela é um recurso precioso, os brasileiros estão agora absorvendo novos ensinamentos e hábitos de higiene e de solidariedade que poderão melhorar a sociedade, depois que a crise passar. O temor do colapso do sistema de saúde e o impacto econômico da interrupção de negócios são tão grandes e abrangentes que todos os setores da sociedade tendem a se unir para minimizar os efeitos da crise. No campo dos serviços de marketing, clientes estão dispostos a se reunir com agências e fornecedores para ver formas de mitigar o impacto de cancelamentos e adiamentos de atividades. O governo procura criar linhas de crédito subsidiado e com carência para garantir a sobrevivência de empresas desprovidas de capital de giro, além de uma moratória de pagamento de impostos. Instituições se unem para encontrar, juntas, formas de minimizar o impacto da crise sem precedentes. Sabemos todos que a pandemia geradora dessa crise tem um período de duração relativamente curto. Ainda não se sabe ao certo, mas a expectativa é a de que não passe de seis meses seu período mais agudo. É preciso ter fôlego para superar um semestre praticamente sem negócios para sobreviver. Não será fácil. Só mesmo com ajuda governamental! Mas a crise vai passar! E o que espera- mos é que, num efeito darwiniano, a sociedade saia fortalecida dessa provação histórica. Não há dúvida de que as soluções virtuais de negócios, interação e interlocução deverão ganhar mais importância depois de meses de afastamento físico forçado. Como ficarão os eventos e as atividades presenciais pós-crise? Será que as empresas descobrirão soluções virtuais tão eficazes a ponto de reverem seus planos de ações presenciais? Será que as pessoas voltarão ao “normal”, procurando oportunidades de interações físicas, apesar de todo o arsenal de comunicação e apresentação virtual? Eu, particularmente, acho que sim. Não acredito num mundo mais frio, com menos contato entre as pessoas. Antes da crise já havia um questionamento quanto ao excesso de interações virtuais, em detrimento do olho no olho, do abraço apertado e do aperto de mão. Acredito que estaremos ávidos por retomar essas interações mais ricas. É claro que o acesso facilitado à tecnologia nos fará buscar cada vez mais soluções virtuais, mas acredito fortemente que as soluções serão híbridas. Ou seja, seremos sempre mais, não ou. Acredito que, como legado da crise, as pessoas adquirirão hábitos de higiene que já deveriam fazer parte das nossas vidas. Como decorrência disso, estaremos mais fortes e menos suscetíveis a doenças de todos os tipos. No campo do marketing, imagino que o legado seja uma relação clientes – agências – e fornecedores menos leonina. Acredito mesmo num reforço do entendimento de que o mercado só é bom se for satisfatório e saudável para todos os stakeholders e não só para alguns. Tenho motivos para acreditar na valorização das melhores práticas, catalisada pela crise e seus efeitos desastrosos. Imagino, de verdade, um mundo melhor depois que a crise passar. Como diria John Lennon, você pode dizer que sou um sonhador, mas não sou o único. Espero que um dia estejamos todos juntos nesse propósito e o mundo será melhor (perdoe-me a adaptação, John). Alexis Thuller Pagliarini é presidente-executivo da Ampro (Associação de Marketing Promocional) alexis@ampro.com.br jornal propmark - 30 de março de 2020 19

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