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edição de 4 de março de 2019

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eSPecIal dIa da MUlheR

eSPecIal dIa da MUlheR Startups seguem majoritariamente masculinas, mas perfil deve mudar Associação brasileira indica que só 15,6% do mercado tem igualdade de gênero; iniciativa feminina e mindset para contratar sinalizam avanços JÉSSICA OLIVEIRA Mais de 85% dos integrantes da base da AbStartups (Associação Brasileira de Startups) são homens e apenas 14,5% são mulheres, mostrando que o setor segue majoritariamente masculino. Ainda segundo os dados de 2018, somente 15,6% das startups têm igualdade de gênero na equipe. A entidade estima que há de 10 mil a 15 mil startups no país, das quais 10.228 já são mapeadas. Quando o recorte é na área de tecnologia, o funil fica ainda menor. Emiliane Baldivia é CTO e cofundadora da Cobre Fácil, sistema de gestão de cobrança. Em momento de expansão, a fintech tem atualmente cerca de 14 mil clientes em todo o Brasil, entre eles a escola de idiomas Wise Up. Mapa das startups lideradas por mulheres tem 57 identificações; projeto foi feito pelo Techolics com a RedFox Digital Solutions Na equipe de desenvolvimento, com 10 pessoas, ela é a única mulher indica, será maior. e só recebeu currículos de homens. “Hoje “Tivemos um salTo muiTo A Trigg, que nasceu como startup, é um há mais mulheres nesse mercado do que cartão digital que devolve parte do dinheiro quando comecei. Mas falta bastante. Não grande com mulheres a cada compra. Na fintech, a igualdade de vemos muitas nos cargos de liderança nem em Todas as áreas. e as gênero está mais próxima do ideal. De cerca iniciantes. Acredito que daqui uns cinco sTarTups Têm um papel de 100 pessoas, 42 são mulheres, incluindo a head e fundadora Marcela Miranda. anos teremos mais mulheres, mas ainda não da forma ideal”. imporTanTe nisso” “Quando abro uma vaga de tecnologia ou outra área não busco homens ou mulheres, FUTURO PROMISSOR Apesar do longo caminho para mudar essa realidade, é crescente o número de profissionais que estão à frente de startups, seja conquistando a liderança ou criando tudo do zero. As mulheres envolvidas em negócios com até três anos e meio de atuação no mercado alcançaram uma taxa de 15,4%, enquanto o segmento masculino somou 12,6%. As informações são do estudo Global Entrepreneurship Monitor 2016, realizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa) e pelo IBPQ (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade). Há cerca de um ano, o Techolics, vertical criada em 2017, voltada para o mundo da tecnologia, em parceria com a RedFox Digital Solutions, pesquisou empreendedoras no país. O resultado virou o primeiro mapa das startups lideradas por mulheres e tem 57 identificações. A nova versão deve ser divulgada ainda este mês e, ao que tudo Marcela: “Tivemos um salto grande com mulheres” mas o perfil que melhor se adequa”, conta. Antes de empreender, ela foi gestora no marketing de uma empresa de softwares e lembra que dava para contar nas duas mãos as mulheres em cada área ou projeto. Para ela, houve evolução na última década e as startups representam um papel fundamental. “Tivemos um salto muito grande com mulheres em todas as áreas. E as startups têm um papel importante nisso. As equipes são pequenas e requerem habilidades específicas, interessa mais o perfil e se a pessoa é boa no que faz. Essa mudança tem a ver com as novas empresas e startups, até as que já não são mais startups, como é o caso da Trigg. Isso acaba mudando a forma de olhar para as pessoas que estão contratando e trabalhando”, explica. No entanto, a profissisonal avalia que ainda existe uma diferença a ser combatida, seja em salários, benefícios e até perguntas em entrevistas de emprego e na mídia. “Acredito que está mudando. Estamos caminhando a passos grandes.” Divulgação 44 4 de março de 2019 - jornal propmark

eSPeCIaL dIa da MULHeR “Sempre enxerguei os desafios como oportunidades” Divulgação Sonia Bueno é CEO da Kantar Worldpanel para América Latina e, desde 2016, presidente da Kantar Brasil. Ela responde pela implementação da estratégia global da Kantar no mercado brasileiro e transita com muita facilidade em uma ocupação que aparentemente estaria mais para o mundo masculino. Mas quem dá uma olhada ligeira no currículo dela entende rápido de onde isso vem. Ela tem 25 anos na indústria de pesquisas de mercado e entendimento do consumidor, e já passou pelas áreas de marketing, clientes e gestão estratégica. Há 15 anos lidera equipes. Veja a seguir os principais trechos desta entrevista, em que ela conta como se comporta diante de mundo cheio de novas tecnologias. Sonia Bueno: “Nada substitui o contato pessoal” Neusa spaulucci antenada É sempre importante a adaptação às novas tecnologias, levando em consideração tanto a perspectiva como líder quanto o impacto na estratégia de nosso business. Por trabalhar na área de informações, é essencial que estejamos sempre a par de mudanças e tendência e, nesse contexto, a tecnologia está entre os grandes drives de comportamento e acesso à informação na atualidade. Assim, levando em consideração o meu papel como líder, preciso sempre estar muito bem informada e acompanhar as constantes inovações do mercado para poder pensar em novas oportunidades para o negócio. Por isso, o principal desafio é fazer uma curadoria das opções disponíveis para mantermos o foco do business e estarmos à frente das novas tendências. aCeSSO É fundamental estar sempre bem informada sobre as mudanças tecnológicas, que ocorrem de maneira muito acelerada tanto no Brasil como em outros países. Por sermos uma empresa global, temos acesso a muitas informações relacionadas a esse ecossistema. E aqui é interessante pontuar a importância do papel dos experts em tecnologia da Kantar, já que, com a ajuda deles, consigo ter uma visão sobre as principais tendências e, com isso, decidir o que é melhor para o nosso negócio e para os nossos clientes. COntatO PeSSOaL Além de muitos treinamentos que realizei durante minha carreira para aprimorar meus conhecimentos de liderança, tenho disponíveis na Kantar diversas ferramentas online que facilitam avaliação de performance, satisfação de pessoas e gestão. É claro que a tecnologia tem um papel muito importante e é um grande facilitador para aproximação da liderança, principalmente quando envolve diferentes países e culturas. Ferramentas sociais, dedeo e áudio, entre outras, permitem que eu atue como uma líder regional presente e acessível e facilita a comunicação com nossos clientes e colaboradores. No entanto, acredito que nada substitui o contato pessoal, já que, além das mudanças em tecnologia, vivemos uma época com mudanças comportamentais constantes. Para comandar equipes, é essencial estar com as pessoas, conversar e entender suas particularidades. Por este motivo, viajo regularmente aos países da América Latina. Liderar, motivar e inspirar pessoas é algo que me dá muito prazer. CULtURaS Sempre enxerguei desafios como oportunidades para aprender mais. Em minha carreira, tive a oportunidade de trabalhar em grandes grupos internacionais, o que foi sempre um grande aprendizado e ao mesmo tempo um desafio, pois tive de aprender a trabalhar com culturas e perspectivas diferentes. Sempre gostei de assumir novas responsabilidades e projetos, o que contribuiu para a superação de meus objetivos e gerou muitas oportunidades em minha carreira. Como líder do grupo no Brasil e na América Latina, tenho o constante desafio de me posicionar e defender soluções que promovam o crescimento de nossa região. OPORtUnIdadeS Ainda falta bastante para chegarmos ao ideal, mas já vimos uma melhora importante nos últimos anos. Principalmente, porque hoje as mulheres já estão se sentindo mais à vontade para se posicionar em diversos aspectos, inclusive no mercado de trabalho. Essa é uma etapa admirável. No entanto, é importante também percebermos que esse é um tema com grande influência cultural e diferenças entre países, inclusive da América Latina, onde muitas mulheres ainda não têm essas mesmas oportunidades. CentennIaLS Em um estudo recente da Kantar, o Centennials aos 21, percebemos que 87% dos centennials brasileiros – pessoas com até 21 anos – afirmam que é extremamente importante ou muito importante sentir-se à vontade para expressar quem você realmente é. Este movimento está em curso. LIdeRanÇa FeMInIna A maioria dos cargos de liderança da Kantar Brasil é ocupada por mulheres e isso foi algo extremamente natural para companhia. Nossas líderes estão nessas posições por terem demonstrado seu trabalho e competência para exercer suas atividades. Isso também se reflete em outras equipes da Kantar na América Latina. jornal propmark - 4 de março de 2019 45

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