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edição de 4 de setembro de 2017

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STORYTELLER alex_skp/iStock Disfunção Erétil Em cima da hora tivemos o primeiro fio de ideia. Aos gritos, fomos arrumando a estrutura do filme LULA VIEIRA mundo está ficando broxa. Pelo menos O o Brasil está cada vez mais pau mole. Você quer provas, como reclamam os acusados na Lava Jato? Vou falar de evidências, como dizem os da acusação. Um indício da epidemia brutal de paumolência é o fato de que um dos segmentos que mais anunciam nas televisões é o de clínicas que se propõe a curar impotência. Ou ejaculação precoce, que é meio caminho andado. Um país de broxas é o que somos, pois as clínicas que cuidam disso estão ganhando mais dinheiro do que os bordéis de antigamente. Dizem os chegados à psicanálise que a maior angústia do homem é ficar broxa. Tenho, diante dessa afirmativa, uma permanente atitude de desdém. Evidentemente não é porque não temo ficar broxa. É que tenho outros medos também. Por exemplo: não ter assunto para escrever uma coluna. Ou não ocorrer uma ideia para criar uma campanha, um anúncio, um filme. No caso da broxura, há desculpas: estresse, Dilma, Temer, Bolsonaro, saudade da mãe, alguma coisa que eu comi. Ou não comi, mas tentei. Nos angustiantes momentos que antecedem a hora de entregar um artigo, nos terríveis momentos que o prazo para apresentação de algum trabalho de criação está se esgotando, igual a ela estar deitada na cama olhando nos seus olhos e no seu bilau, não dá para simplesmente inventar uma desculpa ou afirmar com a maior segurança que jamais tinha ocorrido algo assim anteriormente. Broxar, nessas horas, isto é, não encontrar um bom assunto ou não conseguir atinar com uma boa ideia, é como não conseguir uma ereção num palco de show pornográfico. É a broxada pública, inapelável, definitiva. Lembro-me até hoje da noite em que eu e o Zé Guilherme tínhamos de criar um comercial para a Veja e o prazo era curtíssimo, pois o Sabino (o cliente) iria viajar. O briefing era mais ou menos simples: estávamos em plena crise do governo Collor e Veja era a revista que melhor mostrava o que estava ocorrendo no Brasil daqueles tempos. Veja era a revista mais esperada, mais lida, mais necessária. Veja era indispensável (slogan que perdura até hoje). Pois naquela noite, Zé Guilherme e eu, quase loucos de desespero, não conseguíamos chegar a conclusão alguma. Tudo que nos ocorria parecia muito simples, banal, esquemático, incapaz de emocionar. As horas iam passando e a porra da ideia não surgia. A gente passou por mais de 30 roteiros. Nada prestava ou parecia prestar. Nessa hora, o humor se vai, aparece um suor esquisito, as mãos tremem. Juro. Dá vontade de chorar. Mais ainda: dá uma puta de uma vontade de morrer. Faltavam minutos para o prazo acabar. Literalmente. Em cima da hora tivemos o primeiro fio de ideia. Aos gritos, fomos arrumando a estrutura do filme, dando-lhe as necesssárias doses de informação, ritmo, essas coisas. Acabei contando o roteiro pelo telefone, de memória, pois não tinha havido tempo nem de começar a passá-lo para o papel. Fomos salvos no último segundo, quase um milagre do santo padroeiro dos criadores em crise de impotência, um provável Santo Antonio do Pau Mole. O resto foi quase só orgasmo. O Olivier Perroi e a Isabelle Tanuri melhoraram ainda mais a ideia, ganhamos um Colunistas, o Leão em Cannes, os Profissionais do Ano etecétera, etecétera e tal. Mas eu jamais vou esquecer aquelas horas de impotência inapelável. A certeza de ter escolhido a profissão errada. Graças a Deus tudo desaparece quando vem a ideia salvadora. Tudo é paz no final, seja após o sexo, o comercial criado ou a crônica feita. Depois vem aquela sensação que os psicanalistas chamam de tédio pós-coito. A sensação de que a vida pode ser boa. Lula Vieira é publicitário, diretor da Mesa Consultoria de Comunicação, radialista, escritor, editor e professor lulavieira@grupomesa.com.br 22 4 de setembro de 2017 - jornal propmark

curtas Desde 2015 atuando como diretor de criação em Los Angeles, nos Estados Unidos, primeiro na 180LA e mais recentemente na David & Goliath, Wilson Mateos (foto) está de volta ao mercado brasileiro. Ele assume a posição de vice-presidente de criação da Leo Burnett Tailor Made, em que vai liderar uma equipe composta por 70 profissionais, a convite dos copresidentes Marcio Toscanni e Marcelo Reis. Com 25 anos de experiência, o redator tem passagens pela CuboCC, Neogama, F/Nazca Saatchi & Saatchi, Lew’Lara\ TBWA e AlmapBBDO. A Artplan reforça seu time de mídia em São Paulo com a chegada de Rafael Assis, diretor de mídia digital; Nany Porciuncula e Cecilia Araujo, como supervisoras; Samara Queiroz, como coordenadora; além de Leticia Pereira e Victórya Palma, como analistas de mídia digital. A agência também está promovendo Keila Silva e Jodson Ferreira para a posição de diretores de grupo. A Ampfy passa a contar com as profissionais Silvia Visani, como diretora de mídia e business intelligence; e Karol Alberti, para ocupar a diretoria de atendimento. Fotos: Divulgação A produtora Yourmama anuncia a chegada da dupla Fernando Carvalho e André Pinho. Os dois profissionais assumirão a produção executiva da área de publicidade da produtora. Eles foram sócios da FatBastards por mais de 10 anos. Na foto acima, da esquerda para à direita, Carvalho, Pinho e os sócios da Yourmama Mario Peixoto e Mayra Auad. A Music2, representante da Vevo no Brasil, tem como novo sócio o executivo Carlos Scappini. O profissional está assumindo as ações na empresa que eram de Ricardo Marques, que passará a dedicar-se à indústria de gestão de dados na Roix. Scappini dividirá o dia a dia da operação com Fátima Pissarra, CEO e fundadora da Vevo no Brasil. Vice-presidente de criação da We, Marcelo Siqueira acaba de anunciar a contratação de Sidney Braz como o novo diretor de criação da agência. Com 25 anos de carreira, Braz tem passagens pela DPZ, FCB, Leo Burnett, Havas e Africa. live paintings PALESTrANTES CONferência workshops Grego Graffiti stefan sagmeister Design gráfico | AUT/EUA Caligrafia Carlos Siqueira Design Thinking Silvio Acher Karen Fidelis Graffiti INTERBRAND BRANDING | BRa Aquarela Sabrina Eras Ilustração & Aquarela Rodrigo Falco Um FESTIVAL para conhecer pessoas, buscar inspiração e ver de perto o melhor do universo criativo Lucas de Alcântara Ilustração Dalata Graffiti salsa/stink films FilmMakers | BEL/Bra Pierre KleinHouse Ilustração | ISR Diagramação Alexandre Soma estamparia narrativa Adriane/Estudio Abelha Terrario Tunggal Encadernação Lia Fenix marina rodrigues tape art 2veinte Motion Design | Arg Lambe lambe Marmota vs Milky Lettering Karol Stefanini E MUITO MAIS.... CACTUS TEC & EXPERIêNCia | EUA/bra Design Tactile João Lopes Gamification Pa FalcÃo THE PLOT COMPANY Storytelling | EUA/bra Caligrafia Criativa Júnior Asnoum Toy Art Caio Morel O2 Filmes INOVAção & VR | bra Ilustração em técnica mista Sabrina Eras Miniatura de Super Heróis Tacia Duarte E MUITO MAIS.... Quadrinhos Miolo Frito - Benson E MUITO MAIS.... conferência internacional de criatividade workshops ESPAÇO Makers EXPOSITORES LIVE PAINTINGS SHARP TALKS ARENA MUSICAL ZUPI ACADEMY KIDS exposição de arte TATTOO FESTIVAL E MUITO MAIS... PATROCÍNIO: COPATROCÍNIO: realização: jornal propmark - 4 de setembro de 2017 23

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