Views
6 years ago

edição de 5 de junho de 2017

  • Text
  • Brasil
  • Marketing
  • Propmark
  • Junho
  • Mercado
  • Jornal
  • Marcas
  • Paulo
  • Marca
  • Anos

we mkt JamesBrey/iStock

we mkt JamesBrey/iStock A mágica dos pés pelas mãos “Não há lugar como a nossa casa”. Dorothy (O Mágico de Oz) Francisco alberto Madia de souza Começa que essa mágica não existe. Impossível enfiar-se os pés pelas mãos. Muitas pessoas tentam. Nenhuma consegue. Algumas insistem e se machucam. O mágico delira. Até aqui, salvo pequenos exageros, fez tudo direito. Do zero a dois bilhões em poucos anos. E, dotado de energia descomunal, jorrando empreendedorismo aos borbotões, Carlos Wizard Martins não sossega. Desta vez, no entanto, permitiu que a vaidade tomasse conta do cérebro e incorresse em semelhante erro de 99,9% das organizações de varejo. Esquece-se de qual é seu negócio e decide colocar-se no lugar de seus principais fornecedores. Incapaz de se contentar com seu descomunal e comprovado repertório de mágicas, Wizard joga fora, espero, provisoriamente, sua autoridade e isenção, sua capacidade de oferecer e garantir a seus clientes os melhores produtos, e cai no engodo da marca própria. Mais conhecido como perda de tempo, fragilização do negócio, tiro no pé. Ou a tal da mágica que comentei no início: enfiar os pés pelas mãos. Com uma caixinha na mão e o mesmo sorriso nos lábios, Carlos Wizard Martins concede entrevista a Moacir Drska, de IstoÉ Dinheiro: “A Mundo Verde é o nosso segundo maior ativo e representa 40% das receitas da holding... Vamos chegar a uma receita de R$ 600 milhões...”. A “tonteria” começou em março deste ano. Com a marca própria Elixir, de produtos de beleza e de saúde para mulheres entre 30 e 60 anos. Sob esse guarda-chuva, seis novas linhas, incluindo produtos para pele, unhas e cabelos, suplementos, óleos e chás para controle de peso e prevenção de envelhecimento precoce, muito semelhante a outra “tonteria” protagonizada pelo enigmático, indecifrável, inconsistente e rei da pedalada, Sidney de Oliveira. Ou seja, temos um novo e melancólico campeonato em andamento: quem comete a maior tolice, Sidney ou Carlos? Acreditando na mágica trágica e suicida que nos últimos 50 anos debilitou as principais organizações de varejo do país, Carlos mergulha no próprio engodo: “Nós queremos que as marcas próprias representem 50% da nossa receita em cinco anos. Hoje essa participação é de 12%...”. Se por uma infelicidade a ambição de Carlos converter-se em realidade, seu negócio terá terminado. O Mundo Verde mergulhará numa crise insuportável de comoditização, perdendo por completo o sentido e a alma do empresário de quem Carlos comprou a empresa. Não existe uma única história em todo o mundo, muito especialmente no Brasil, de qualquer organização que tenha conseguido sucesso e ganhar dinheiro com as amaldiçoadas marcas próprias. Tudo o que conseguiram foi perder tempo, energia, dinheiro e fragilizar a relação com os seus principais fornecedores. Carlos, não existe em nenhum dos melhores repertórios de mágica no mundo dos negócios, nenhuma que tenha conseguido fazer de um varejo uma indústria. Isso posto, menos, Wizard, muito menos. Insista no seu repertório consagrado e pare de delirar. Não coloque em risco um dos mais espetaculares cases de sucesso protagonizado em nosso país nos últimos 30 anos. Evite tornar-se referência de alguém que o sucesso subiu tão absurdamente à cabeça que acreditou ser possível enfiar os pés pelas mãos sem maiores consequências. Não repita a cena final de O Mágico de Oz, quando Dorothy, o Leão Covarde, o Homem de Lata e O Espantalho, ajudados pelo Totó, descobriram que o mágico era um impostor. Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing famadia@madiamm.com.br 50 5 de junho de 2017 - jornal propmark

Produtoras Piccolo Filmes chega ao mercado com trabalho para Banco Guide Sócios destacam que diferencial é ter modelo de negócios que combina flexibilidade, robustez e experiência dos profissionais Jéssica Oliveira Ao elencar os seres vivos mais fortes do mundo, dificilmente alguém inclui um besouro na lista. No entanto, um deles, que é conhecido popularmente por Besouro Hércules, é capaz de levantar um peso até 850 vezes superior ao seu. Não por acaso foi essa a imagem que foi escolhida para a logo da produtora Piccolo Filmes, que inicia oficialmente a sua operação neste mês. “Quando comecei a pensar, queria algo que passasse isso: pequeno, ágil e muito forte”, lembra Carlos Guedes, o Cebola, produtor-executivo e um dos sócios da Piccolo Filmes ao lado de Daniela Andrade, produtora- -executiva associada. Segundo eles, o diferencial de seu modelo de negócios é combinar agilidade e robustez, aliados a profissionais experientes e uma estrutura flexível que viabiliza projetos com rapidez e produtividade, especialmente os digitais. “Nossa operação é leve na estrutura e peso-pesado na essência”, completa Daniela, que foi RTV por 18 anos e acumula passagens por Africa, F/Nazca S&S, DM9DDB e Ogilvy. Da ideia da produtora até a entrada no mercado foram apenas três meses. A primeira campanha produzida pela Piccolo Filmes estreia esta semana. Criada pela agência 4barra12, a ação é para o Banco Guide, também novo no mercado. Já existem outros projetos em fase de finalização. Com foco em projetos digitais de publicidade e conteúdo, a Piccolo Filmes nasce com diversos diretores no casting, de expertises que incluem videoclipes, documentários, séries de TV e outros. Compõem o time Ricardo Santini, Gustavo Ribeiro, Jeff Chies, Pedro Dimitrow, Fabiana Winits, Ike Veit e Guiliano Zanelato, que dirigiu a campanha para o Guide. Daniela Andrade, ex-Spray, e Carlos Guedes, o Cebola, que atuava na Your Mama: foco em publicidade e conteúdo “Queremos atender projetos Que precisam, ao mesmo tempo, de agilidade e robustez” A Piccolo Filmes é dos mesmos sócios da Your Mama. Além de Cebola (que continua sócio na produtora, mas deixa todas suas funções executivas nesta), estão na composição societária das duas empresas Mário Peixoto e Mayra Auad. As funções administrativas de back-office da Piccolo Filmes serão compartilhadas com a Your Mama para garantir a robustez da operação, mas sua atuação estratégica será 100% independente. Experiente como head de produção de grandes agências brasileiras, ela também foi sócia e produtora-executiva da Spray Filmes e produtora-executiva da Edit2. Dessas empresas, ela traz para a nova empreitada a expertise em publicidade, conteúdo Divulgação e entretenimento. “Queremos atender projetos que precisam, ao mesmo tempo, de agilidade e robustez”, afirma. Já Cebola, um dos primeiros profissionais de agência que migraram para produtoras, em 1993 trocou a carreira nas áreas de atendimento na AlmapBB- DO, J. Walter Thompson e Leo Burnett pela O2 Filmes, onde ficou por sete anos. De lá para cá, passou por Cia. de Cinema, Cia. Ilustrada, Conspiração Filmes e Delicatessen Filmes, onde se uniu aos sócios para criar a Your Mama. De sua experiência, ele carrega a consciência e a missão de tentar ir além do que o cliente espera, independentemente do tamanho do projeto. “Tento sempre surpreender.” jornal propmark - 5 de junho de 2017 51

edições anteriores

© Copyright 2022 PROPMARK. Mídia especializada no mercado publicitário. Todos os direitos reservados.