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edição de 5 de setembro de 2016

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STORYTELLER Por trás

STORYTELLER Por trás Como tudo que se refere a eleições, nada é muito claro LuLa Vieira Não, leitor desatento, ainda que você ache que este seu cronista só pensa besteira, e errado você não está de todo, o significado deste título não é o que parece. O significado é outro, quer dizer apenas por dentro. Piorou? Pois é, começa por trás e acaba por dentro. Na verdade, quero lhe contar sobre os bastidores do debate entre os prefeitáveis do Rio de Janeiro na Band. Foi infinitamente mais engraçado do que o que as câmaras mostraram e muito mais revelador da alma dos candidatos. Como vocês sabem, dos 11 candidatos cariocas, somente sete foram convidados para o debate, por critérios que combinavam número de deputados federais eleitos pelos partidos e acertos entre os assessores. Como tudo que se refere a eleições, nada é muito claro. Para se ter uma ideia, até agora não se chegou à conclusão das obrigatoriedades e proibições das mensagens dos candidatos na TV, o que inclui falta de clareza entre a necessidade de se ter legenda, libras, ou legenda e libras, ou se uma substitui a outra. Também não se sabe se é permitido filmar em prédios de propriedade pública ou não e se nesse critério se incluem praças públicas. Por via das dúvidas, ou melhor, sabendo das dúvidas, alguns candidatos fizeram a propaganda diretamente de dentro de hospitais públicos, já que, se é para correr riscos, que se corra de uma vez. A legislação eleitoral neste quesito é uma pequena amostra de como funciona a maioria das leis no Brasil: tudo é tão confuso que depende da interpretação pontual dos encarregados de vigiar sua obediência. Voltemos ao debate. A Band alugou o Teatro Casa Grande, no Leblon. A localização obrigou os candidatos mais abastados a gastarem uma boa grana alugando ônibus para transportar as torcidas organizadas, além de fornecer material de zoeira. Além, claro, de lanchinho. De novo, a lei tem de ser driblada nessa hora, pois não se pode dar preguinhas nem oferecer camisetas, consideradas brinde. Mas ninguém pode proibir que alguém pinte por conta própria e por amor uma camiseta branca com o nome do candidato. Daí é uma manifestação espontânea. Deu para entender? E também apareceram alguns músicos com seus bumbos, pandeiros e cornetas que, tocados furiosa, mas desordenadamente, davam ao local um som delicioso. Daí os chefes de torcida fazem a claque repetir bordões que vão do “não vai ter golpe” ao sensacional “não vai ter jeito, Pedro Paulo é o prefeito”, passando por “ela, ela, ela, prefeito é o Crivella”, e ainda o lamentoso “índioooooooooo” em homenagem ao candidato Índio da Costa. Isso na rua. No debate, foi anunciada a proibição total por parte da plateia de qualquer manifestação, como aplausos e vaias, ao que foi aplaudido, só de sacanagem. Iniciados os trabalhos, depois dos movimentos iniciais, em que o aliado do atual prefeito comparou o Rio a Amsterdã, com alguma coisa de Oslo e a situação econômica de Doha, três candidatos, que participaram do governo, explicaram que se afastaram dele porque tudo isso era mentira, já que daqui a pouco chegaria a conta da Olimpíada e o RJ teria inveja de Porto Príncipe, capital do Haiti. Em seguida vieram as promessas, que se baseavam em acabar com o monopólio das empresas de ônibus, responsáveis diretos pelo caos urbano. Em mais ou menos meia hora estavam resolvidos todos os problemas da cidade. Sem contar um incremento às artes. Menos Jandira Feghali, que se limitou a dizer que mais uma vez os homens brancos e da elite estavam estuprando uma mulher, a presidenta Dilma. E junto com ela duas outras representantes do gênero feminino: a democracia e a Constituição. Foi a dica para, respeitando o regulamento, o auditório vir abaixo com vivas, morras, foras e não vão ter golpes. Pouco depois alguém perguntou a Bolsonaro algo sobre um bairro qualquer. Ele olhou para as câmaras, revirou os olhos e disse: “estou tendo uma queda de pressão!” E só não caiu duro porque foi amparado por Osório e Jandira, que é médica. Neste momento sai da plateia o pai dele, Jair Bolsonaro, e expulsa Jandira de perto do filho “sai daí, médica de araque...” e se dirige ao filho: “e aí zero-um, paga uma flexão!” Como se vê, coisa fina. Lula Vieira é publicitário, diretor da Mesa Consultoria de Comunicação, radialista, escritor, editor e professor lulavieira@grupomesa.com.br 34 5 de setembro de 2016 - jornal propmark

DigiTal Wish está entre os patrocinadores do TechCrunch Disrupt de 2016 Empresa brasileira de eventos e conteúdos corporativos associa sua marca ao encontro realizado em São Francisco, entre 12 e 14 de setembro Claudia Penteado próxima edição do TechCrunch Disrupt, consi- A derado o principal evento do mundo relacionado às startups revolucionárias, à introdução de tecnologias inovadoras e à discussão do que é top of mind para inovadores - chaves da indústria de tecnologia - será realizado entre os dias 12 e 14 de setembro, em São Francisco, nos Estados Unidos. A Wish International Events Management, empresa especializada no segmento de eventos e conteúdos corporativos, tornou-se uma das patrocinadoras oficiais do encontro. A região do Vale do Silício - fonte global de inovação para os mais diversos setores - é a grande aposta da empresa, que abriu escritório por lá há cerca de um ano e já tem, segundo Natasha De Caiado Castro, sócia e VP de planejamento estratégico da Wish, toda a região mapeada para oferecer serviços aos clientes brasileiros. A empresa está levando um cliente para participar de um pitch day dentro do TechCrunch Disrupt. O acontecimento reúne aqueles que são vistos como os melhores e mais brilhantes empresários, investidores, hackers e fãs de tecnologia para entrevistas no palco, a fim de atrair a atenção de investidores ou fomentadores das startups. De acordo com a executiva da Wish, a intenção da empresa é tornar-se a principal ponte entre o Vale do Silício e as empresas brasileiras ligadas ao marketing e ao desenvolvimento de novas tecnologias, seja levando grupos para a região ou trazendo talentos de Natasha de Caiado Castro: futuro do Brasil está no desenvolvimento das startups Divulgação to das startups que estão investindo em tecnologia, estimulando o acesso à inovação e estimulando profissionais a trocarem empregos profissionais por empreendedorismo. “Por uma questão de idealismo, achamos que esse “Por uma questão de idealismo, achamos que esse evento disruPtivo é o mais interessante Para quem está emPenhado em reconstruir o Brasil” evento disruptivo é o mais interessante para quem está empenhado em reconstruir o Brasil”, diz Natasha. Hoje a Wish conta com escritórios em São Paulo, Paris e São Francisco. Nos Estados Unidos, a porta de entrada foi Nova York, depois o escritório foi para Miami e, de lá, para o Vale do Silício. A equipe tem 38 pessoas fixas, mas chega a 150 vagas temporárias. Os destinos e tipos de projetos para empresas são os mais variados – passando por feiras de negócios como IMEX, em Las Vegas e Frankfurt, e por viagens a localidades exóticas ou históricas acompanhadas por professores de arqueologia da Stanford University (EUA). Há também projetos voltados para gastronomia e beleza, por exemplo. Segundo Natasha, os mercados que a Wish está mapeando para fazer intercâmbio de conhecimentos e negócios são Austrália e China. Entre as cerca de 40 marcas que patrocinam o TechCrunch 2016 também estão nomes como Cisco, HP, IBM e Red Bull. lá para o Brasil. De organizadora de eventos corporativos, a empresa passou a incluir também logística e conteúdo para clientes do trade brasileiro. Natasha afirma acreditar que o futuro do Brasil está no desenvolvimenjornal propmark - 5 de setembro de 2016 35

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