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edição de 6 de março de 2017

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STORYTELLER MFIlustra

STORYTELLER MFIlustra Começa o ano O Bloco dos Kbroxas tem dois tipos de participantes: os sócios-atletas e os agregados LuLa Vieira preciso que se registre para a história É a existência de uma importantíssima entidade, para a qual todos nós, cidadãos conscientes, desejamos longa e frutuosa vida. Os intelectuais Paulo Pires, João Pimentel e Cláudio Uchoa, embebidos do mais alto espírito cívico e imbuídos das mais altas intenções republicanas, fundaram há anos – e a mantém com esforço e desapego – um bloco carnavalesco que é um marco na história do Carnaval carioca. Como, leitor, leitora, vossas excelências não acham esta notícia digna de registro, principalmente numa publicação séria como o PROPMARK? Ora, porra, querem algo mais cidadão que isso, querem outra contribuição mais importante do que esta para a cultura nacional? Calem a boca e vão lendo que eu estou impregnado de intenções político-participativa. Estes já citados brasileiros, sob a inspiração e as bênçãos do iluminado mestre Aldir Blanc, trouxeram à luz dos holofotes momescos o Bloco dos Kbroxas, agremiação cujo objetivo é promover integração e troca de experiências de foliões comprometidos com a esbórnia. O Bloco dos Kbroxas tem dois tipos de participantes: os sócios-atletas e os agregados. São sócios-atletas, também chamados de fundadores e aptos a receber os privilégios destinados pelos estatutos, aqueles que puderem provar que não tiveram uma única ereção desde o impeachment, que entrou nesta história apenas para marcar uma data, sem nenhum viés político-partidário. É preciso muita atenção para este detalhe devidamente registrado na Constituição do bloco, parágrafo que não foi chamado de Cláusula Pétrea porque no bloco nada é Pétreo: “será considerado Fundador Emérito do Kbroxa aquele cidadão que através de alguma maneira, valendo inclusive declaração de próprio punho (epa!) garantir que, desde o último Carnaval, não foi agraciado com uma única ereção”. E daí, pode perguntar alguém menos chegado ao pensamento altamente sofisticado: qual é a vantagem? Respondo: talvez esta seja uma das importantes descobertas para o lado psicológico da disfunção erétil (também conhecida como fuga venosa) que eu já tenha ouvido falar: transformar em orgulho aquilo que é considerado digno de vergonha ou pena. Se é por aí que caminha a história, por que não caminharia nesse campo? Continuando, me permita dar outras características da agremiação. Sua sede é na Rua República do Peru, no Rio de Janeiro, uma rua sobejamente conhecida por ser pequena e morrer na praia. Como característica musical, o Kbroxa se identifica por não tocar samba e sim tocar dobrado. Outro diferencial é que o bloco permanece permanentemente em concentração. Ou seja: um bloco que não sai. E também não entra. É também a única agremiação carnavalesca cuja bandeira é hasteada a meio pau. Mesmo sem nenhum defunto. Ou melhor: exatamente em homenagem aos defuntos, sei lá. A esta altura, meus parcos (porém sinceros e participativos) leitores devem estar se perguntando o que eu tomei no Carnaval para escrever tanta besteira. Pois eu respondo: tendo Romero Jucá declarado que o foro privilegiado deve ser uma suruba para todos, após Trump ser declarado louco como um beija-flor pela entidade máxima da psiquiatria nos Estados Unidos (ou – pelo menos – ter comportamento que se enquadra nesta definição), depois da notícia que o Brasil vai importar café, depois do que acontece diariamente neste país e no mundo, sobre o que escreveria eu que tivesse alguma importância? Não sou cientista político, profissão que cresce neste país como erva daninha (não que eles sejam daninhos, longe disso, a comparação é com a capacidade de crescer), não sou economista, não sou analista de nada, sou um basbaque diante de mentes iluminadas como a de nosso prefeito, cuja primeira atitude diante da privatização da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro, para o estado poder pagar a folha dos servidores, foi declarar que pretende... criar uma empresa municipal de águas e esgoto. Pois foi no Carnaval, um amigo meu acordou num motel com uma calcinha no bolso e afirma que não tem a menor ideia do que aconteceu com ele. Outro encontrou a ex num bloco e propôs que os dois voltassem a viver como era antes. Ela concordou, agarrou um saradão que passava e saiu sambando. Ela entendeu que ele queria continuar a ser corno. Feliz Ano Novo! Lula Vieira é publicitário, diretor da Mesa Consultoria de Comunicação, radialista, escritor, editor e professor lulavieira@grupomesa.com.br 42 6 de março de 2017 - jornal propmark

DIgITAl Tecnologia que lê o áudio do vídeo online tem compra mais assertiva Empresa de origem francesa, a DynAdmic chegou ao Brasil há pouco mais de três anos com uma plataforma que entende o som do filme KELLY DORES Empresa especializada em vídeo online, a DynAdmic, de origem francesa, chegou ao Brasil há pouco mais de três anos com um diferencial de mercado que deve ser mais divulgado com a chegada de Marcio Figueira (ex- -Samba Ads), que assumiu em janeiro como chief commercial officer do escritório brasileiro. Trata-se de uma tecnologia exclusiva que entende exatamente o áudio do vídeo, aumentando a precisão da entrega de publicidade. “A nossa tecnologia avalia mais de 1 bilhão dedeos por semana, varre o vídeo pelo áudio. A vantagem é entregar uma publicidade que tem tudo a ver com o que o usuário quer ver naquele momento. As outras tecnologias entendem pelo contexto. Se você está vendo um vídeo sobre turismo na África do Sul, por exemplo, vamos entregar uma publicidade com oferta para a África do Sul. A tecnologia entende exatamente o que você está assistindo”, explica Figueira. O executivo exemplifica um caso do próprio governo da África do Sul, que é cliente da DynAdmic, para destacar a vantagem da tecnologia para as marcas. “Eles contrataram no mercado uma publicidade que foi colocada num vídeo que falava sobre prostituição no país. O que mostra que o contexto às vezes falha. Nossa compra é mais assertiva”, garante ele. Com expectativa de que o vídeo online será o principal vetor de crescimento do mercado digital no Brasil – cuja estimativa do IAB (Interactive Advertising Bureau) é de aumento de 12% –, Figueira tem como meta aumentar o faturamento da DynAdmic em Marcio Figueira (ex-Samba Ads) assumiu em janeiro como chief commercial officer do escritório brasileiro “A vAntAgem é entregAr umA publicidAde que tem tudo A ver com o que o usuário quer ver nAquele momento” 30% em 2017. “É um desafio bem grande. No ano passado, a empresa cresceu 5% em relação a 2015. Mas o vídeo este ano vai crescer muito. Dentro do digital, a gente acredita que vídeo é o que mais vai crescer”, falou Figueira, que também assumiu este ano a presidência do comitê dedeos do IAB Brasil. Divulgação DESAFIO Para Figueira, o maior desafio são as métricas de mercado. “É importante o anunciante entender mais sobre as métricas. Tem muita fraude. Os anunciantes estão cobrando muito isso. A gente segue as regras do IAB, em que o conteúdo do vídeo tem de aparecer pelo menos 50% na tela, por dois segundos, para fazer a cobrança do anunciante”, indica ele. Considerado o maior entretenimento dos jovens nos dias de hoje, a estimativa é que, até 2019, 80% do tráfego da internet será gerado por vídeo, de acordo com um estudo da Cisco – atualmente esse número é de 65%. A perspectiva reacende outra polêmica: a adaptação dos comerciais de TV para os vídeos online. “No passado, praticamente todo mundo pegava o comercial de TV, adaptava e colocava na internet. Hoje em dia isso está mudando bastante. Do lado das produtoras, elas viram que não dá para cobrar custo de produção da Globo. Todas elas se adaptaram para o digital, sem exceção. Com isso, o custo baixou muito. Eu acredito que ainda vou ver uma campanha que foi feita para o digital ser adaptada para TV aberta, porque vídeo é uma tendência fortíssima”, avalia o executivo da DynAdmic. jornal propmark - 6 de março de 2017 43

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