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edição de 6 de março de 2017

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trimestre de 2016, 98% do recorte feminino da pesquisa do GfK assistiram a pelo menos um minuto da programação televisiva. Os gêneros que obtiveram maior alcance foram jornalismo, novela e filme, com 35 milhões de mulheres impactadas nas 15 regiões metropolitanas pesquisadas. As maiores médias de consumo ficam com mulheres de Manaus, Florianópolis e Rio de Janeiro, com índices acima de oito horas ao dia. “O público feminino ficou, em média, 7h38 minutos diários em frente à TV. O período noturno (18h à meia noite) é o que tem o maior índice de permanência, com 62% na faixa horária”, esclarece Fernanda Muradas, diretora comercial, marketing e client services da divisão de media measurement da GfK no Brasil. Mulher, mãe e apresentadora do programa Máquina da fama, entre outras atividades no SBT, Patrícia Abravanel faz referência à postura da ex-primeira dama dos EUA. “Quando a gente observa uma mulher tão popular e poderosa vê que algo está mudando. Michele era literalmente parceira de Obama na liderança do país. E isso é um grande exemplo para a humanidade: parceria e igualdade. Não precisa ser uma guerra dos sexos. É claro que ainda temos muito a avançar, mas fico feliz de ver mulheres corajosas e supertalentosas desbravando e se posicionando pelas mesmas condições ou, mesmo, para fazer o que bem entendem sem serem tão julgadas. Madonna outro dia disse em um discurso que seu maior feito era ter permanecido. Fiquei imaginando quão corajosa ela foi por abrir o caminho para as grandes divas da música extravasarem sua arte no palco. No Brasil, temos grandes cantoras fazendo o mesmo. E que bom que passamos a ter mais exemplos. Vamos precisar muito disso para continuar avançando, romper com os preconceitos e termos a liberdade e a tranquilidade de ocupar o lugar que bem quisermos”. campaNha Entre junho e outubro do ano passado a apresentadora Eliana, do SBT, orquestrou a campanha #elianaportodaselas, na TV e no Twitter, com ênfase no abuso de gênero, assédio sexual e estupro. Sua audiência de 1,5 milhão de pessoas, apenas na Grande São Paulo, engrossou a discussão, que teve a participação da promotora Gabrie- Laura Esteves, da Y&R, afirma que a propaganda faz o seu papel Patrícia Abravanel, do SBT: “Fico feliz de ver mulheres corajosas” Grace Gianoukas: “Somos milhares e ninguém mais nos calará” la Manssur e da jurista Marina Ganzarolli. “Estamos atentas às mais variadas expressões do machismo e buscamos melhores perspectivas para todas as mulheres, não só para nós mesmas ou para quem nos rodeia. Como comunicadora e única representante do sexo feminino nos domingos, o dia mais disputado da TV aberta, senti que deveria usar meu principal canal de acesso ao público para tratar do assunto. Em junho, impactada pela notícia sobre a moça que foi vítima de estupro coletivo, abri espaço para falar sobre violência contra a mulher. O público enviava suas perguntas pelas redes sociais e as especialistas davam esclarecimentos e orientações. Todo esse conteúdo continua disponível no meu portal feminino, DaquiDali”, disse Eliana. Barbara Ceratti, acionista do Grupo Ceratti, explica que a maior conquista das mulheres foi sair do papel de coadjuvante para o principal, mas ainda vê fraquezas que podem se tornar fortalezas. “No meio em que estou inserida, vejo as mulheres tentando em demasia conciliar todos os âmbitos de suas vidas e acabam se desgastando e se frustrando, pois não conseguem. Às vezes ‘pegar leve’, definir prioridades e gerir melhor o tempo é a solução. Não que os homens não tentem, mas algumas mulheres deixam mais transparentes suas dificuldades”, ela finaliza. 46 6 de março de 2017 - jornal propmark

JOaNNa mONTEirO é CCO da FCB BRASIL “Não buscamos a supremacia feminina” EspEcial Dia Da mulhEr Divulgação Qual a maior conquista das mulheres nos relacionamentos sociais? É preciso que elas continuem encontrando espaço para se capacitar, para disputar cargos de igual para igual com os homens, para que cheguem ao topo da cadeia e, assim, fruto da diversidade no ambiente, possam promover a cultura e a prática da igualdade de gêneros. Isso seguramente será benéfico tanto para as mulheres como para os homens. Qual a maior conquista das mulheres no mercado de trabalho? Historicamente, as mulheres que não eram absorvidas no mercado de trabalho, acabavam empreendendo por serem a principal responsável pela família. Quais os pontos fortes de ser mulher? Eu não falaria em pontos fortes e pontos fracos, mas sim nas diferenças em relação aos homens. Essa ambivalência é que deve nos interessar. Homem e mulher são diferentes. Ponto. Quais os pontos fracos de ser mulher? Que chato trabalhar ao lado de pessoas sem educação e sem princípio, não é verdade? A educação recebida da mãe é um dos seus alicerces na vida de uma pessoa. Como isso pode não ser valorizado? Você já enfrentou algum problema significativo de trabalho por ser mulher? Qual? Sou uma exceção. Nunca sofri uma discriminação visível, nem violenta, mas fui capaz de perceber pequenos gestos, comentários e atitudes que denotavam um preconceito velado. Esse jogo velado também é muito nocivo, pois cria puxa-sacos sociais incapazes de sentir empatia e de contribuir para mudanças reais. Como os homens podem contribuir para aumentar as conquistas das mulheres no mercado de trabalho? O termo igualdade de gêneros já diz tudo. Não buscamos a supremacia feminina. Isso é um erro. “Gente legal ou babaca tem em qualquer sexo” Qual a maior conquista das mulheres nos relacionamentos sociais? São várias e visíveis. A minha filha, por exemplo, ficou chocada quando soube que até há pouco tempo mulher não podia entrar de calça em algumas repartições públicas em Brasília. Para ela não existem “isso você não pode fazer”, “isso você não pode ser” e “isso você não pode vestir”. Qual a maior conquista das mulheres no mercado de trabalho? As maiores conquistas sempre vão passar pelo poder econômico. Já se consegue ter salários e cargos melhores, mas a briga ainda é feia. Quais os pontos fortes de ser mulher? Ser uma pessoa melhor ou pior independe de sexo. Gente legal ou babaca tem em qualquer sexo, que aliás hoje são vários. Eu detesto quando as mulheres são enaltecidas por fazerem coisas que na verdade só as sobrecarregam, como dizer que somos “multitasks”. Enquanto isso, os homens “monotasks” só dão conta de uma coisa por vez. Quais os pontos fracos de ser mulher? Eu não vejo nenhum. Mas eu sou mulher e gosto de ser mulher. Você já enfrentou algum problema significativo de trabalho por ser mulher? Qual? Como todas as mulheres já fui considerada café com leite por falta de respeito profissional, autoritária por exercer uma liderança e assediada, simplesmente por ser mulher. Como os homens podem contribuir para aumentar as conquistas das mulheres no mercado de trabalho? Sem resposta. Gal BarraDas é sócia e CO-CCO da BETC Divulgação jornal propmark - 6 de março de 2017 47

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