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edição de 7 de dezembro de 2015

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editorial Armando

editorial Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br Bom ano Apesar de todas as dificuldades que a economia do país vem atravessando, a direção do PROPMARK considera ter sido este um bom ano para o jornal, que completou o cinquentenário em maio com uma edição histórica e hoje inicia um novo ciclo na sua trajetória. O formato tabloide foi um sonho de há muito acalentado pela nossa equipe e começou a se transformar em realidade a partir do instante em que Sergio Gordilho, copresidente e diretor-geral de criação da agência Africa, propôs-se a uma parceria conosco, pleiteando o desenvolvimento do novo projeto gráfico que agora está em suas mãos, leitor. A ideia inicial contemplava o seu lançamento na edição dos 50 anos, mas havia ainda alguns obstáculos que precisaríamos transpor e um deles residia na produção industrial do PROPMARK. Queríamos internalizá-la, aproveitando a possibilidade que se abria com o formato tabloide, adequado à impressora Roland 700 da nossa gráfica própria. Esse caminho, porém, sobrecarregaria a capacidade de produção do setor. Refeitos os estudos, optamos pela importação de uma nova impressora, Heidelberg Speedmaster, diretamente da fábrica na Alemanha. A decisão, acertada, adiou o lançamento do novo formato, com projeto já concluído e aprovado. Com a chegada da nova impressora e sua rápida montagem pelos técnicos da fábrica que acompanharam sua viagem, a data de hoje foi marcada para a inauguração do “novo” jornal, em um momento que consideramos especial para o nosso mercado. Nossa crença é a de que o Brasil passará por melhores dias a partir de agora, com a crise política tendo atingido seu auge e, por isso mesmo, exigindo soluções que não tardarão a ocorrer, porque todos sabemos que chegamos ao limite de um cenário que provocará imediatas mudanças. A alta da Bolsa e a queda do dólar, na última sexta-feira, são sintomas de que finalmente adentramos no último ato da tragicomédia que nos vitima desde o segundo semestre de 2014 e ganhou forças durante a campanha eleitoral presidencial, cujo desfecho, em vez de tranquilizar o país, só o fez agitar-se em decorrência de uma nova realidade econômica apresentada à nação e das, surpreendentes para alguns e nada surpreendentes para outros, revelações que as operações petrolão/lava jato expunham ao público brasileiro. De lá para cá temos vivido em sobressaltos, aguardando a cada noite por notícias piores na manhã seguinte. Mas, como não há bem que sempre dure e mal que não se cure, o foco da crise político-econômica ficou reduzido às principais cabeças dos poderes Executivo e Legislativo, surpreendendo-se – pode-se mesmo dizer – o país pela altivez que tem sido demonstrada pelo Judiciário, através da sua mais alta Corte, cujos magistrados – de quem ainda muito se espera – têm demonstrado interesse único no cumprimento das leis. Assim, da mesma forma que a esse nobre colegiado pouco interessa o argumento de que a presidente da República foi eleita democraticamente, porque não é isso que está em discussão no seu processo de impeachment agora aberto no Congresso Nacional, o mesmo raciocínio vale para o julgamento final de Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, que também foi eleito pelo voto democrático dos que sufragaram o seu nome para deputado federal. Resta óbvio que a confusão é provocada deliberadamente pelas partes, no intuito de ludibriar (uma vez mais) a opinião pública brasileira, que todavia não parece mais disposta a aceitar esse até pueril jogo de palavras. Um novo país pode surgir depois desse desfecho, que todos torcemos para que não se prolongue demasiado. Nossos melhores dias precisam chegar o quanto antes e sentimos que estão mais próximos do que pensávamos seis meses atrás. *** Resolvido o impasse político, caberá mais do que nunca à iniciativa privada fortalecer a economia, voltando a apostar no Brasil em curto espaço de tempo, o que já vem ocorrendo embora em movimentos ainda esparsos. Quando se vê a própria Samarco, responsável pelo mais recente inferno brasileiro em Mariana, encorajando-se a assinar anúncio de uma página na mídia impressa, sob o compromisso público de “Fazer o que deve ser feito” (título do anúncio), deve-se dar um voto de confiança ao mesmo, levando-se em conta ser uma comunicação espontânea da empresa que negligenciou seus cuidados com a barragem, mas, aparentemente, mostra-se disposta a corrigir seus graves erros. *** E é pela comunicação que a iniciativa privada deve se expor, demonstrando acreditar na recuperação do país, incentivando a população na sua profissão de fé, fazendo todo o esforço possível para convencer a todos que o novo ano que se aproxima pode trazer-nos não apenas novas esperanças, mas de fato uma nova realidade para o nosso país e seu povo. Caso o leitor exija uma demonstração disso, pode desde já percebê-la na campanha recém iniciada do Carrefour, com o mote “Vai ter Natal” (lembra-se o leitor do “Vai ter Copa”?), contribuindo para o início de um novo ciclo no comércio, aproveitando o 13º salário cuja primeira metade em sua grande maioria foi paga na última semana e procurando energizar o consumo, sem o qual não há economia. Em boa hora também – e nada à toa – surge o movimento “vamojunto”, assinado pelos grupos Pão de Açúcar e Via Varejo, abrindo as portas das suas lojas oferecendo maiores facilidades de compras ao público em geral, sob o mote que o brasileiro aprendeu a respeitar: “Vamos juntos virar esse jogo”. *** A força da mídia impressa foi o tema do Summit de Comunicação realizado pelo PROPMARK no último dia 2, nos salões do Pullman Vila Olímpia, sob o patrocínio da Abigraf, Abro, Sindigraf, ANJ, Afeigraf, Anatec, ABTG, Conlatingraf e apoiadores, em que os palestrantes brilharam em defesa dos meios impressos, com destaque para os empresários-publicitários Luiz Lara e Nizan Guanaes. Cobertura completa nesta edição do PROPMARK. FraSeS “Compreendo as pessoas que temem a derrubada do governo e seus aliados porque não sabem precisamente o que virá adiante. Não sei se isto as conforta, mas o descobrimento do Novo Mundo foi feito com mapas equivocados e imprecisos.” (Fernando Gabeira, Estadão, 4/12) “Se a oportunidade não bater, construa uma porta.” (Milton Mira, citado por Francisco Madia na entrega do Marketing Best) “O Natal é a época em que as pessoas ficam sem dinheiro antes de ficarem sem amigos.” Larry Wilde (frase extraída do livro Duailibi Essencial) “A boa comunicação pode ser tão estimulante quanto uma xícara de café. O problema é que ela também pode atrapalhar o sono.” Anne Morrow Lindbergh (esta frase também foi extraída do livro Duailibi Essencial) 4 7 de dezembro de 2015 - jornal propmark

Mas o que dizer quando a lama sobe até a boca e as notícias calam? Que palavras usar quando todas as palavras e números parecem cansados e contaminados pela corrupção? Resolvemos então usar nossas próprias palavras. Quem sabe até inventá-las. Seria loucura dizer que somos brasilientes, patriamantes, paísentimentais? Nem todos entenderão, mas vamos tentar. Acreditamos no Brasil e em nosso poder de superação e recomeço. Acreditamos no que fazemos e com quem fazemos. Se isso parecer loucura para você, vá em frente, nos chame de loucos. Somos aqueles que resolveram ter o pé no chão em vez do pé preso, que preferem o povo aos políticos. Não temos contas públicas, não temos contas de partidos políticos, não temos tramas, esquemas, sigilos, porque temos escolhas. E não pense que estamos iludidos, com nossos olhos fechados. Estamos apenas olhando de outra forma, quem sabe em outra direção. Somos o que os jornais não mostram, mas a boa notícia é que não somos poucos. Para 67%* das pessoas a crise é culpa da corrupção, e não do fato de estarmos no Brasil ou de sermos brasileiros. Para nós, estar no Brasil é uma oportunidade de fazer melhor, ou seja, de não ir embora para outro país, não alimentar conversas inúteis, não compartilhar o que não agrega, o que não inspira, o que não sugere algo de bom entre nós. Acreditamos nisso. Em palavras e ideias que saltem aos olhos baixos, cansados de ler baixarias. Por que compramos este anúncio? Só para dizer que não nos vendemos. *Fonte: Instituto DataPopular mariasaopaulo.com.br

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