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edição de 7 de maio de 2018

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inspiração Mérito da

inspiração Mérito da observação compulsiva As possibilidades criativas têm nova dimensão com o digital e Andreza Aguiar não desperdiça nenhuma delas para se inspirar e se retroalimentar com as ofertas cotidianas 28 7 de maio de 2018 - jornal propmark

yanick88/iStock Andreza Aguiar é diretora de conteúdo da Leo Burnett Tailor Made AndrezA AguiAr especial para o PrOPMArK que me inspira são as possibilidades. O Existe possibilidade em tudo: no dia seguinte, nas pessoas, nas relações, nas cidades, na tecnologia, na rua e em cada um de nós. Sempre fui muito curiosa, daquelas que cansam de tanto perguntar. Talvez, por perceber que eu cansava todo o mundo, tenha desenvolvido o hábito de observar, de prestar atenção nas pessoas, perceber como se relacionam, como reagem, como sentem. Um olhar para tudo sem classificação de beleza, relevância ou de qualidade, só olhos verdadeiramente curiosos tentando processar o máximo de informação possível. Se tivesse de me classificar, diria que sou uma observadora compulsiva. E isso me fez valorizar as possibilidades acima de tudo, mas, para enxergar as possibilidades, é preciso se libertar dos julgamentos – que volta e meia aparecem. É preciso pensar antes de deixar sair um não, se desprender da sua criação e ficar atento ao que ocorre além do seu horizonte. É lutar contra o tempo que deixa você preguiçoso, nostálgico e cheio de razão. Sempre gostei de novidade, do frio na barriga pelo desconhecido, daquilo que nem é tão novo, mas acaba de ser descoberto por mim. É algo que me move, me inspira, que me faz viva. Que me desafia a compreender, a aceitar, a pensar diferente e ir em frente. Comecei a trabalhar com internet em 1998, quando meu chefe chegou, jogou um livro sobre Flash na mesa e disse para a equipe que os clientes queriam websites. Não existia manual, além dos poucos técnicos, ninguém sabia ao certo o que e como fazer. No dia seguinte, você aprendia algo novo e percebia que o que tinha feito até então estava completamente errado ou obsoleto. As possibilidades eram imensas. Mergulhei fundo, percebi que era preciso entender um pouco de tecnologia, um tanto de usabilidade, outro pouco de design, que os manuais de escrita seriam reescritos para o digital, que a pirâmide deixaria de ser invertida para virar hipertexto. Que ter dados, saber como as pessoas pensam, compram e navegam na internet valeria mais que ouro. Que era importantíssimo ficar de olho no que estava sendo feito do outro lado do mundo, por mais que parecesse uma brincadeira. Erramos muito, mas aprendemos bastante. E agora, 19 anos depois, as possibilidades que o digital oferece continuam tão infinitas que é impossível não se incomodar todos os dias pensando no que você está perdendo, no que está deixando escapar, no que não está vendo. Não consigo imaginar algo mais inspirador do que isso. Não é fácil, a velocidade com que as coisas acontecem é absurda. Quando você sente que dominou, vem alguma novidade e faz você achar que não sabe mais nada de novo. E isso é bom, porque é isso que mantém você humilde, que segura o ego e mantém você aberto. Você pode facilitar a vida das pessoas, pode entreter, oferecer um serviço, ensinar e aprender coisas novas. Você pode reinventar a maneira de fazer algo ou descobrir uma necessidade nova. Você pode tudo porque existem infinitas possibilidades por aí. Vai me dizer que isso não é inspirador? Fotos: Arquivo Pessoal Velocidade As imagens acima ilustram uma sequência com ar de poesia concreta para mostrar que a rua, as pessoas e tudo que rodeia o planeta continuam inspirando. Na era digital, ganha valor extra o senso de observar (foto à esquerda) para sobreviver, mas levando em conta que tudo pode mudar a cada instante. jornal propmark - 7 de maio de 2018 29

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