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edição de 7 de outubro de 2019

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mErcado Executivos da

mErcado Executivos da grande imprensa debatem relação com o governo Seminário na ESPM, em parceria com a Columbia Journalism School, reuniu líderes da Band e Estadão para fórum sobre desafios do jornalismo Divulgação Felipe Recondo (Jota); Francisco Mesquita Neto (Grupo Estado); João Carlos Saad (Grupo Bandeirantes); e Leão Serva (ESPM e TV Cultura) LEONARDO ARAUJO relação entre o presidente A da República, Jair Bolsonaro, e a imprensa foi um dos temas em pauta durante o 3º Seminário Internacional de Jornalismo promovido pela ESPM e a Columbia Journalism School. Ernest Sotomayor, diretor das Iniciativas Latino-Americanas da Columbia Journalism, que iniciou a série de palestras do evento, disse que o “jornalismo é maior que Trump ou Bolsonaro”. Para ele, há uma guerra velada entre a profissão e os políticos. “A única espada que temos é a verdade, fato e informação. É a única coisa que ditadores temem”, ressaltou. Na sequência, o principal painel da manhã contou com Felipe Recondo, sócio-fundador do Jota; Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estado; João Carlos Saad, pre- sidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação; e Leão Serva, professor da ESPM e diretor de jornalismo da TV Cultura. “O Estadão tem 144 anos, já passamos por todo tipo de governo e desgoverno que você possa imaginar”, disse Mesquita ao ser questionado sobre os efeitos da administração atual para o jornalismo. “O governo não está satisfeito com as empresas jornalísticas como um todo, mas acho que é muito mais por uma postura dele [Bolsonaro] de não se comunicar corretamente com os jornalistas”, disse o executivo. “Nesses primeiros nove meses [o governo] tem sido hostil com a mídia em geral. Você vê na fala, nas atitudes, atos jurídicos”, opina Saad. Já para Recondo, responsável por um site especializado em contextualizar instituições como o STF, a atuação do executivo “não interfere tanto”. Mas “estamos vivendo um momento de fake news das próprias autoridades, das próprias fontes” ele ressalta: “estamos vivendo um momento de fake news das próprias autoridades, das próprias fontes, isso demanda um cuidado redobrado”. Além de política, o bate- -papo também abordou o jornalismo como negócio. Ao ser questionado sobre receita on e off, Mesquita respondeu: “entre impresso e digital, ainda somos mais de 70% impresso”, disse, para especificar que desses 70%, metade é assinatura e a outra metade é publicidade. “O impresso é o carro-chefe que gera recursos para o digital”, revelou. Saad defendeu os grandes veículos. “Mudamos o jeito de você consumir, mas a base, a essência e o raciocínio central não mudaram e acredito que não tem muita forma de se mudar. Você tem conteúdo que foi checado, foi conferido. Tem alguém que assina aquilo e responde juridicamente sobre aquilo. É como se fosse um cercado e o resto é o campo aberto. Esse cercado, obviamente, terá de ser pago”, afirmou. O presidente do Grupo Bandeirantes lamentou a forma como os profissionais vêm sendo tratados. “O jornalista está mais ameaçado hoje do que estava no passado. Tenho visto algumas cenas muito ruins”, disse. “Nós só vamos arrumar o país se a gente conviver com o contraditório. Não preciso pensar igual a você para respeitar você”, completou. 44 7 de outubro de 2019 - jornal propmark

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