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edição de 8 de janeiro de 2018

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perspectivas

perspectivas 2018 Ano será decisivo para imprensa e revistas mostrarem sua força Editoras apostam que mídia brasileira terá boas chances para reforçar credibilidade e combater a onda de fake news no período de eleições Danúbia Paraizo ano de 2018 será especialmente importante para o O mercado de comunicação, frente a já esperada avalanche de notícias falsas que ameaça invadir o noticiário à medida que se aproxima o período eleitoral. Se tivermos como exemplo a eleição presidencial norte- -americana em 2016 e os problemas com as chamadas fake news, sobretudo, nas redes sociais, o cenário, de fato, inspira cuidados na imprensa. O segmento de revistas não está fora desse cenário, tendo a oportunidade de mostrar seu valor, confiança e credibilidade para seus leitores em meio a um ambiente de incertezas também na política. Segundo Fabio Gallo, presidente da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas), 2018 promete trazer gradual recuperação da economia, ainda que marcado pela tradicional turbulência provocada pelo processo eleitoral. Mas não vai ser apenas o segmento de revistas que sentirá esse impacto. “O ano eleitoral vai ser uma ocasião especialmente importante para que a mídia revista reforce a credibilidade de sua informação. Estamos vivendo a era das fake news, um cenário de desinformação que pode ter consequências nefastas para a sociedade e para o cidadão”. Fazer parte das conversas de sua audiência com relevância e encantamento será o caminho que levará o segmento a ganhar mais espaço de mercado. Tudo isso em meio a um processo de recuperação econômica ainda instável. “Ninguém sabe quando e se esse movimento de transformação chegará ao fim. Vamos continuar enfrentando o desafio de manter nossos títulos interessantes e relevantes, de entender em profundidade nossa audiência e conseguir surpreendê-la”, destaca Gallo. O meio revista terá a oportunidade de mostrar valor e confiança aos seus leitores em meio a um ambiente de incertezas Nesse sentido, a Editora Abril segue com a estratégia de reforçar o trabalho editorial aliado à tecnologia e ao conteúdo de marcas em 2018. “Avançaremos fortemente nas soluções comerciais de interação com a audiência. Essas continuarão sendo as competências mais destacadas do grupo Abril. Neste contexto também, o Abril Branded Content e o Abril Big Data começam uma nova fase – de inovação e crescimento”, ressalta Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, presidente-executivo do Grupo Abril. “O ABC e ABD não são mais negócios iniciantes, mas, sim, geradores de receita robusta e em pleno crescimento. Queremos a Abril ainda mais focada no seu conteúdo e cada vez mais relevante em seu papel para o avanço do Brasil”, completa o executivo. Responsável por revistas de atuação nacional de peso, como Época, Vogue e Galileu, “ano eleitoral vai ser uma ocasião importante para que a mídia revista reforce a credibilidade” skynesher/iStock entre outras, as editoras Globo e Globo Condé Nast também se preparam para um ano com novos desafios. A começar pelo treinamento de sua equipe comercial orientado para vendas consultivas e organizada para atender a diversos segmentos da indústria. Às vésperas de promover projetos de grande porte, como o Camarote Quem O Globo, no Carnaval, a palavra de ordem é diversificação e experiência. “Só em 2017, cada um dos nossos executivos de venda passou por 35 horas de treinamento em digital, branded content e inovação. Nós criamos um consistente e diversificado portfólio de projetos. Esse conhecimento e foco, somados ao apoio e expertise do G.LAB, nos dá muita segurança de que vamos olhar de frente para os desafios de 2018”, explica Virginia Any, diretora de mercado anunciante. 16 8 de janeiro de 2018 - jornal propmark

perspectivas 2018 Leo Patrizi/iStock Jornais querem conhecer melhor leitores e anunciantes Ano deve ser de movimentação das publicações para aprofundar relação com anunciantes e seu público, além de aumentar assinaturas digitais JÉSSICA OLIVEIRA Se depender dos planos dos jornais para 2018, o ano será positivo e bastante movimentado interna e externamente. Desde um olhar mais focado em tecnologia a avaliações com tom otimista em relação aos cenários político e econômico do país, as publicações parecem estar firmando o pé no acelerador sem olhar para trás. A busca por dados e relevância junto ao público deve nortear boa parte da movimentação dos diários. Segundo Ricardo Pedreira, diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), o meio está investindo mais em tecnologia, sobretudo na captação e análise de dados dos seus leitores. O profissional aponta que esses passos permitem às publicações conhecer melhor os hábitos e preferências do leitor, tanto no impresso quanto no digital, para produzir conteúdo jornalístico mais adequado. Na opinião dele, os últimos dois anos foram difíceis para os jornais, em função das mudanças no mercado de comunicação ao redor do mundo e em decorrência da “grave recessão econômica do Brasil”. No entanto, os investimentos em tecnologia seriam parte das razões para acreditar que 2018 será melhor. Outro ponto seria uma tendência de buscar cada vez mais receitas com as assinaturas digitais. “Os avanços e ajustes dos jornais brasileiros, somados à retomada do crescimento econômico, apontam para dias melhores”, afirma. Para o período, o foco em crescimento e em produção de conteúdo é apontado como um dos pilares de algumas empresas. De acordo com Virginia Any, diretora de mercado anunciante da Infoglobo, Editora Globo e Valor Econômico, cada vez mais os anunciantes vão buscar ambientes que tenham atenção dos consumidores, e as empresas estão se aperfeiçoando para fazer parte e atender esse movimento. Integrante “avanços dos jornais, somados à retomada do crescimento econômico, apontam dias melhores” importante da estratégia das três empresas é o núcleo G.Lab, estúdio de produção de conteúdo de Infoglobo, Editora Globo e Valor Econômico, apresentado na metade de 2017. “Em 2018, queremos ter um portfólio ainda mais amplo. Acreditamos que os anunciantes buscam apoiar causas comuns às suas. Tanto O Globo quanto Valor Econômico fizeram grandes investimentos para continuar produzindo o conteúdo mais relevante para seus leitores, em novas linguagens e em todas as plataformas que fazem parte da jornada de informação dos consumidores”, explica. Já para Marcelo Moraes, diretor de marketing de O Estado de S.Paulo, o Brasil era um país menos nervoso do ponto de vista político, ao comparar o primeiro semestre de 2017 em relação ao de 2016, algo que deve continuar em crescente este ano. “Isso por si só é um fator importante para todo país, e para nós muito positivo. Vemos um crescimento da economia e de consumo. É um cenário que não víamos há muitos anos.” No Estadão, o executivo explica que a ideia é manter a continuidade do posicionamento de estar onde estão os leitores e falar suas linguagens. “Na nossa leitura, é um mercado mais estável, com um Estadão mais maduro, mais evoluído, mais forte em mídias sociais, eventos e iniciativas que têm revertido bem no mercado”, afirma. jornal propmark - 8 de janeiro de 2018 17

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